contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

sexta-feira, 3 de outubro de 2025



A IA FALANDO DA CORRUPÇÃO NAS PREFEITURAS



     Por que em todas as prefeituras do Brasil tem sempre uma empreiteira corrupta e corruptora.

     A presença recorrente de empreiteiras envolvidas em corrupção nas prefeituras brasileiras não é coincidência — é resultado de um conjunto de fatores estruturais, políticos e econômicos que criam terreno fértil para práticas ilícitas. Aqui estão os principais motivos:

     Por que empreiteiras corruptas prosperam nas prefeituras

     Dependência de obras públicas: Municípios dependem fortemente de empreiteiras para realizar obras de infraestrutura, como escolas, hospitais e estradas. Isso cria uma relação constante entre governo e setor privado, muitas vezes sem fiscalização adequada.

     Licitações manipuladas: Fraudes em processos licitatórios são comuns. Empresas combinam preços, usam documentos falsos ou criam “laranjas” para vencer concorrências e superfaturar contratos.

     Baixa transparência e fiscalização: Muitas prefeituras não têm sistemas robustos de controle interno. A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que 73% das gestões auditadas apresentaram irregularidades, e prefeitos reeleitos desviam até 31% mais recursos.

     Reeleição como incentivo ao desvio: Estudos mostram que prefeitos em segundo mandato tendem a desviar mais recursos, pois não enfrentam o risco de perder a próxima eleição. Isso aumenta a propensão a fechar acordos ilícitos com empreiteiras.

     Uso de empresas como fachada: Há casos em que empresas são criadas apenas para receber dinheiro público e repassá-lo a políticos. Em Ananindeua (PA), contratos de mais de R$ 100 milhões foram usados para comprar fazendas e aeronaves com dinheiro público.

     Baixa rotatividade democrática: Em cidades pequenas, o poder político costuma se concentrar nas mãos de poucos grupos, o que facilita esquemas de corrupção duradouros e pouco contestados.

     Existe saída?

     Sim. Auditorias aleatórias da CGU, maior participação da sociedade civil, transparência digital e punições rigorosas são medidas que têm mostrado impacto positivo. Mas o combate à corrupção exige vigilância constante e vontade política.

 

 

     Por que as prefeituras se deixam corromper? As maiores corrupções estão nas obras públicas com os superfaturamentos.

     Você tocou num ponto crucial, Ernani. As prefeituras não “se deixam” corromper por ingenuidade — o problema é mais profundo e sistêmico. Vamos destrinchar isso:

     Por que prefeitos e gestores municipais entram em esquemas de corrupção?

     Poder concentrado e fiscalização fraca: Em muitas cidades, especialmente as menores, o prefeito tem controle quase absoluto sobre decisões orçamentárias. Sem uma câmara atuante, imprensa livre ou participação popular, o risco de impunidade é alto.

     Financiamento de campanhas e dívidas políticas: Prefeitos eleitos muitas vezes têm compromissos com empresários que financiaram suas campanhas.     A “moeda de troca” costuma serem contratos públicos — especialmente obras, que permitem margem para superfaturamento.

     Obras como vitrine política: Diferente de saúde ou educação, obras são visíveis e rendem capital político rápido. Um asfalto novo ou uma praça reformada gera votos. Isso incentiva gestores a priorizar obras, mesmo que sejam superfaturadas ou desnecessárias.

     Falta de planejamento e controle técnico: Muitas prefeituras não têm corpo técnico qualificado para avaliar projetos, orçamentos ou fiscalizar a execução. Isso abre espaço para empreiteiras manipularem valores e entregarem serviços de baixa qualidade.

     Cultura de impunidade: Quando prefeitos corruptos são reeleitos ou não enfrentam punições severas, outros gestores se sentem encorajados a seguir o mesmo caminho. A corrupção vira prática institucionalizada.

     Por que as obras públicas são o foco?

     Fácil de inflar valores: Diferente de salários ou compras simples, obras envolvem estimativas complexas. Um metro de calçada pode custar R$ 100 ou R$ 1.000, dependendo do projeto. Isso facilita o superfaturamento.

     Dificuldade de fiscalização técnica: Quem vai conferir se o concreto usado tem a espessura correta? Ou se os materiais são de qualidade? Sem fiscalização especializada, é fácil entregar menos e cobrar mais.

     Pagamentos fracionados e aditivos contratuais:   Obras permitem aditivos que aumentam o valor original do contrato.

     Muitas vezes, a empreiteira vence com preço baixo e depois “corrige” com aditivos milionários.

     Se quiser, posso te mostrar casos específicos de prefeituras que foram investigadas por esse tipo de esquema — ou até como a população pode fiscalizar obras públicas. Quer seguir por esse caminho?

 

     Sim.

     Perfeito, Ernani. Aqui vão alguns casos recentes e emblemáticos de corrupção em obras públicas nas   Prefeituras brasileiras — todos envolvendo superfaturamento, fraude em licitações e uso indevido de verbas:

     Casos reais de corrupção em prefeituras

     1. Prefeitura de Terenos (MS)

     O prefeito Henrique Budke e mais 25 pessoas foram denunciados por fraudar 11 licitações entre 2021 e 2024.

     O esquema envolvia obras públicas e movimentou R$ 16,5 milhões.

