contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quarta-feira, 15 de outubro de 2025



A IA E O CÓSMICO

 

     É verdade que a Terra está rachando no fundo do mar?

     A Terra Está se "Rachando" no Fundo do Mar: Um Fenômeno Contínuo e Novas Descobertas

     Sim, é verdade que a Terra está se "rachando" no fundo do mar, mas este é um processo geológico fundamental para o planeta e, em grande parte, um fenômeno contínuo e normal. Essas "rachaduras" são essenciais para a dinâmica da crosta terrestre, impulsionando o movimento dos continentes e a renovação do assoalho oceânico. Recentemente, cientistas também descobriram novas fraturas em locais inesperados, desafiando compreensões anteriores sobre a rigidez das placas tectônicas.

     O principal mecanismo por trás dessas fendas é a tectônica de placas. A camada externa da Terra, a litosfera, não é uma peça única, mas sim um quebra-cabeça de várias placas que flutuam sobre o manto, uma camada mais quente e maleável. Essas placas estão em constante movimento, e é nas suas bordas que a maior parte da atividade geológica, como terremotos e vulcanismo, ocorre.

     No fundo dos oceanos, existem as dorsais meso-oceânicas, que são vastas cadeias de montanhas submarinas. É nessas dorsais que as placas tectônicas estão se afastando umas das outras. À medida que elas se separam, o magma do manto sobe para preencher o espaço, criando uma nova crosta oceânica. Esse processo, conhecido como expansão do assoalho oceânico, é literalmente a Terra se "rachando" para formar um novo fundo do mar. Este é um processo lento e contínuo, que ocorre a uma velocidade comparável ao crescimento das unhas humanas.

     Descobertas Recentes no Pacífico

     Além desse processo contínuo nas dorsais, estudos mais recentes trouxeram à tona um novo tipo de fraturamento. Pesquisadores identificaram que a Placa do Pacífico, uma das maiores placas tectônicas da Terra, está se fragmentando e apresentando sinais de deformação longe de suas bordas, em áreas que antes se acreditava serem estáveis e rígidas.

     Essas novas fraturas, algumas com centenas de quilômetros de extensão, sugerem que as tensões exercidas pelas zonas de subducção — onde uma placa mergulha sob a outra — podem estar "rasgando" a placa em seu interior. Essa descoberta é significativa porque muda a visão de que as placas tectônicas são inteiramente rígidas em suas porções centrais.

     Embora a descoberta dessas novas fraturas na Placa do Pacífico seja um campo de estudo ativo e ainda não totalmente compreendido, é importante notar que este não é um sinal de um evento catastrófico iminente para o planeta como um todo. Trata-se de uma evolução na compreensão científica sobre a complexa dinâmica da Terra, que pode no futuro, ajudar a aprimorar modelos de previsão de terremotos e tsunamis em regiões costeiras.

     Em resumo, o "rachar" da Terra no fundo do mar é um processo geológico normal e essencial, principalmente nas dorsais meso-oceânicas. As recentes descobertas de fraturas no interior da Placa do Pacífico adicionam uma nova camada de complexidade a esse entendimento, destacando que a dinâmica do nosso planeta é ainda mais ativa e complexa do que se imaginava.

 

 

O planeta Terra é realmente redondo ou é uma massa disforme?

     O Planeta Terra: Uma Esfera Imperfeita, Longe de Ser Disforme

     O planeta Terra não é uma esfera perfeita nem uma massa disforme, mas sim um formato único e específico conhecido cientificamente como geoide, que é melhor aproximado por um esferoide oblato. Essa forma peculiar é resultado da combinação da força da gravidade e do movimento de rotação do planeta.

     Para entender melhor, podemos pensar da seguinte forma:

     A Força da Gravidade: A gravidade puxa toda a massa da Terra em direção ao seu centro, tendendo a criar uma esfera perfeita, que é a forma mais eficiente para distribuir massa uniformemente.

     O Movimento de Rotação: Ao girar em torno de seu próprio eixo, a Terra gera uma força centrífuga. Essa força é mais intensa na região do equador, fazendo com que o planeta se "estique" nessa área, criando uma protuberância ou bojo equatorial. Consequentemente, há um leve achatamento nas regiões polares.

     Essa combinação de forças resulta em um esferoide oblato, uma esfera ligeiramente achatada nos polos e mais larga no equador. A diferença, embora significativa em escala planetária, é sutil: o diâmetro equatorial da Terra é de aproximadamente 12.756 quilômetros, enquanto o diâmetro polar é de cerca de 12.714 quilômetros. Isso representa uma diferença de apenas 42 quilômetros, ou cerca de 0,3%.

     O que é o Geoide?

     Embora o esferoide oblato seja uma ótima aproximação matemática, a forma real da Terra é ainda mais complexa. O geoide é o modelo que descreve essa superfície irregular com maior precisão.

     Imagine que os oceanos pudessem fluir livremente por todo o globo, sem a interferência de marés e correntes, passando por continentes através de canais imaginários. A superfície resultante, que representa o nível médio do mar, seria o geoide. Esta forma é irregular porque a massa da Terra não está distribuída de maneira uniforme. Variações na densidade da crosta e do manto, a presença de montanhas e fossas oceânicas criam pequenas flutuações no campo gravitacional, fazendo com que a superfície do geoide apresente ondulações, com vales e colinas.

