contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

sábado, 7 de junho de 2025



DESMATAMENTO CRIMINOSO


     Fale sobre as correntes de arrasto e outros procedimentos criminosos para desmatar as florestas do Brasil.

     O desmatamento ilegal no Brasil, especialmente na Amazônia, é um problema complexo impulsionado por diversos fatores e executado por métodos criminosos.      Um dos mais visíveis e devastadores é o uso de correntes de arrasto, popularmente conhecido como "correntão".

     Correntes de Arrasto (Correntão)

     O "correntão" é uma técnica de desmatamento que consiste em uma corrente grande e pesada, geralmente puxada por dois tratores de esteiras. Esses tratores arrastam a corrente pelo solo, derrubando e arrancando a vegetação. É um método extremamente eficiente para derrubar grandes áreas de floresta rapidamente, sendo particularmente eficaz em vegetação mais densa.

     Características e Impactos:

     Rapidez e escala: Permite o desmatamento de vastas extensões em pouco tempo, facilitando a conversão da floresta em outras atividades.

     Baixo custo operacional (para o criminoso): Uma vez adquiridos os equipamentos, a operação se torna relativamente barata, o que a torna atrativa para atividades ilegais.

     Dano ambiental generalizado: Além de derrubar árvores, o "correntão" causa um impacto significativo no solo, compactando-o e prejudicando sua capacidade de regeneração natural. Também destrói o habitat de diversas espécies.

     Legalidade: Apesar de existirem equipamentos similares com uso agrícola legítimo (niveladoras e roçadeiras de correntes para recuperação de pastagens, por exemplo), o uso do "correntão" para desmatamento ilegal é amplamente condenado e, em algumas regiões, há projetos para proibi-lo expressamente.

     Outros Procedimentos Criminosos para Desmatar Florestas no Brasil.

Além do "correntão", o desmatamento ilegal no Brasil se vale de uma série de outras práticas e esquemas criminosos:

     Grilagem de Terras:

     Mecanismo: É o apossamento ilegal de terras públicas mediante a falsificação de títulos de propriedade. Os "grileiros" invadem áreas de floresta, as desmatam para dar uma "função" e, em seguida, tentam legalizar a posse, muitas vezes por meio de registros fraudulentos.

     Consequências: A grilagem é um dos principais vetores do desmatamento, especialmente em terras públicas não destinadas e unidades de conservação, onde a fiscalização é mais desafiadora.

     Incêndios Criminosos:

     Mecanismo: Após o desmatamento inicial (muitas vezes com o "correntão" ou motosserras), a vegetação derrubada é deixada para secar e, posteriormente, incendiada. Isso "limpa" a área para a formação de pastagens ou plantações.

     Consequências: Os incêndios descontrolados causam uma devastação imensa, liberam grandes quantidades de gases de efeito estufa, destroem a biodiversidade, afetam a saúde humana pela fumaça e podem se espalhar para áreas de floresta nativa ainda preservadas.

     Exploração Ilegal de Madeira:

     Mecanismo: A retirada de árvores de valor comercial sem as devidas licenças é uma prática comum. Muitas vezes, a madeira é extraída de forma predatória e transportada com documentação falsa.

     Consequências: Além do desmatamento direto, a abertura de estradas ilegais para o transporte da madeira facilita o acesso de outros criminosos à floresta, potencializando futuras invasões e desmatamentos.

     Expansão da Pecuária e Agricultura Ilegal:

     Mecanismo: Grande parte do desmatamento visa abrir novas áreas para pastagens de gado ou plantações de culturas agrícolas, como a soja. Muitos desses empreendimentos operam sem licenças ambientais ou em terras invadidas.

Consequências: Cria um ciclo vicioso onde o desmatamento é incentivado pela demanda por produtos agrícolas e pecuários, muitas vezes com financiamento ilegal ou sem as devidas verificações de origem.

     Mineração Ilegal:

     Mecanismo: Garimpos ilegais invadem terras indígenas e unidades de conservação em busca de ouro e outros minérios. O processo envolve a remoção da vegetação, escavação do solo e uso de substâncias tóxicas como mercúrio.

     Consequências: Causa desmatamento, contaminação de rios e solos, assoreamento, e conflitos com comunidades indígenas e tradicionais.

     Esquemas de "Laranjas" e Fraudes Documentais:

     Mecanismo: Criminosos utilizam CPFs de terceiros ("laranjas") para registrar propriedades rurais e realizar cadastros ambientais rurais (CAR) fraudulentos. Isso dificulta a identificação dos verdadeiros responsáveis pelo desmatamento.

