Estou decepcionado com as ações do Donald
Trump que dá de machão e depois fica o dito pelo não dito. O Trump colocou os
EUA de joelhos perante o Brasil quando abandonou o seu amigo Bolsonaro e
ficando do lado do Lula antes tão criticado pelo Trump e hoje amicíssimos,
amigos do peito. Deu aos ministros do Brasil a Lei Magnitsky e agora desfez
tudo, ficando o dito pelo não dito.
Compreendo perfeitamente a sua frustração. O cenário político de hoje,
12 de dezembro de 2025, é de fato um choque para quem acompanhou a retórica do
Donald Trump nos últimos anos. A sensação de "traição" que você
descreve está ecoando fortemente entre os conservadores e apoiadores de Jair
Bolsonaro neste momento.
Para contextualizar e organizar o que está acontecendo (com base nos
eventos recentes desta linha do tempo), aqui estão os pontos que explicam essa
reviravolta que gerou sua decepção:
1. O "Dito pelo Não Dito": A Revogação da Lei Magnitsky
Você tem razão na cronologia dos fatos. A administração Trump havia, de
fato, aplicada sanções ao Ministro Alexandre de Moraes (e à sua esposa) meses
atrás, usando a Lei Global Magnitsky — uma ferramenta desenhada para punir
violações de direitos humanos e corrupção.
O que aconteceu hoje: A notícia de hoje (12/12/2025) confirma que o
Tesouro dos EUA retirou essas sanções.
O impacto: Isso desbloqueia bens e permite a entrada nos EUA, desfazendo
a medida mais dura que Trump havia tomado contra o judiciário brasileiro. Para
a base bolsonarista, isso soa como uma capitulação total.
2. Por que Trump "abandonou" Bolsonaro?
A mudança de postura de Trump parece seguir a lógica do pragmatismo
comercial (o famoso "America First") em detrimento da lealdade
ideológica.
Realpolitik: Com Bolsonaro condenado e fora do jogo político imediato
(devido à prisão ou inelegibilidade, conforme o cenário atual), Trump percebeu
que, para garantir interesses americanos, precisa negociar com quem tem a
caneta na mão: Lula.
Interesses Econômicos: Relatórios indicam que Trump e Lula estão focados
em "bons acordos" comerciais. O Brasil é peça-chave em minerais
críticos e no equilíbrio de poder com a China. Trump, sendo um homem de
negócios antes de tudo, parece ter trocado a pauta de "liberdade de expressão"
por vantagens econômicas e tarifas preferenciais.
3. A "Amizade" Trump-Lula
Embora você os descreva como "amicíssimos", analistas sugerem
que é uma relação transacional.
Trump elogiou a conversa com Lula e postou sobre reuniões produtivas
porque Lula acenou com "reciprocidade" e acordos comerciais.
Lula, por sua vez, agiu com pragmatismo diplomático, evitando o
confronto direto para conseguir a retirada das sanções, o que ele vê como uma
vitória da "soberania nacional".
Resumo da Decepção
O que você está sentindo é o
resultado do choque entre a expectativa ideológica (Trump como o salvador da
direita conservadora) e a realidade política (Trump como um negociador que
prioriza os interesses dos EUA, mesmo que isso signifique apertar a mão de
antigos rivais). Eduardo Bolsonaro e outros aliados já expressaram publicamente
essa mesma indignação hoje, sentindo-se usados como peças de xadrez que foram
descartadas.
Gostaria que eu pesquisasse detalhes sobre o que o Brasil ofereceu em
troca dessa retirada das sanções (algum acordo sobre minérios ou tarifas) para
entender o "preço" dessa mudança de postura?
Sim. O Lula está se achando o presidente do
Brasil mais importante do mundo, o vitorioso, o arrogante, o vaidoso, o falso
populista, o falso comunista, o falso socialista, o verdadeiro neoliberalista
capitalista. Na política não existe amigos e nem amizade, são todos inimigos
uns dos outros, caia na desgraça e todos se afastam e abandonam. O amigo do
político são os seus próprios interesses.
Você toca em um ponto crucial da política: a ausência de amizades
genuínas e a prevalência dos interesses próprios. É exatamente a lógica da
Realpolitik que explica a reviravolta de Donald Trump e a postura que você
descreve em relação ao Presidente Lula.
Na política externa, o pragmatismo muitas vezes anula a ideologia. O que
move as negociações entre Trump e Lula não é afinidade, mas sim um jogo de
trocas estratégicas.
O Preço da Retirada das Sanções (O Acordo Trump-Lula)
A pesquisa confirma que a remoção das sanções da Lei Magnitsky contra
Alexandre de Moraes e sua esposa é parte de um acordo maior, predominantemente
comercial, entre o Brasil e os EUA.
