Cientista brasileiro desenvolve cérebros em laboratório para pesquisar
sistema nervoso.
Por Jornal Nacional
08/03/2025 21h20 Atualizado há um dia
Cientista brasileiro cria cérebro artificial em laboratório.
O cérebro é nosso órgão mais complexo e também o mais difícil de ser
estudado.
Ele se desenvolve no útero e não há ferramenta que possa acessar o que
acontecer por lá. E, depois, fica protegido pelo crânio e qualquer
interferência pode ser fatal.
Como, então, entender de que forma funciona o cérebro quando você
realmente precisa entender?
"Eu tive meu filho Ivan, que tem um autismo
profundo ou severo. Isso passou a me motivar mais ainda para acelerar as
pesquisas. Eu quero realmente ajudar essas famílias a ter uma qualidade de vida
melhor", disse Alysson Muotri, professor e pesquisador da
Universidade da Califórnia em San Diego.
Alysson Muotri estudou biologia em Campinas e fez doutorado em Genética
na Universidade de São Paulo (USP).
Depois, foi estudar na Universidade de Harvard e, agora, é pesquisador
na Universidade da Califórnia em San Diego.
Cérebros humanos se desenvolvem no laboratório da mesma forma que no
ventre da mãe.
Para a pesquisa, ele precisava de amostras de células de crianças
autistas como o filho dele.
"A gente criou o projeto Fada do Dente,
onde as crianças mandam o dentinho de leite pra gente. Chega ao laboratório, a
gente isola as células da polpa e usa aquelas células para fazer o que a gente
chama de reprogramação celular", disse Alysson.
As células dos dentes são alteradas geneticamente e viram células
cerebrais que se desenvolvem no laboratório da mesma forma que no ventre da
mãe.
"E a partir daí, a gente cria esses minicérebros
daquela pessoa", explica o pesquisador.
Esse feito surpreendente já é uma janela para estudar os mistérios da
nossa consciência.
Alysson mostrou os últimos resultados dessa pesquisa o numa palestra em
Austin, no Texas, no South by Southwest, o maior festival de tecnologia e
inovação do mundo.
"Tem uma série de medicamentos que a gente
já descobriu que ajuda na melhor manutenção dessas redes neurais o cérebro
humano, e diminuem os problemas até comportamentais".
São drogas já aprovadas nos EUA para tratamento de epilepsia e autismo.
Mas a pesquisa avançou: os cérebros embarcaram num foguete Falcon X rumo
ao espaço. Há anos está provado que os órgãos dos astronautas envelhecem numa
velocidade surpreendente em viagens espaciais. A agência espacial americana
queria entender por que, e o Alysson tinha suas próprias dúvidas.
"Para estudar um cérebro, por exemplo, que
tem Alzheimer, eu precisaria esperar 70 ou 80 anos. Na estação espacial, eu
consigo chegar nesse estágio em um mês. Então, a gente usa a estação espacial
como uma incubadora dos minicérebros e, quando eles voltam à Terra, eles
envelheceram".
Isso deu para ele outra ideia. Alysson foi para a Amazônia. Ali,
perguntou para os sábios da floresta: o que vocês usam que é bom para a cabeça?
Eles nomearam uma série de plantas, e Alysson lançou na floresta
robozinhos voadores minúsculos, drones biodegradáveis, que foram atrás das
plantas no meio da mata e contaram onde elas estavam.
Ele recolheu as plantas, separou as moléculas, colocou nos cérebros do
laboratório e mandou para o espaço, onde muito rapidamente será possível saber
o efeito que elas têm no processo de demência.
O próprio Alysson já fez o treinamento de astronauta e deve ir para o
espaço numa missão em 2026. Mas não quer ficar mais de 20 dias para não sofrer
as consequências da deterioração das células.
Ao mesmo, construiu um robozinho que está aprendendo a andar. "Quem controla é o cérebro humano criado em laboratório",
explica Alysson.
Questionado se o cérebro humano um dia poderá ser um computador, Alysson
disse que os pesquisadores trabalham nessa ideia de usar um cérebro humano
criado em laboratório como um computador, o que, segundo ele, é chamado de inteligência de organoide.
"Pode eventualmente complementar ou até, em
certas ocasiões, substituir a inteligência artificial como a gente tem".
Uma mente brasileira brilhante, que, inspirada pelo filho, quebra
barreiras do conhecimento, da mente. Mas sabe dos perigos que tanto avanço pode
criar. É tudo tão rápido que parece que estamos vivendo um filme de ficção
científica. Porque Alysson sabe qual é o ponto final de sua pesquisa.
"Eu acho que a gente vai criar um modelo de
cérebro humano que vai ser consciente. A gente vai ter que aprender a lidar com
isso. E o argumento que eu faço é a pesquisa está caminhando dessa forma para
ajudar na qualidade de vida de milhões de pessoas que sofrem com doenças
neurológicas. E se o custo disso é aprender a lidar com um organismo
consciente, eu acho que vale a pena."
Comentário:
O homem está caminhando para um mundo misterioso e nebuloso que é o
cérebro. O cérebro é um órgão secreto e misterioso. O cérebro artificial que
estão pesquisando para um futuro cibernético já é sinal de Deus para o fim do
mundo. O homem quer colocar Inteligência Artificial e Inteligência Organoide, nos robôs e humanoides, com essas
invenções os humanoides vão ter uma inteligência igual a do homem e independente
do ser humano. Quando os seres vivos
forem extintos pela explosão demográfica (fauna, flora
e humanos) os humanoides vão continuar na face da Terra a dominar o
planeta. Os humanoides não vão precisar de alimentos, água para sobreviverem, e
não vão sentir o calor das altas temperaturas do planeta. Tem tudo para
continuarem a explorar o planeta sem vida e a sobreviverem através do legado
humano.
Ernani Serra
https://globoplay.globo.com/v/6627446/?s=0s
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45265214
Pensamento: O cérebro é a antena
parabólica do ser humano que capta tudo e transforma em pensamentos para um
supercomputador mental que capta em forma de energia eletromagnética as ações
do homem.
Ernani Serra