contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

terça-feira, 21 de julho de 2020

                                                                           

DE ONDE VEM OS ALIMENTOS


     Meu nome é Alice Braga e quero te contar sobre um projeto que acabo de lançar em parceria com o Greenpeace - uma série de vídeos que explora a conexão entre alimento, crise climática e a destruição de ambientes naturais, não apenas no Brasil mas em todo o mundo.
     Um sistema que parece organizado, mas que está totalmente fora de qualquer controle: o atual sistema de produção de alimentos, que vem transformando todos os ingredientes básicos da nossa dieta em “commodities”. E commodities significa lucro para as grandes empresas.

     Já estamos vendo em todos os países os impactos da emergência climática. A pandemia da Covid-19 só fez expor ainda mais as rachaduras nesse sistema caótico que permite que empresas continuem destruindo nosso planeta sem consequências.

     É assustador pensar que existem 23 bilhões de galinhas e meio bilhão de vacas no mundo. São três galinhas para cada pessoa na Terra! Hoje, utiliza-se muito mais terra para cultivar comida para animais do que para pessoas. E para produzir tanta ração é necessário desmatar as florestas e o Cerrado.

     Antigamente, toda comida era produzida sem veneno, cultivada localmente. E, naquela época, chamávamos essa comida de… comida! Hoje, alimentos cultivados de forma responsável foram rotulados como artigo de luxo, enquanto o padrão é comida produzida com agrotóxico, cultivada à base de desmatamento e violações dos direitos de povos indígenas.

     Se esse era o normal, precisamos definitivamente inventar um novo normal. Um normal que o planeta consiga sustentar.

     Estamos correndo contra o tempo. Ondas de calor, enchentes, furacões, secas e queimadas estão acontecendo em todo o planeta. Um milhão de espécies estão em risco de extinção. Mesmo assim, a produção industrial de commodities, como óleo de palma, soja, carne e laticínios, segue destruindo nossas florestas e ameaçando povos indígenas e comunidades locais, levando nosso planeta à beira do colapso. Se quisermos ter uma chance de futuro, isso tem que mudar.

     A Amazônia não é o "pulmão do mundo", como costuma ser chamada.

     A Amazônia é o coração pulsante do nosso planeta, que regula o sistema climático global e espalha chuva para outras regiões do país em nuvens que funcionam como veias bombeando sangue para o restante do nosso corpo. Tem uma incrível variedade de VIDA – de plantas, animais e é casa de milhares de povos (indígenas e populações tradicionais), com suas cores, seus saberes, seus cantos e mistérios. Um lugar regido pela imensidão e força da natureza; um lugar único, diverso e plural.

     Mas neste momento, o coração do nosso planeta está ameaçado. O plano do governo Jair Bolsonaro – de abrir a Amazônia para exploração, entregando o patrimônio ambiental de todos os brasileiros para empresas de mineração, de energia e para o agronegócio – é um ataque final à maior floresta tropical do planeta.

     Para se ter uma ideia, só no ano passado, a cada minuto, uma área maior do que dois campos de futebol foi desmatada ilegalmente. Mais de mil árvores derrubadas a cada minuto! Isso mesmo: mil árvores por minuto!

     Se essa agenda de destruição for em frente, todo o delicado tecido de vida guardada pela floresta pode se desfazer para sempre. A Amazônia não guarda apenas um tesouro; ela guarda nosso futuro comum. Sem ela, o planeta não é capaz de sustentar a vida.

     Esta não é apenas uma ameaça para a Amazônia e para o povo brasileiro. Este é um golpe fatal na esperança de um futuro possível para toda a humanidade - uma batalha que não podemos perder.

     Sempre nos disseram que é “assim que as coisas são” e que esse sistema funciona. Que é assim que a comida chega no nosso prato e que isso é “normal”. Mas esse sistema doente não é inevitável. Ele foi planejado. O que significa que podemos projetar um sistema melhor, Sempre nos disseram que é assim que a comida chega no nosso prato e que isso é “normal”. Que é “assim que as coisas são”. Que esse sistema funciona. Mas esse sistema de produção fora de controle, que alimenta o desmatamento e a crise climática, não é inevitável: ele foi planejado.