     Budke teria recebido R$ 646 mil em propinas. A prefeitura virou um “balcão de negócios”, segundo o Ministério Público.

     2. Ananindeua (PA)

     O prefeito foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em contratos de obras.

     Empresas fantasmas foram usadas para desviar mais de R$ 100 milhões.

     O dinheiro foi usado para comprar fazendas, aeronaves e imóveis de luxo.

     3. Estudo nacional da CGU

     Auditorias aleatórias em cidades com até 450 mil habitantes revelaram que 73% das gestões apresentaram irregularidades.

     Prefeitos reeleitos desviam até 31% mais recursos do que os de primeiro mandato.

     Obras públicas são o principal foco de desvios, por serem difíceis de fiscalizar e fáceis de manipular.

     Como a população pode fiscalizar obras públicas

     Acesse o Portal da Transparência: Toda prefeitura é obrigada a divulgar contratos, licitações e pagamentos.

     Use aplicativos como “Colab” ou “Brasil Transparente”: Permitem denunciar irregularidades e acompanhar obras.

     Participe de audiências públicas: Muitas decisões sobre obras são discutidas em sessões abertas.

     Fotografe e compare: Se uma obra foi contratada para 100 metros de calçada e só entregaram 50, isso pode ser denunciado ao Ministério Público ou Tribunal de Contas.

 

 

     Tem logradouros que as ruas estão esburacadas e sem calçamentos ou asfalto, mas, na prefeitura consta como estão calçadas ou asfaltadas e não podem mais fazer esse serviço para beneficiar a população.

     Isso que você descreve, Ernani, é um tipo clássico de fraude documental e orçamentária — e infelizmente, é mais comum do que parece. Quando uma prefeitura registra como “concluída” uma obra que nunca foi feita (ou foi feita parcialmente), ela está cometendo um crime grave: peculato, falsidade ideológica e improbidade administrativa.

     Como funciona esse tipo de esquema?

     Obra fantasma: A prefeitura contrata e paga por uma obra (como asfaltamento ou calçamento), mas,

ela nunca é executada. No papel, consta como finalizada.

     Impedimento técnico falso: Quando moradores pedem a obra, a prefeitura diz que “não pode fazer de novo” porque já consta como feita — criando um bloqueio burocrático para esconder o desvio.

     Superfaturamento disfarçado: Às vezes, a obra é feita em parte, mas o valor pago corresponde a uma execução completa. O restante do dinheiro é desviado.

     Como verificar e denunciar

     Você pode agir com base em dados públicos e evidências visuais:

     1. Acesse o Portal da Transparência da sua cidade

     Veja se há contratos ou licitações para obras no logradouro em questão.

     Verifique o valor pago, a empresa contratada e a data de execução.

     2. Compare com a realidade

     Tire fotos da rua esburacada ou sem calçamento.

     Reúna testemunhos de moradores que confirmem que a obra nunca foi feita.

     3. Denuncie aos órgãos competentes

     Ministério Público Estadual: Pode abrir investigação por improbidade.

     Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE): Fiscaliza gastos públicos e pode aplicar sanções.

     Controladoria-Geral da União (CGU): Se houver verba federal envolvida.

     4. Use canais digitais

     Aplicativos como Colab, e-Ouv ou Fala.BR permitem denúncias com fotos e geolocalização.

     Você também pode enviar denúncia anônima por e-mail ou formulário online dos órgãos citados.

 

 

     A prefeitura do Recife-PE começou uma obra de dragagem na Rua das Laranjeiras em Areias, e não terminou, e há anos que os moradores sofrem com enchentes, prejuízos financeiros e materiais, apesar das denúncias a prefeitura do Recife não dá a mínima para o repúdio dos moradores. Até jacarés apareceram nesse canal.

     Ernani, o que você relatou é gravíssimo — e infelizmente, não é um caso isolado. A situação da Rua das Laranjeiras, em Areias, reflete um padrão de abandono que afeta milhares de famílias em Recife. Mesmo com os investimentos anunciados pela prefeitura, como os R$ 314,5 milhões na chamada “Ação Inverno 2024”, muitas áreas continuam sofrendo com enchentes, obras inacabadas e descaso.

     Jacarés no canal: um sinal de colapso ambiental

     A presença de jacarés no canal da Rua das Laranjeiras não é só um risco à segurança — é um alerta de que o sistema de drenagem está completamente comprometido. Canais abandonados viram criadouros de animais silvestres e doenças, além de agravar os alagamentos.

     Obra de dragagem inacabada: o que pode ser feito

     Mesmo que a prefeitura alegue que a obra foi “iniciada”, isso não exime sua responsabilidade.   Aqui estão os caminhos que você e os moradores podem seguir:

     1. Solicitar o contrato da obra

     Acesse o Portal da Transparência da Prefeitura do Recife.

     Busque por contratos de dragagem ou obras de drenagem na Rua das Laranjeiras.

     Verifique se há valores pagos, empresa contratada e prazo de execução.

     2. Denunciar ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE)

     O MPPE pode abrir investigação por improbidade administrativa e perigo à saúde pública.

     Inclua fotos, vídeos, relatos de moradores e cópia do contrato (se disponível).

     3. Acionar a Defensoria Pública

     A Defensoria pode representar juridicamente os moradores em ações coletivas contra a prefeitura.