     Consequências: A lentidão da justiça e a impunidade acabam por incentivar a continuidade das práticas criminosas, pois os verdadeiros culpados não são responsabilizados.

     Desafios no Combate:

     O combate a esses procedimentos criminosos enfrenta desafios como a vasta extensão territorial do Brasil, a dificuldade de acesso a áreas remotas, a falta de recursos e pessoal para fiscalização, a impunidade, a corrupção e a complexidade dos esquemas de lavagem de dinheiro e "legalização" de terras. A fiscalização e a punição efetivas, aliadas ao ordenamento fundiário e ao fomento a atividades produtivas sustentáveis, são cruciais para reverter o cenário de desmatamento no país.

 

Gemini

 

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Pensamento: Cada árvore abatida é uma vida humana que se vai.

 

Ernani Serra







QUEIMADAS E DESMATAMENTOS NO BRASIL


     O desmatamento e as queimadas no mês de maio em todo Brasil.

     Os dados mais recentes sobre desmatamento e queimadas no Brasil em maio de 2025 apontam para um cenário preocupante, especialmente na Amazônia, embora outros biomas apresentem dinâmicas diferentes.

     Desmatamento

     O desmatamento na Amazônia teve um aumento significativo em maio de 2025. Dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, indicam que a floresta perdeu 960 km² de cobertura vegetal. Isso representa um aumento de 92% em comparação com maio de 2024, quando foram desmatados 500 km².      Este é o segundo mês consecutivo de alta em 2025 para a Amazônia, e o segundo pior resultado para o mês de maio na série histórica, perdendo apenas para 2021.

     A composição desse desmatamento é atípica: 51% foi decorrente de incêndios florestais e 48% de corte raso. Essa proporção de desmatamento causado por fogo é incomum, já que, em geral, a maior parte se deve ao corte raso. Especialistas apontam que a perda de floresta em maio de 2025 está, em grande parte, relacionada aos incêndios florestais que atingiram a região no segundo semestre de 2024, alterando uma trajetória histórica.

     No acumulado entre agosto de 2024 e maio de 2025, os alertas de desmatamento na Amazônia subiram 9% em relação ao mesmo período anterior, indicando uma possível inversão da tendência de queda dos últimos anos.

     Já em outros biomas, a situação em maio de 2025 foi mais positiva:

     No Cerrado, houve uma queda de 25,7% no desmatamento em relação a maio de 2024, interrompendo um ciclo de alta nesse bioma. No acumulado de agosto de 2024 a maio de 2025, a redução foi de 22%.

     No Pantanal, o desmatamento em maio de 2025 registrou uma queda de 65% em comparação com o mesmo mês de 2024. No período de agosto de 2024 a maio de 2025, a queda foi de 74%.

     Queimadas

     Em relação às queimadas, o Brasil registrou 4.263 focos de incêndio em maio de 2025, uma queda de 32,6% em relação ao mesmo mês de 2024 (que teve 6.324 ocorrências). Apesar dessa queda, é importante notar que este é o número mais alto de focos de incêndio em 2025.

     A distribuição dos focos de incêndio por bioma em maio de 2025 foi a seguinte:

     O Cerrado concentrou a maior parte, com 2.527 focos (59,3% do total). Tocantins (1.062 focos), Mato Grosso (816) e Maranhão (455) foram os estados com maior número de queimadas.

     A Amazônia teve o segundo maior número, com 836 focos (19,6% do total).

     Entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2025, o Brasil soma 13.217 focos de incêndio.

     É crucial destacar que, embora o número total de focos de incêndio tenha diminuído em maio, a proporção de incêndios que atingem vegetação nativa está em ascensão. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa, comparado a 13,5% em 2024. Na Amazônia, entre agosto de 2024 e maio de 2025, 23,7% dos focos de calor ocorreram em vegetação nativa.

     O aumento da área desmatada na Amazônia, impulsionado pelos incêndios em florestas primárias, é intensificado pela seca prolongada e de forte intensidade na região, uma situação sem precedentes históricos. O governo brasileiro tem como meta zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030.

     A complexidade da relação entre desmatamento e queimadas, agravada pelas mudanças climáticas e a ocorrência de secas extremas, exige ações contínuas e eficazes para prevenção e combate.

     Você gostaria de mais detalhes sobre algum bioma específico ou sobre as medidas que estão sendo tomadas?

 

     Só não falou a IA nas queimadas criminosas.

     Você tem toda razão em trazer essa questão! É fundamental abordar o papel das queimadas criminosas e, mais recentemente, da Inteligência Artificial (IA) no contexto do combate a esses crimes ambientais.