     O que significa que podemos projetar um sistema mais justo, em que todos nós temos acesso a alimentos saudáveis e sem veneno. Um sistema em que as florestas não sejam destruídas e comunidades expulsas para dar lugar à grandes monoculturas e pastos.

     Se tem algo que a pandemia da Covid-19 nos mostrou é que o sistema que existe hoje – político, econômico e social – não foi projetado para beneficiar os bilhões de pessoas do planeta, mas sim alguns poucos. Chegou a hora de virar esse jogo. Ou todos ganham, ou todos perderemos. 

     Caso Ituna-Itatá

     Ganância e destruição: Ituna-Itatá, uma terra indígena (TI) na Amazônia, é a ponta do iceberg de um cenário que se alastra por muitos territórios na região. A TI mais desmatada em 2019, Ituna tem 94% de sua extensão registrada em nome de proprietários particulares e diversas de suas áreas estão sendo usadas para criação de gado e roubo de madeira. Não deixe isso acontecer!

     Caso Parque Ricardo Franco

     O Parque Estadual da Serra Ricardo Franco, que deveria estar totalmente protegido, está ocupado por fazendeiros e o gado criado ali pode estar chegando no prato de muita gente. Além da destruição da floresta, a invasão coloca espécies da fauna e flora do Brasil em risco de extinção.

     Áreas protegidas da Amazônia estão sendo invadidas, o que coloca espécies da fauna e flora do Brasil em risco de extinção.

     Um dos principais mecanismos de proteção de florestas e da biodiversidade é a criação de áreas protegidas, como Unidades de conservação (UC) e Terras Indígenas (TI). Entretanto, alimentado por decisões políticas do Brasil, que paralisou novas demarcações e desmonta sistematicamente seus sistemas de proteção, o desmatamento voltou a crescer, em uma corrida alucinada pela ocupação ilegal do território.

     Em 2019, o desmatamento da Amazônia aumentou 30%, segundo dados do Prodes, com crescimento expressivo em UCs (55%) e TIs (62%). E a tendência é que 2020 siga o mesmo caminho. De janeiro a abril, os alertas de desmatamento na Amazônia acumulam alta de 62%, de acordo com o Deter, e dentro de UCs este aumento já chega a 167%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

     Em uma série de denúncias, o Greenpeace Brasil vai mostrar como grileiros, madeireiros e pecuaristas vêm aproveitando o clima político favorável ao crime, para avançar sobre imensas áreas de floresta, colocando em risco espécies únicas da biodiversidade brasileira.

     Quem derruba a floresta? Que espécies estão em risco? Como o fruto do crime chega a mercados nacionais e internacionais? É isso que vamos revelar nesta investigação sobre o Parque Estadual da Serra Ricardo Franco, no Mato Grosso, onde uma floresta que deveria estar protegida vem sendo trocada por pasto e a fauna substituída por bois. Greenpeace Brasil.

 

Ernani Serra

 

https://www.greenpeace.org/brasil/biodiversidade/como-o-desmatamento-e-a-criacao-de-gado-tem-ameacado-a-biodiversidade-brasileira/?_ga=2.245519236.1435527663.1595302585-747355153.1595302585

 

 

 

https://www.youtube.com/watch?list=PLgypAGt9KjpAPT1jneZKS9aw4LagwBjn6&time_continue=49&v=AELP19ocg38&feature=emb_logo

 

https://www.youtube.com/watch?time_continue=18&v=VmuhQ3Wiqlk&feature=emb_logo

 

https://www.youtube.com/watch?v=gzDw0uVJa3M&feature=emb_logo

 

https://www.greenpeace.org/brasil/alice-braga-de-onde-vem-sua-comida/?utm_campaign=florestas&utm_medium=ciber&_hsmi=91737766&_hsenc=p2ANqtz-93A1ZR66e1hK3TNKct04LgKnAtTvDk3yPt6zR-L7kuErwQls84egbbZjXe1V0pO04DvE4ZU6I6kil3gyp-4HzR8uxEKg&utm_content=en_20200719_lancamentovideos&utm_source=email

 

Pensamento: Deus não quer mais o homem em sua casa (Terra) pelas suas más ações e, está levando o homem a sua autodestruição. O homem se regenera e se salva ou se perde na morte.

 

Ernani Serra