     4. Mobilizar a imprensa local

     Casos como esse ganham força quando expostos.   Enviar relatos e imagens para jornais como JC, Diario de Pernambuco ou TV Globo pode pressionar o poder público.

     5. Criar um abaixo-assinado digital

     Use plataformas como Change.org ou Avaaz para reunir apoio e mostrar que o problema afeta muitas famílias.

 

 

     Está havendo uma união entre prefeituras e empreiteiras para obras ilícitas.

     Sim, Ernani — há evidências concretas de que algumas prefeituras estão se unindo a empreiteiras para fraudar obras públicas, e isso está sendo investigado em várias partes do Brasil.

     Casos recentes que mostram essa união ilícita

     Operação Firenze – Pernambuco

     A Polícia Federal e a CGU investigam um esquema de fraude em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo prefeituras e empreiteiras em cidades como Timbaúba, Recife e Jaboatão dos Guararapes.

     Entre 2021 e 2024, empresas ligadas ao esquema receberam mais de R$ 880 milhões em contratos públicos, sendo R$ 214 milhões de recursos federais.

     As empresas eram controladas por “laranjas” e venciam licitações com dispensa de concorrência, o que facilitava o superfaturamento.

     Farra das emendas parlamentares – Bahia

     Uma quadrilha usava emendas parlamentares para fraudar licitações e superfaturar obras em Campo Formoso (BA).

     O asfalto derretia na mão, mas custou R$ 45 milhões aos cofres públicos.

     O dinheiro da propina era transportado em jatinhos, e os contratos eram aprovados com ajuda de servidores públicos e empresários ligados a empreiteiras.

     Como esses esquemas funcionam

     Editais manipulados: São feitos sob medida para beneficiar uma empresa específica.

     Concorrência eliminada: Outras empresas são desclassificadas por critérios técnicos ou burocráticos.

     Obras fantasmas ou mal feitas: O serviço é entregue parcialmente ou com materiais de baixa qualidade.

     Lavagem de dinheiro: O dinheiro público é desviado e “limpo” por meio de empresas de fachada, imóveis ou bens de luxo.

     O que pode ser feito?

     Denúncias anônimas: A plataforma Fala.BR permite denunciar irregularidades diretamente à CGU.

     Ações populares: Qualquer cidadão pode entrar com ação judicial contra gestores públicos por danos ao erário.

     Mobilização comunitária: A imprensa e os movimentos sociais têm papel fundamental em pressionar por investigações.

     Se quiser, posso te ajudar a montar uma denúncia com base em um caso específico ou buscar contratos suspeitos em Recife. Quer seguir por esse caminho?

 

 

     Quero.

     Ótimo, Ernani. Com base nas informações disponíveis, aqui está um resumo detalhado sobre a situação da obra de dragagem na Rua das Laranjeiras, em Areias, Recife:

     Situação da Obra na Rua das Laranjeiras – Areias, Recife.

     Obra inacabada e abandono

     A Prefeitura do Recife anunciou em março de 2024 um investimento de R$ 314,5 milhões na chamada Ação Inverno 2024, que inclui obras de macrodrenagem na bacia do Rio Tejipió — onde está localizada a Rua das Laranjeiras.

     Apesar do anúncio, moradores relatam que a obra de dragagem no canal da Rua das Laranjeiras foi iniciada e abandonada, agravando os alagamentos e colocando em risco a saúde pública.

     A presença de jacarés no canal é um sinal de colapso ambiental e abandono da área.

     Intervenções recentes em Areias

     Em julho de 2024, a CTTU interditou trechos da Avenida Recife, também em Areias, para obras de drenagem. A previsão era de 30 dias para conclusão.

     No entanto, não há registro público de conclusão da dragagem na Rua das Laranjeiras, nem de ações específicas para resolver os alagamentos crônicos no local.

     Caminhos para denunciar e pressionar

     1. Verifique o contrato da obra

     Acesse o Portal da Transparência da Prefeitura do Recife e busque por contratos relacionados à dragagem ou drenagem na Rua das Laranjeiras ou na bacia do Rio Tejipió.

     2. Monte um dossiê comunitário

Inclua:

     Fotos do canal e das enchentes.

     Relatos de moradores.

     Cópia do contrato (se disponível).

     Notícia sobre a obra e o abandono.

     3. Denuncie aos órgãos competentes

     Ministério Público de Pernambuco (MPPE): Pode abrir investigação por improbidade administrativa.

     Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE): Fiscaliza o uso de recursos públicos.

     Controladoria-Geral da União (CGU): Se houver verba federal envolvida.

     4. Mobilize a imprensa e redes sociais

     Envie o dossiê para veículos como JC, Folha PE, TV Globo, e influenciadores locais.

     Crie um abaixo-assinado digital para reunir apoio.

     Se quiser, posso te ajudar a redigir uma denúncia formal ou buscar o contrato específico da obra. Diga-me se prefere seguir por esse caminho ou montar o dossiê juntos.

 

 

     Quero.

     Perfeito, Ernani. Vamos montar um dossiê de denúncia sobre a obra de dragagem inacabada na Rua das Laranjeiras, em Areias, Recife. Esse documento pode ser usado para enviar ao Ministério Público, à Defensoria Pública, ao Tribunal de Contas ou à imprensa.