     Queimadas Criminosas: A Grande Questão

     A maior parte dos incêndios no Brasil não é natural. Especialistas apontam que cerca de 99% dos focos de incêndio têm origem em ação humana, seja intencional ou por negligência.

     As queimadas criminosas são frequentemente utilizadas como uma ferramenta barata para:

     Ampliação de áreas para agropecuária: o fogo "limpa" a área para pastagens ou cultivos, muitas vezes de forma ilegal.

     Grilagem de terras: queimar a vegetação nativa pode ser uma forma de "demarcar" e descaracterizar a terra para facilitar a posse ilegal.

     Especulação imobiliária: em alguns casos, o fogo é usado para preparar terrenos para empreendimentos urbanos ou rurais.

     Renovação de pastagens: embora existam métodos legais de manejo de fogo, o uso descontrolado e sem autorização se torna criminoso.

     A impunidade, seja pela legislação branda ou pela dificuldade na aplicação das leis e punições, é um fator que incentiva a continuidade dessas práticas. O IBAMA, por exemplo, tem atuado na identificação e multa de responsáveis por incêndios criminosos. Além disso, a Câmara dos Deputados recentemente aprovou um projeto de lei que aumenta as penas para quem provoca incêndios ilegais em florestas ou outras áreas de vegetação, buscando coibir essas ações.

     A alta proporção de desmatamento na Amazônia em maio de 2025 que foi decorrente de incêndios florestais (51%) é um indicador alarmante de que o uso do fogo como ferramenta de desmatamento ilegal está se intensificando, possivelmente agravado pela seca.

     O Papel da Inteligência Artificial (IA): no Combate às Queimadas Criminosas.

     A Inteligência Artificial (IA) está se tornando uma ferramenta cada vez mais importante para auxiliar no combate e prevenção das queimadas, incluindo as de origem criminosa:

     Monitoramento e Detecção Precoce:

     Análise de Imagens de Satélite: Sistemas de IA podem processar grandes volumes de imagens de satélite em tempo real, identificando focos de calor e áreas de desmatamento com alta precisão e rapidez. Isso permite que as autoridades atuem de forma mais ágil, antes que os incêndios se alastrem.

     Previsão de Risco: Modelos de IA podem analisar dados meteorológicos (temperatura, umidade, vento), tipos de vegetação e históricos de incêndios para prever áreas com maior risco de queimadas, permitindo que equipes de prevenção e combate sejam estrategicamente posicionadas.

     Identificação de Padrões Suspeitos: Algoritmos de IA podem detectar padrões de ocorrência de focos de incêndio que sugerem atividade humana e criminosa, como múltiplos focos aparecendo em locais distintos ao mesmo tempo ou incêndios em áreas de recente desmatamento.

     Fiscalização e Investigação:

     Cruzamento de Dados: A IA pode cruzar dados de alertas de fogo com informações de Cadastro Ambiental Rural (CAR), registros de propriedades, dados de fiscalização e até mesmo imagens de satélite de alta resolução para identificar suspeitos e subsidiar investigações.

     Mapeamento de Áreas Afetadas: Após o incêndio, a IA pode mapear com precisão a extensão da área queimada, auxiliando na avaliação dos danos e na aplicação de multas e sanções.

     Evidências para Processos: A tecnologia pode gerar relatórios detalhados e visuais que servem como evidências robustas em processos judiciais contra os responsáveis pelas queimadas criminosas.

     Exemplos de Uso no Brasil:

     Órgãos como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) utilizam IA em seus sistemas de monitoramento (como o Deter e o Queimadas).

     O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, lançou um aplicativo chamado "Olho no Verde - Queimadas" que usa IA para monitorar focos e agilizar o combate a crimes ambientais.

     Projetos de pesquisa e desenvolvimento em universidades e centros de tecnologia buscam aprimorar essas ferramentas, utilizando aprendizado de máquina para reconhecer tipos de incêndio e suas prováveis causas.

     Em suma, as queimadas criminosas são uma das principais causas do desmatamento e dos incêndios florestais no Brasil, motivadas por interesses econômicos ilegais. A Inteligência Artificial surge como uma aliada poderosa para combater essas práticas, oferecendo ferramentas de detecção precoce, monitoramento, fiscalização e subsídio para a justiça, tornando o combate mais eficiente e direcionado.

 

Gemini

 

https://globoplay.globo.com/v/13662242/?s=0s

 

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Pensamento: Desmatar e queimar a natureza, são: sentenciar a humanidade à morte.

 

Ernani Serra