contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quarta-feira, 16 de junho de 2021

 

 


CINCO PASSOS PARA O BRASIL RECICLAR SEU LIXO ELETRÔNICO

 

     O Brasil produz em média 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano.

     Próxima cidade a receber os jogos olímpicos e paraolímpicos, em 2020, Tóquio, no Japão, terá medalhas criadas com lixo eletrônico. O país, conhecido tanto pela tecnologia de ponta quanto pela conscientização de sua população sobre os resíduos, já bateu a meta estabelecida para o uso de metais preciosos extraídos do lixo eletrônico nas condecorações que serão entregues na festividade esportiva.

     Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico.

     O conteúdo do treinamento realizado no país – que é, atualmente, o que mais recicla esse tipo de resíduos no mundo todo –, contemplou visitas técnicas em pontos de coleta e empresas recicladoras, também participou de apresentações de representantes do governo japonês, de gestoras de logística reversas locais e de empresas e governos de Taiwan, Malásia e Hong Kong.

     O Brasil produz em média 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano, que poderia voltar para a cadeia produtiva e gerar novos produtos. Quando levamos em consideração o volume mundial, chegamos a 50 milhões de toneladas de lixos eletrônicos anuais – material avaliado em US$ 60 bilhões.

     Cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano no mundo.

     Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência integrante das Nações Unidas, dão conta de que apenas 20% do lixo eletrônico é formalmente reciclado em todo o mundo. “A reciclagem no Brasil tem potencial para criar uma nova indústria e impactar positivamente nossa economia”. Temos diversas atividades e empregos que podem ser gerados em função desta cadeia que está se desenvolvendo, muito em função dos sistemas de logística reversa que estão sendo criados. Estamos ainda estruturando a infraestrutura para coleta e reciclagem de produtos como eletrônicos, pilhas e embalagens, mas, sem dúvida, esta é uma ótima oportunidade para incorporar os conceitos da economia circular neste modelo e aproveitar o potencial que temos para transformar o Brasil em uma referência no assunto.

     Veja, a seguir, cinco lições para ajudar a implementar iniciativas de reciclagem de lixo eletrônico no país sugeridas pelo especialista:

1º - Controle dos dados

     O primeiro passo para a gestão dos resíduos eletroeletrônicos é ter uma estimativa do total gerado no país. O Japão elencou quatro itens prioritários para realizar a coleta e a reciclagem. Destes itens, eles sabem exatamente a quantidade despejada no mercado e atualizam sempre a estimativa de resíduos. A partir daí saem às metas de coleta.

2º - Cultura de economia circular

     Os japoneses já internalizaram a mudança radical de ponto de vista e não conseguem mais enxergar produtos descartados como resíduo. Quase tudo é tratado como recurso a ser recuperado e a população tem uma atuação ativa neste sistema.

 

3º - Legislação

     As leis são revisadas em ciclos de cinco anos, para prever os aprendizados, ajustes e atualizações necessárias. As leis de resíduos são criadas pensando sempre em como recuperar os recursos e não apenas em como fazer a gestão tradicional de resíduos. Os japoneses buscam simplificar a operação (e licenças) para empresas que se cadastram em sistemas oficiais de coleta, promovendo a formalização dos atores da logística reversa.

4º - Isonomia

     Tanto no Japão, quanto em outros países que possuem modelos de gestão dos resíduos eletrônicos, mostrou-se fundamental a necessidade de ter um registro de todas as empresas que fabricam ou importam produtos que serão comercializados. Tal registro é fundamental para que todas as empresas demonstrem cumprimento às leis vigentes.

 

5º - Respeito e conscientização

     Os sensos de respeito e de organização dos japoneses realmente impressionam e são valores indispensáveis. O conceito de sociedade deles é tão forte que dispensa a necessidade de se criar uma série de leis. Eles mudam seus hábitos e agem de modo correto e honesto porque já compreenderam que é o melhor para a sociedade. Todos saem ganhando.

 

Ernani Serra

 

http://inteligenciapredial.com/lixo-eletronico-um-problema-mundial/

 

https://gtechsolucoes.com.br/brasil-maior-produtor-de-lixo-eletronico/

 

https://www.fragmaq.com.br/blog/lixo-eletronico/

 

Pensamento: Quem desdenha quer comprar.

 

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