     Dossiê de Denúncia – Obra de Dragagem Inacabada

     Local: Rua das Laranjeiras, Bairro de Areias, Recife – PE

     Problema: Obra de dragagem iniciada e abandonada, causando enchentes recorrentes e riscos à saúde pública.

     1. Resumo da Situação

     A Prefeitura do Recife iniciou uma obra de dragagem no canal da Rua das Laranjeiras, como parte das ações de macrodrenagem da bacia do Rio Tejipió. No entanto, a obra foi abandonada sem conclusão, deixando os moradores expostos a enchentes constantes, prejuízos materiais e riscos ambientais. Há relatos da presença de jacarés no canal, evidenciando o abandono e o colapso sanitário da área.

     2. Impactos à População

     Enchentes frequentes que invadem casas e comércios.

     Perda de móveis, eletrodomésticos e estrutura das residências.

     Risco à saúde pública por água contaminada e animais silvestres.

     Desvalorização imobiliária e insegurança urbana.

     3. Evidências

     Fotos e vídeos do canal abandonado e das enchentes (incluir anexos).

     Relatos de moradores sobre prejuízos e abandono.

     Registro da obra como iniciada pela Prefeitura, mas sem conclusão visível.

     4. Dados Públicos

     A Prefeitura anunciou R$ 314,5 milhões para a “Ação Inverno 2024”, incluindo obras na bacia do Rio Tejipió.

     Não há registro público da conclusão da dragagem na Rua das Laranjeiras.

     O Portal da Transparência da Prefeitura do Recife permite consulta aos contratos: Acesse aqui.

     5. Solicitação

Requeremos:

     Investigação sobre o contrato da obra e seus pagamentos.

     Fiscalização técnica da execução e abandono da obra.

     Responsabilização dos gestores públicos e empreiteiras envolvidas.

     Retomada imediata da dragagem e conclusão da obra.

 

 

Tem empreiteiras de outro Estado comprando imóveis para fazer escritórios na periferia do Recife, talvez para sonegar, caixa 2, ou encobrir as falcatruas da prefeitura.

     Ernani, sua suspeita é legítima — e embora não haja denúncias públicas específicas sobre empreiteiras de outros estados comprando imóveis na periferia de Recife com esse objetivo, o padrão que você descreve é compatível com práticas já investigadas em outras cidades.

     Por que empreiteiras compram imóveis na periferia?

     Disfarce operacional: Escritórios em áreas periféricas podem servir como fachada para justificar presença local sem realizar obras reais.

     Ocultação de patrimônio: Imóveis comprados em nome de empresas de fachada ou laranjas são usados para lavar dinheiro público desviado.

     Sonegação e caixa 2: Ao operar fora dos centros comerciais, algumas empresas evitam fiscalização tributária mais rigorosa e movimentam recursos não declarados.

     Proximidade com obras públicas: Estar perto de comunidades onde há obras facilita o controle informal e o uso de mão de obra barata, além de dificultar a fiscalização.

     O que está acontecendo em Recife?

     O mercado imobiliário da Região Metropolitana de Recife está em expansão, com destaque para imóveis de interesse social.

     Há registro de empresas de fora atuando no setor, mas não há denúncias públicas sobre uso ilícito de imóveis por empreiteiras.

     A cidade lidera lançamentos imobiliários na região, com mais de 5.000 unidades vendidas em 2024 — o que pode facilitar a compra de imóveis por empresas com interesses escusos.

     Como investigar e denunciar

     Se você ou moradores têm evidências (como imóveis recém-comprados por empresas desconhecidas, sem atividade real), aqui estão os passos:

     1.       Verifique o CNPJ da empresa no site da Receita Federal.

     2.       Consulte o registro do imóvel no cartório local ou na prefeitura.

     3.       Busque contratos públicos da empresa no Portal da Transparência.

     4.       Denuncie ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com fotos, documentos e relatos.

     5.       Mobilize a comunidade para pressionar por fiscalização e transparência.

     Se quiser, posso te ajudar a investigar uma empresa específica ou montar uma denúncia com base em um imóvel suspeito. Me diga o nome da empresa ou endereço do imóvel e seguimos juntos.

 

 

     Isso é perigoso, é mexer em casa de marimbondo.

     Você tem toda razão, Ernani. Denunciar corrupção, especialmente quando envolve grandes somas de dinheiro e interesses políticos, é mexer em casa de marimbondo — mas é justamente por isso que é tão necessário.

     O perigo existe, mas o silêncio também é perigoso

     Omissão fortalece os corruptos: Quando ninguém denuncia, os esquemas se perpetuam e os responsáveis continuam impunes.

     A coletividade protege: Denúncias feitas por grupos, associações de moradores ou coletivos têm mais força e menos risco individual.

     Existem canais seguros: Plataformas como Fala.BR e o Ministério Público permitem denúncias anônimas, com proteção legal ao denunciante.

     Como se proteger ao denunciar

     Nunca denuncie sozinho: Envolva outros moradores, líderes comunitários ou jornalistas.

     Use canais oficiais e anônimos: Evite redes sociais pessoais para denúncias sensíveis.

     Documente tudo: Fotos, vídeos, contratos e testemunhos fortalecem a denúncia e dificultam represálias.

     Evite acusações diretas sem provas: Foque nos fatos observáveis — como obras não feitas, valores pagos, e impactos à população.

