contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quarta-feira, 24 de maio de 2023

 

 


LULA É UM PRESIDENTE OU UM RATO

    

     Propostas de restruturação do governo esvaziam os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

     Nesta terça (23) o relator, deputado Isnaldo Bulhoes, do MDB, apresentou o relatório dele, com mudanças nas atribuições dos ministérios de Marina Silva e Sônia Guajajara e criticaram as mudanças.

     23/05/2023 21h10  Atualizado há 12 horas

 

     O relator da Medida Provisória que estabeleceu a organização básica dos ministérios do governo Lula fez uma série de alterações no texto. Essas mudanças propostas pelo deputado Isnaldo Bulhões, do MDB, esvaziam principalmente os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

 

     A nova estrutura da Esplanada dos Ministérios, proposta pelo presidente Lula, já está valendo desde o início do governo. Mas a Medida Provisória precisa ser aprovada pelo Congresso.

 

     Nesta terça (23) o relator, deputado Isnaldo Bulhoes, do MDB, apresentou o relatório dele, com mudanças nas atribuições dos ministérios.

 

     A competência para a demarcação de terras indígenas sairia do Ministério dos Povos Indígenas e passaria para o Ministério da Justiça.

 

 

     O Ministério dos Povos Indígenas, comandado pela primeira vez por uma ministra indígena, Sônia Guajajara, reagiu.

 

     Em nota, afirmou que as emendas anulam a representação brasileira como protagonista global no enfrentamento à crise climática e à preservação do meio ambiente e que, acatar as emendas propostas é excluir das atribuições do Ministério dos Povos Indígenas a demarcação de terras é ir na contramão do mundo nos objetivos globais de enfrentamento à crise do clima, abrindo espaço para a devastação ambiental que tanto ameaça nossos biomas.

 

     O Ministério do Meio Ambiente perderia a gestão do cadastro ambiental rural - que é utilizado para manter uma base de cadastro de imóveis rurais e fazer o controle do desmatamento. Ele passaria para o Ministério da Gestão e da Inovação em serviços públicos.

 

     Isnaldo Bulhões disse que as mudanças visam a neutralidade nas análises.

 

     “O cadastro ambiental rural teve um debate muito forte sobre se a lógica maior era ficar no Ministério da Agricultura ou no Ministério do Meio Ambiente. Todos os dois são lógicos, mas diante da negociação e da construção, o caminho do meio que nós encontramos foi essa gestão ficar com o Ministério da Gestão e da Inovação, que já gere vários sistemas semelhantes, não nessa área de cadastro ambiental, mas em outras áreas como o compras.gov, enfim, alguns sistemas que eles gerem lá. Então, isso foi amplamente debatido também com a FPA, com o Meio Ambiente e, naturalmente, com a Casa Civil e com o Ministério da Gestão”, disse Isnaldo Bulhões, relator.

 

     A regulação de questões relacionadas ao saneamento básico continuaria a cargo da Agência Nacional de Águas. Mas, pelo relatório, o órgão antes vinculado ao Ministério do Meio Ambiente passaria para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

 

     E a pasta do Meio Ambiente também perderia a área responsável pela implementação do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) e do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), que voltaria a estar ligada diretamente ao Ministério das Cidades.

 

     A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, criticou as mudanças propostas.

 

     “Qualquer tentativa de desmontar o Sistema Nacional de Meio Ambiente Brasileiro é um desserviço à sociedade brasileira, é um desserviço ao estado brasileiro e isso pode criar gravíssimos prejuízos aos interesses econômicos, sociais e ambientais do nosso país. Então, com todo respeito ao Congresso Nacional, à autonomia que ele tem, vamos para o debate, para o convencimento com os senhores parlamentares de que isso não ajuda o Brasil nem a agricultura brasileira, nem o desenvolvimento econômico do Brasil em absolutamente nada”, disse Marina.

 

     O Coaf, atualmente, vinculado ao Ministério da Fazenda, voltaria para o Banco Central.

 

     O relator também passou atribuições do Ministério do Desenvolvimento Agrário para o Ministério da Agricultura.

 

     Ministros do Planalto minimizaram as alterações da MP. O ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, elogiou o texto e o relator Isnaldo Bulhões.

 

     Comentário:

 

     Bagunçaram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Congresso Nacional está no comando e governando o Brasil, tiraram do Lula o Poder Executivo, Lula é carta fora do baralho. Quem já se viu o Legislativo se intrometer nos assuntos inerentes ao Poder Executivo. É de direito que o Presidente da República Federativa do Brasil nomeie os seus ministros e crie os seus ministérios de maneira independente a quaisquer outros poderes da União. O Congresso Nacional está se intrometendo indevidamente e de maneira inconstitucional numa área que é da competência do presidente da República do Brasil. Os carros estão na frente dos bois.

     Neste governo de Lula mudaram tudo a seu bel prazer, estão se prevalecendo do Lula ter sido condenado na gestão anterior para fazer o que quiserem no seu governo atual em que, o presidente está acuado sem apoio e sem bancada suficiente para governar e nas mãos dos congressistas de outros partidos políticos que estão governando em seu lugar de maneira ilícita e imoral. É preciso que Lula faça uma lei por Decreto em que, ninguém possa interferir nas ações e nas nomeações dos  ministérios da presidência da República do Brasil. Já não bastaram tirar do Executivo o Banco Central e a Petrobras agora estão mexendo em tudo do Executivo. O Executivo virou uma casa de Noca em que todos mandam e desmandam. Lula está desgovernado.

     O Congresso Nacional está mexendo no tabuleiro de xadres sem conhecimento de causa. Tiraram o direito de Lula governar o Brasil, o presidente está entre a cruz e a espada, inelegível, algemado e amordaçado.

     Estão fazendo o que querem e o presidente Lula não dá nem um pio, caiu no ostracismo político, está nas mãos do Congresso Nacional.

 

Ernani Serra

 

https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=Legislativo

 

Pensamento: O Poder Executivo está nas mãos do Poder Legislativo. O presidente da República do Brasil não governa mais, está sendo governado.

 

Ernani Serra