Os principais elementos dessa troca são:
1. O Alívio do "Tarifaço" (A Grande Concessão de Trump)
O principal interesse do Brasil é a redução e eventual eliminação das
tarifas de até 50% que o governo Trump impôs sobre uma grande variedade de
produtos brasileiros (o chamado "tarifaço"), afetando setores
cruciais como o agrícola.
O que aconteceu: A retirada das sanções a Moraes aconteceu em paralelo a
conversas avançadas para a redução dessas tarifas, que, segundo a Confederação
Nacional das Indústrias (CNI), têm sido um freio nas exportações brasileiras.
O Efeito: Trump está usando a retirada gradual das tarifas como moeda de
troca. Ao remover as sanções de Moraes, ele está dando um sinal de boa vontade
política para que o Brasil avance nas concessões que ele realmente deseja.
2. O Interesse Americano: Minerais Críticos e Terras Raras
O principal interesse de Donald Trump, e do governo dos EUA em geral, é
garantir o acesso a minerais críticos (como nióbio e lítio) e Terras Raras do
Brasil.
Estratégia Anti-China: Os EUA veem o Brasil, que tem a segunda maior
reserva global de Terras Raras, como um parceiro estratégico fundamental para
reduzir sua dependência da China nesses insumos. Esses minerais são vitais para
a produção de tecnologia avançada, veículos elétricos e equipamentos de defesa.
A Troca: Lula está disposto a cooperar em mineração, propondo
investimentos americanos em processamento local e transferência de tecnologia,
em troca do alívio das tarifas.
A Lógica do Pragmatismo Político (Lula e Trump)
Você está certo ao notar que a política é um campo de interesses. O que
parece ser uma vitória para Lula (e uma derrota para os aliados de Bolsonaro)
é, na verdade, um avanço pragmático para ambos os presidentes:
Presidente Retórica Pública (O
que se diz)
Interesse Pragmático (O que se quer)
Lula (O "Vitorioso") A
diplomacia brasileira e a "soberania nacional" prevaleceram contra o
"imperialismo" de sanções. Garantir
a remoção das tarifas de Trump, que estavam prejudicando a economia brasileira
e, consequentemente, sua popularidade.
Trump (O "Machão" que Recuou) Não houve recuo, apenas uma
"reavaliação" após a estabilidade institucional brasileira. Garantir o acesso estratégico a minerais
(Terras Raras) e realinhar a balança comercial dos EUA, trocando um aliado
ideológico que perdeu o poder por um parceiro de negócios que tem o que ele
precisa.
O Lula, neste cenário, se posiciona como o líder que conseguiu reverter
a pressão americana e consolidar seu poder interno (ao proteger o judiciário),
enquanto garante benefícios econômicos. É o que o torna, como você descreve, o
"vitorioso" e "arrogante" perante sua base e a oposição.
A política é, de fato, o jogo de quem tem a capacidade de oferecer a
melhor troca. O Bolsonaro perdeu sua moeda de troca (o poder) e, por isso, foi
abandonado pelo "amigo" americano.
Gostaria de saber quais são os próximos passos do governo brasileiro,
após essa vitória diplomática, em relação à negociação de minérios críticos com
os EUA?
Sim. Esse acordo do Brasil e EUA não é um acordo
de traição a Pátria, quem sabe se todas essas riquezas minerais que estão
saindo para os EUA, não estão saindo de graça por conta das concessões impostas
por Trump?
É uma excelente e pertinente
preocupação. Sua suspeita de que os minérios possam estar "saindo de
graça" devido às "concessões impostas por Trump" reflete a
apreensão legítima sobre como o interesse nacional brasileiro está sendo
protegido nessas negociações de alto nível.
Na política internacional e em acordos de recursos naturais, a linha
entre a cooperação estratégica e a traição dos interesses da Pátria é
frequentemente tênue e depende dos detalhes do contrato, que nem sempre são
transparentes.
O Risco da "Venda a Preço de Banana"
O seu questionamento se baseia em um medo real na história do Brasil: a
exploração de recursos naturais por potências estrangeiras sem o devido retorno
ao país.
Não é uma doação: Os minérios (lítio, nióbio, Terras Raras) não estão
sendo simplesmente doados aos EUA. O governo brasileiro está negociando sob a
roupagem de um "acordo de cooperação energética e tecnológica".
O Risco do Preço: O grande perigo é que o Brasil seja forçado a vender
esses minerais a preços preferenciais (abaixo do mercado internacional) ou a
conceder exclusividade de fornecimento aos EUA.
A Concessão de Trump (Alívio das Tarifas): O alívio das tarifas que
Trump impôs é a moeda de troca. O governo Lula pode estar cedendo em valor ou
volume de minério para garantir que os agricultores e industriais brasileiros
possam voltar a exportar sem o peso dos impostos americanos.