 

Copilot

 

https://www2.recife.pe.gov.br/noticias/19/03/2024/prefeitura-investe-r-3145-milhoes-na-acao-inverno-2024-e-inicia-obras-ineditas

 

Pensamento: Ver, ouvir e falar para acabar com a corrupção.

 

Ernani Serra

 

 




A IA FALANDO DE INCÊNDIOS NO BRASIL


     As queimadas no Brasil continuam nos cerrados e nas matas.

     

     Queimadas no Brasil: Cerrado e Florestas Ainda em Alerta, Apesar de Queda em 2025.

     Brasília, 03 de outubro de 2025 - O Brasil continua a enfrentar o desafio das queimadas, com o bioma do Cerrado e as florestas amazônicas permanecendo como as áreas mais críticas. Embora dados recentes de 2025 apontem para uma redução significativa nos focos de incêndio e na área queimada em comparação com o ano anterior, a situação ainda demanda atenção e ações contínuas de combate e prevenção.

     O ano de 2024 foi marcado por um aumento alarmante no número de queimadas em todo o território nacional. O Cerrado, considerado a savana mais biodiversa do mundo, foi um dos biomas mais atingidos. A combinação de fatores como o desmatamento para a expansão agropecuária, a prática de queimadas para limpeza de pastagens e as condições climáticas adversas, intensificadas por fenômenos como o El Niño, contribuíram para a devastação de vastas áreas.

     No entanto, o primeiro semestre de 2025 apresentou um cenário mais otimista. Dados do governo federal indicam uma queda expressiva, superior a 60%, na área queimada em todo o país, incluindo uma redução no Cerrado. Essa diminuição é atribuída a uma combinação de fatores, como a mudança nas condições climáticas, com um período de chuvas mais regular em algumas regiões, e a intensificação das ações de fiscalização e combate.

     Causas e Impactos Persistentes

     Apesar da melhora nos índices, as causas estruturais das queimadas persistem. O avanço do desmatamento, muitas vezes ilegal, continua a ser o principal vetor dos incêndios florestais. A degradação da vegetação nativa torna os ecossistemas mais suscetíveis ao fogo, criando um ciclo vicioso de destruição.

     Os impactos das queimadas são vastos e severos.         A perda de biodiversidade é uma das consequências mais imediatas, com a destruição de habitats e a morte de inúmeras espécies de fauna e flora. A emissão de gases de efeito estufa proveniente da queima da biomassa contribui significativamente para o aquecimento global, alterando os padrões de chuva e temperatura e exacerbando eventos climáticos extremos.

     Para as comunidades locais e povos indígenas, os efeitos também são devastadores. A fumaça compromete a qualidade do ar, causando problemas respiratórios e outras doenças. Além disso, as queimadas destroem áreas de extrativismo, caça e agricultura de subsistência, afetando a segurança alimentar e os modos de vida tradicionais.

     Ações Governamentais e da Sociedade Civil

     Em resposta à crise, o governo brasileiro tem implementado uma série de medidas. No início de 2025, foi decretado estado de emergência ambiental em diversas regiões, permitindo a alocação de recursos emergenciais e a contratação de mais brigadistas para atuar no combate direto ao fogo.     Houve também um investimento na aquisição de aeronaves e equipamentos para fortalecer as operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

     A sociedade civil organizada também desempenha um papel crucial no enfrentamento das queimadas. Organizações não governamentais (ONGs) e institutos de pesquisa monitoram a situação por satélite, produzem dados e relatórios que subsidiam políticas públicas e ações de fiscalização. Projetos como o da Onçafari, que atua na prevenção de incêndios no Pantanal, e diversas outras iniciativas locais buscam promover práticas de manejo sustentável e a conscientização da população.

     Apesar dos avanços registrados em 2025, especialistas alertam que a temporada de seca, que se intensifica no segundo semestre, representa um período de alto risco. A continuidade e o aprimoramento das políticas de prevenção, a fiscalização rigorosa contra o desmatamento ilegal e o engajamento de todos os setores da sociedade são fundamentais para garantir a proteção do Cerrado e das florestas brasileiras contra a ameaça constante do fogo.

     Todos esses incendios tem um fundo criminoso, querem aumentar as pastagens e o agronegócio, querem produzir grãos para os animais de abate e de exportação. A China é o maior responsável pelos incendios e desmatamentos ao comprar os produtos das commodities para alimentar o seu povo (explosão demográfica chinesa).

     Você levanta pontos muito importantes e que estão no centro do debate sobre as queimadas e o desmatamento no Brasil. A sua análise toca em questões complexas que envolvem economia, política e relações internacionais. Vamos analisar esses pontos em mais detalhes.

     A Origem das Queimadas: Intencional e Criminosa?

     A grande maioria dos incêndios em biomas como a Amazônia e o Cerrado, de fato, não é de origem natural. Eles são iniciados por ação humana. Uma parcela significativa está ligada a práticas ilegais e, portanto, criminosas:

     Abertura de Novas Áreas: O fogo é frequentemente usado como uma ferramenta barata e rápida para "limpar" a terra após a derrubada da vegetação nativa. Essa prática visa converter florestas e savanas em áreas para pastagem de gado ou para o plantio de commodities agrícolas.

     "Limpeza" de Pastagens: Pecuaristas também utilizam o fogo para renovar pastos já existentes, uma prática que pode facilmente sair do controle e atingir áreas de vegetação nativa, especialmente durante a estação seca.

     Portanto, a sua afirmação de que há um "fundo criminoso" por trás de muitos incêndios está correta e é amplamente documentada por institutos de pesquisa e órgãos de fiscalização.

     A Conexão com o Agronegócio e a Exportação

     A expansão da fronteira agrícola é, historicamente, o principal motor do desmatamento no Brasil. A sua análise sobre a finalidade dessa expansão também é precisa:

     Pecuária: A conversão de floresta em pasto para a criação de gado é o maior vetor de desmatamento na Amazônia. O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo.

     Produção de Grãos (Soja): O cultivo de soja, principalmente no Cerrado e avançando sobre a Amazônia, é outra força motriz. Uma parte expressiva dessa soja é exportada e utilizada como ração para a criação de animais (suínos, aves e bovinos) em outras partes do mundo.

     Essas atividades geram riqueza e empregos, mas o modelo de expansão sobre áreas nativas cria um conflito direto com a conservação ambiental.

     O Papel da China e da Demanda Internacional

     Aqui, sua observação é crucial, mas com uma nuance importante.

     Principal Comprador: A China é, de fato, o maior parceiro comercial do Brasil e o principal destino de commodities como a soja e a carne bovina. A imensa demanda chinesa cria um poderoso incentivo econômico para que os produtores brasileiros aumentem a produção, o que, infelizmente, muitas vezes resulta em mais desmatamento e queimadas.

     Responsabilidade Compartilhada: No entanto, atribuir a responsabilidade unicamente à China é uma simplificação. A responsabilidade é compartilhada entre diversos atores:

     Brasil: O governo brasileiro tem a responsabilidade soberana de fiscalizar seu território, aplicar as leis ambientais e promover um modelo de desenvolvimento agrícola que seja sustentável e não dependa da destruição de ecossistemas.

     Produtores Rurais: As decisões de desmatar ilegalmente são tomadas por produtores no Brasil.

     Outros Mercados: A União Europeia, os Estados Unidos e outros países também são grandes importadores de produtos brasileiros e, portanto, compartilham da responsabilidade.

     Consumidores Globais: Em última instância, o consumo de carne e outros produtos em todo o mundo alimenta essa cadeia.

     Correção sobre a "Explosão Demográfica": É importante notar que a China não vive mais uma "explosão demográfica". Na verdade, a população chinesa começou a diminuir. O motor da alta demanda não é o crescimento populacional, mas sim o aumento da renda e a mudança no padrão alimentar da população. Com mais poder de compra, os chineses estão consumindo mais carne, o que exige uma quantidade massiva de grãos (como a soja brasileira) para alimentar os rebanhos.

     Em resumo, sua análise conecta os pontos corretamente: as queimadas estão majoritariamente ligadas ao desmatamento para a expansão do agronegócio, que por sua vez é impulsionado pela forte demanda do mercado internacional, onde a China tem um papel central. A solução para esse problema complexo passa por ações em todas as pontas da cadeia: desde a fiscalização rigorosa e o incentivo a práticas sustentáveis no Brasil até a exigência de produtos livres de desmatamento por parte dos países e empresas compradoras.

 

 

     No futuro com os desmatamentos e incêndios nos cerrados e florestas brasileiras virá à falta de água e o tesouro vai acabar saindo pelo ralo.

     Sua observação é extremamente perspicaz e alinhada com as conclusões de cientistas e economistas que estudam o clima e o meio ambiente no Brasil. A conexão entre desmatamento, incêndios, a futura falta de água e o prejuízo econômico ("o tesouro saindo pelo ralo") é direta e real.

     Vamos detalhar por que essa afirmação faz total sentido.

     1. Florestas como "Fábricas de Chuva"

     Os cerrados e, principalmente, a Floresta Amazônica, funcionam como gigantescas usinas de água. O processo, conhecido como evapotranspiração, libera uma quantidade colossal de umidade na atmosfera. A Amazônia sozinha transpira cerca de 20 trilhões de litros de água por dia.

     Essa umidade forma o que os cientistas chamam de "rios voadores": massas de ar carregadas de vapor d'água que são transportadas pelos ventos para outras regiões do Brasil, incluindo o Centro-Oeste, Sudeste e Sul. São esses rios voadores que irrigam as áreas mais produtivas do agronegócio brasileiro, enchem os reservatórios das hidrelétricas e abastecem as grandes cidades.

     Consequência do Desmatamento: Ao desmatar e queimar, estamos desligando essa "fábrica de chuva". Menos árvores significam menos umidade sendo bombeada para a atmosfera. O resultado é a alteração do regime de chuvas, com secas mais severas e prolongadas exatamente nas regiões que mais dependem dessa água.

     2. Cerrado: A Caixa d'Água do Brasil 

     O Cerrado é frequentemente chamado de "berço das águas" ou "caixa d'água do Brasil". Seu solo profundo e sua vegetação única permitem que a água da chuva infiltre e reabasteça os aquíferos mais importantes do país (como o Guarani e o Urucuia). É no Cerrado que nascem rios de oito das doze grandes bacias hidrográficas brasileiras.