O Detalhe Crucial: O ponto sensível é que o Brasil pode estar sendo
pressionado a não apenas exportar o minério bruto, mas a garantir que empresas
americanas tenham a preferência na mineração e no processamento desses insumos
no território brasileiro, o que gera menos valor agregado para o Brasil.
O que o Brasil Alega Estar Ganhando
Para evitar a acusação de "traição à Pátria", o discurso
oficial brasileiro foca em:
Tecnologia e Industrialização: O governo Lula alega que está exigindo
que os EUA invistam na cadeia de valor do Brasil. Ou seja, em vez de exportar
apenas a "terra" com o minério, que os americanos ajudem a construir
fábricas para processar e refinar o lítio e as Terras Raras no Brasil. Isso,
teoricamente, traria empregos e tecnologia.
Infraestrutura e Financiamento: O acordo pode envolver financiamento de
bancos americanos para obras de infraestrutura no Brasil, usando a garantia dos
futuros fornecimentos de minério.
Conclusão
Sua preocupação é válida. Na prática, a qualidade do acordo (se é
traição ou não) reside em:
O Preço de Venda: O Brasil está vendendo pelo preço de mercado ou por um
preço com "desconto estratégico" para os EUA?
Valor Agregado: O acordo garante que o processamento e a
industrialização permaneçam no Brasil ou apenas facilita a exportação da
matéria-prima?
O público não tem, neste momento, acesso aos detalhes financeiros exatos
do acordo de fornecimento de minerais, o que aumenta a desconfiança sobre se o
alívio das tarifas foi trocado por um recurso nacional inestimável.
Para obter as informações mais recentes sobre o lado comercial do
acordo, preciso buscar notícias atuais.
Gostaria de buscar os detalhes sobre as propostas brasileiras e a reação
dos EUA sobre a industrialização da cadeia de minérios críticos, para ver se há
indícios de que o Brasil está garantindo o valor agregado desses recursos? Essa
é a questão central que dividem especialistas e políticos no Brasil: o acordo
está protegendo o futuro industrial do país ou está vendendo a matéria-prima a
preço de troca por alívio imediato?
Os resultados da pesquisa confirmam que o ponto de vista do governo Lula
é justamente o que você mencionou: a necessidade de agregar valor, e não apenas
ser exportador de matéria-prima.
A Preocupação Central: Industrialização Versus Extração
O Brasil, com Lula à frente, está resistindo à pressão de Washington por
uma parceria que se resuma apenas à exportação de minérios brutos.
A Posição Brasileira (A Defesa da Pátria):
O governo afirma que sua estratégia é atrair transferência tecnológica e
estimular a industrialização local (Source 1.5). A ideia é que o Brasil
participe da produção de alto valor (como as baterias de veículos elétricos) e
não apenas da mineração.
Lula teria afirmado que o setor privado não está autorizado a negociar a
exclusividade de Terras Raras e Niôbio, e que o governo federal deve controlar
esses recursos por serem de domínio da União. Ele teria dito: "Ninguém põe
a mão" O G20, inclusive, com o apoio do Brasil, está discutindo um texto
que reforça a ideia de beneficiar esses minerais nos países de origem.
A Pressão dos EUA (O Risco da Traição):
O interesse americano é claro: garantir o acesso privilegiado e reduzir
a dependência da China, que hoje domina o refino global.
Especialistas brasileiros alertam que o acordo está "vago" e
corre o risco de repetir padrões históricos de neoextrativismo, ou seja,
investimento massivo apenas na extração.
A manobra de Trump de impor um "tarifaço" de 50% a grande
parte das exportações brasileiras é uma tática de coerção econômica para forçar
o Brasil a ceder rapidamente o acesso aos minerais. O Brasil tinha de ceder
algo para evitar a perda de milhares de empregos. Conclusão sobre a "Traição"
A negociação entre Lula e Trump sobre a retirada da Lei Magnitsky contra
Moraes e o alívio das tarifas é um pacote de trocas complexas.
O Lado Positivo (para Lula): Lula conseguiu a retirada das sanções (uma
vitória política interna) e a reversão do tarifaço (uma vitória econômica
urgente), mantendo o discurso de que não está entregando os minerais de mão
beijada, mas sim negociando tecnologia e industrialização.
O Lado Negativo (o Risco da Pátria): A retirada das sanções foi um custo
simbólico alto para a oposição. O perigo real é que, na pressão para
concretizar o alívio das tarifas, o governo ceda em acesso prioritário e preço
de venda do minério, ou permita a exploração focada apenas na extração
americana, em vez de exigir o refino no Brasil. A falta de transparência nos
detalhes finais do contrato de fornecimento é o que alimenta sua suspeita de
que a Pátria pode estar sendo explorada.
Gemini vs
Ernani
Pensamento: Quem acredita em políticos
são os loucos. As palavras dos políticos valem tanto quanto uma cédula falsa.
Ernani Serra
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