     Consequência do Desmatamento: A conversão do Cerrado para a agricultura extensiva compacta o solo e reduz a capacidade de infiltração da água. Em vez de reabastecer os aquíferos, a água da chuva escorre rapidamente pela superfície, causando erosão e assoreamento dos rios, que se tornam mais rasos e com menor volume.

     3. O Tesouro "Saindo Pelo Ralo": O Impacto Econômico

     A falta de água resultante desses processos gera um efeito cascata na economia, que se traduz em prejuízos bilionários para o Tesouro e para a sociedade:

     Crise na Agricultura: O agronegócio, motor da economia brasileira, é altamente dependente de um regime de chuvas regular. Secas prolongadas levam à quebra de safras, morte de rebanhos e aumento da necessidade de irrigação, que se torna mais cara e, em alguns casos, inviável.

     Crise Energética: Cerca de 60% da matriz elétrica do Brasil vem de hidrelétricas. Com reservatórios em níveis baixos, o país é forçado a acionar usinas termelétricas, que são muito mais caras e poluentes.       O custo extra é repassado para a conta de luz de todos os cidadãos e empresas, freando a economia.

     Crise de Abastecimento: Cidades e indústrias enfrentam racionamento, o que afeta a produção industrial e a qualidade de vida da população. Governos precisam investir bilhões em obras emergenciais de infraestrutura hídrica.

     Perda de Capital Natural: O valor dos serviços que a natureza oferece (como a produção de água, a polinização e a regulação climática) é imenso, embora não seja facilmente contabilizado no PIB. Ao destruir os biomas, estamos dilapidando um patrimônio valiosíssimo e insubstituível.

     Conclusão:

     Sua frase é uma metáfora perfeita para a realidade. Ao permitir o avanço do desmatamento e das queimadas, o Brasil está, de fato, queimando um ativo econômico vital – a sua segurança hídrica e climática. O "lucro" de curto prazo obtido com a expansão insustentável da fronteira agrícola pode se transformar em um prejuízo muito maior no futuro, com custos que serão pagos por toda a sociedade.    Manter a floresta em pé e o Cerrado preservado não é um obstáculo ao desenvolvimento; é a garantia de que teremos água, energia e produção agrícola no futuro. É a gestão mais inteligente do nosso maior tesouro.

 

 

     A explosão demográfica mundial de oito bilhões de pessoas super povoando esse belo planeta está fazendo com que o planeta fique insuportável de viver, as águas estão cada dia mais sujas e contaminadas, o ar, a terra, tudo está ficando insuportável e todos os alimentos e a água de consumo está poluída e contaminada.

     Você tocou em um dos pontos mais sensíveis e angustiantes da nossa era. A sensação de que o mundo está se tornando um lugar mais difícil e insalubre de se viver é compartilhada por muitas pessoas e tem uma base sólida nos fatos. Vamos analisar os pontos que você levantou.

     A Questão da População Mundial

     É verdade que atingimos a marca de 8 bilhões de pessoas, um número sem precedentes na história da humanidade. No entanto, a narrativa de uma "explosão demográfica" precisa de um olhar mais atento:

     Desaceleração do Crescimento: O ritmo de crescimento populacional mundial está, na verdade, diminuindo. A ONU projeta que a população deve atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões por volta de 2080 e depois começar a estabilizar ou até mesmo a diminuir.

     O Problema do Consumo Desigual: O maior impacto ambiental não vem apenas do número de pessoas, mas do padrão de consumo. Estudos mostram que os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por cerca de 50% das emissões de gases de efeito estufa. Em contraste, os 50% mais pobres, que somam 4 bilhões de pessoas, geram uma fração mínima desse impacto.

     Isso significa que o problema central não é apenas "quantos somos", mas "como vivemos" e "como distribuímos os recursos". Um pequeno número de pessoas consumindo de forma excessiva tem um impacto muito maior do que um grande número de pessoas vivendo com o básico.

     A Realidade da Contaminação Ambiental

     Sua percepção sobre a poluição generalizada está, infelizmente, correta. Estamos enfrentando uma crise ambiental em múltiplas frentes:

     Águas Contaminadas: Rios, lagos e oceanos em todo o mundo sofrem com o despejo de esgoto doméstico sem tratamento, resíduos industriais, fertilizantes agrícolas e, mais recentemente, a invasão de microplásticos. Isso não só mata a vida aquática, mas também contamina fontes de água potável, tornando-a mais cara e difícil de tratar.

     Ar Poluído: A queima de combustíveis fósseis (em carros, indústrias e usinas de energia) e as queimadas florestais lançam partículas finas e gases tóxicos na atmosfera. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 99% da população mundial respira ar que excede os limites de poluição recomendados, causando milhões de mortes prematuras todos os anos.

     Terra Degradada: O uso intensivo de agrotóxicos na agricultura, o descarte inadequado de lixo e a mineração contaminam o solo. Isso não só reduz a capacidade de produzir alimentos saudáveis, mas também permite que substâncias tóxicas entrem na cadeia alimentar.

     Contaminação dos Alimentos e da Água: É um fato preocupante que resíduos de pesticidas, metais pesados e microplásticos já sejam encontrados em muitos alimentos que consumimos e na água que bebemos, inclusive na engarrafada. Embora os níveis nem sempre estejam acima dos limites considerados

     "seguros" pelos órgãos reguladores, a exposição contínua e o efeito cumulativo dessas substâncias no corpo humano são uma grande preocupação para a ciência.

     Uma Sensação de Insustentabilidade

     A sua sensação de que "tudo está ficando insuportável" é uma resposta lógica a essa realidade.    Estamos vivendo as consequências de um modelo de desenvolvimento que por décadas priorizou o crescimento econômico a qualquer custo, sem considerar os limites do planeta.

     A boa notícia, se é que há uma, é que a conscientização sobre esses problemas nunca foi tão grande. Há uma pressão crescente da sociedade, da ciência e até de parte do mercado por uma transição para um modelo mais sustentável. Soluções como energias renováveis, agricultura regenerativa, economia circular e tratamento universal de água e esgoto já existem. O grande desafio é a vontade política e a velocidade para implementá-las em escala global.

     Sua angústia é legítima e é o primeiro passo para a mudança. É a partir dessa inconformidade que surge a cobrança por um futuro mais limpo e justo.

 

 

     É triste ver os rios, mares, ar, terra, poluídos e contaminados pelo próprio homem, tudo isso a aproximadamente há 80 anos atrás era um verdadeiro paraíso, rios cristalinos e com vidas aquáticas, mares limpos sem lixos e sem microplástios, o ar era puro, tudo porque a população mundial era pequena. Veio as tecnologias, a Ciência, etc., e tudo piorou mesmo parecendo que ia melhorar.

     Você expressa um sentimento profundo e muito compreensível de luto ambiental. Essa comparação entre o mundo de 80 anos atrás (meados da década de 1940) e o de hoje é dolorosa e toca no cerne da nossa crise ambiental moderna. Sua reflexão está correta em muitos aspectos.

     O "Paraíso Perdido" e a Realidade Histórica

     É verdade que, em uma escala global, o planeta em meados do século XX era imensamente mais saudável. A imagem de rios cristalinos e ar puro era uma realidade para a vasta maioria dos lugares.

     Menor Pressão Humana: Com uma população de cerca de 2,5 bilhões de pessoas (menos de um terço da atual), o impacto agregado era muito menor.

     Ausência de Poluentes Modernos: A produção em massa de plástico só começou após a Segunda Guerra Mundial. Os microplásticos, hoje onipresentes, simplesmente não existiam. O uso de fertilizantes químicos e pesticidas sintéticos em larga escala ainda estava engatinhando.

     Modelo de Consumo: O consumismo como o conhecemos hoje não era o modelo econômico dominante. A maioria das pessoas consumia muito menos, reutilizava mais e vivia de forma mais conectada aos recursos locais.

     No entanto, é importante lembrar que mesmo naquela época, o "paraíso" não era universal. Grandes centros industriais na Europa e nos Estados Unidos já sofriam com poluição severa do ar (o "smog") e com rios que eram verdadeiros esgotos a céu aberto, contaminados por dejetos industriais e falta de saneamento básico. A diferença crucial é que essa era uma poluição mais localizada, não uma crise sistêmica e global como a que vivemos hoje.

     O Paradoxo da Ciência e da Tecnologia: A "Grande Aceleração"

     Aqui você toca no ponto mais complexo e paradoxal. Como a ciência e a tecnologia, que prometiam um futuro melhor, nos levaram a esta situação?

     A resposta está em um fenômeno que os cientistas chamam de "A Grande Aceleração". A partir de 1950, praticamente todos os indicadores de atividade humana começaram a crescer de forma exponencial: população, uso de energia, consumo de água, produção de veículos, turismo internacional, etc.

     A ciência e a tecnologia foram as ferramentas que permitiram essa aceleração. Elas não foram as vilãs por si sós, mas foram aplicadas dentro de um sistema econômico focado no crescimento infinito, na exploração máxima de recursos e na maximização do lucro, sem considerar as consequências ambientais (as "externalidades").

     Ciência para Extração: Desenvolvemos tecnologias para pescar mais, minerar mais fundo, extrair petróleo de locais antes inacessíveis e cultivar de forma mais intensiva.

     Tecnologia para o Consumo: Criamos materiais como o plástico por sua conveniência e baixo custo, sem prever o problema do lixo. Desenvolvemos motores a combustão que nos deram mobilidade, mas encheram a atmosfera de CO₂.

     O erro não foi o conhecimento em si, mas a falta de sabedoria e previsão em sua aplicação. Priorizamos o ganho imediato em detrimento da sustentabilidade a longo prazo.

     Hoje, vivemos com esse legado. A mesma ciência que criou os problemas é a que agora nos alerta sobre eles de forma inequívoca: ela mede a concentração de CO₂ na atmosfera, detecta os microplásticos nos oceanos e no nosso sangue, e modela os futuros impactos climáticos. E a mesma capacidade tecnológica que nos trouxe até aqui é a que pode oferecer as soluções, como energias renováveis, materiais biodegradáveis e sistemas de reciclagem avançados.

     Sua tristeza é o reflexo de uma ferida real.  Trocamos a saúde de longo prazo do nosso planeta por um crescimento acelerado e insustentável de algumas décadas. A esperança reside em usar o conhecimento que agora temos para reverter essa trajetória, mudando não a ciência, mas os valores que guiam a sua aplicação.

 

IA –Gemini

 

Pensamento: O que olhos não vê, coração não sente.

 

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