     Em resumo:

     Redondo? Sim. Visto do espaço, a Terra parece inquestionavelmente redonda.

     Esfera perfeita? Não. Devido à rotação, é um esferoide oblato, com um bojo no equador e achatamento nos polos.

     Disforme? De forma alguma. Sua forma é definida por leis físicas e descrita com alta precisão pelo modelo do geoide, que, apesar de irregular, é muito mais próximo de uma esfera do que de uma massa aleatória.

     Portanto, a Terra possui uma forma própria e bem definida, resultado de um equilíbrio dinâmico de forças que atuam sobre ela há bilhões de anos.

 

 

     Acredita no Dilúvio ou foi uma grande enchente numa determinada região? Ou tudo não passou de ficção científica e religiosa.

     A questão do Dilúvio, narrado no livro de Gênesis e em outras tradições antigas, é um tema fascinante que se situa na intersecção entre fé, história e ciência. A resposta para a sua pergunta depende fundamentalmente da perspectiva que se adota — científica, histórica ou religiosa.

     Aqui estão as principais correntes de interpretação sobre o evento:

     1. A Perspectiva Científica: Ausência de Evidências para um Dilúvio Global

     A grande maioria da comunidade científica (geólogos, paleontólogos, biólogos e arqueólogos) conclui que não há evidências que sustentem a ocorrência de um dilúvio que tenha coberto todo o planeta na história recente da Terra. Os principais argumentos são:

     Registro Geológico: As camadas de rocha e sedimento ao redor do mundo não mostram um único estrato contínuo e simultâneo de inundação global. Pelo contrário, revelam uma história de processos geológicos lentos e graduais ao longo de bilhões de anos.

     Evidência Fóssil: A distribuição dos fósseis não corresponde ao que se esperaria de uma inundação global. Os fósseis aparecem em uma ordem específica e em ecossistemas distintos, contradizendo a ideia de que todos os animais foram subitamente soterrados juntos.

     Logística da Arca: Do ponto de vista da biologia e da física, os desafios logísticos para a história da Arca de Noé são considerados insuperáveis. Isso inclui a quantidade de espécies (milhões, incluindo insetos e microrganismos), a coleta de animais de continentes distantes (como pinguins e cangurus), o volume de comida e água necessários, e a gestão de dejetos por um período tão longo.

     Diversidade Genética: A genética moderna indica que a diversidade da vida na Terra não poderia ter surgido a partir de um único par (ou poucos pares) de cada espécie há apenas alguns milhares de anos. O "gargalo" genético seria extremo e visível no DNA de todas as espécies.

     2. A Hipótese da Grande Enchente Regional

     Muitos historiadores e arqueólogos, e até mesmo teólogos, acreditam que a narrativa do Dilúvio pode ter sido inspirada por uma ou mais inundações catastróficas, mas locais, que ocorreram na antiga Mesopotâmia (atual Iraque).

     O Cenário Mesopotâmico: As civilizações suméria, acádia e babilônica floresceram entre os rios Tigre e Eufrates. Essa região era propensa a inundações devastadoras e imprevisíveis. Para as pessoas que viviam naquele mundo, uma enchente que cobrisse toda a terra que eles conheciam ("o mundo inteiro" da sua perspectiva) seria, de fato, um evento apocalíptico.

     Mitos Semelhantes: A história do dilúvio bíblico tem paralelos muito fortes com mitos mesopotâmicos mais antigos, como a Epopeia de Gilgamesh. Neste épico, um homem chamado Utnapishtim é avisado por um deus para construir um barco e salvar sua família e animais de uma grande inundação enviada pelos deuses. A semelhança é tão grande que muitos estudiosos acreditam que a tradição hebraica foi influenciada por essas narrativas mais antigas.

     A Hipótese do Mar Negro: Uma teoria popular, proposta pelos geólogos William Ryan e Walter Pitman, sugere que, por volta de 5600 a.C., o Mar Mediterrâneo rompeu a barreira natural do Estreito de Bósforo e inundou de forma catastrófica o que era então um lago de água doce, criando o Mar Negro como o conhecemos hoje. Essa inundação teria sido um evento violento e traumático, deslocando populações e possivelmente dando origem a histórias de um grande dilúvio que foram passadas de geração em geração.

     3. A Interpretação Teológica e Ficcional (ou Alegórica)

     Nesta visão, a história do Dilúvio não deve ser lida como um relato literal de um evento histórico ou científico, mas sim como uma narrativa teológica com um propósito moral e espiritual.

     Ficção Religiosa com um Propósito: A história serve como uma poderosa alegoria sobre a condição humana, o pecado, o julgamento divino e a redenção.   O foco não estaria no "como" a inundação aconteceu, mas no "porquê". Seria uma forma de ensinar sobre a relação entre Deus e a humanidade, a importância da justiça e a promessa de um novo começo (simbolizado pelo arco-íris).

     Mito Fundador: Assim como outras culturas têm seus mitos de criação e destruição, o Dilúvio funciona como um mito fundador para a nação de Israel, estabelecendo uma aliança entre Deus e Noé (e, por extensão, toda a humanidade).

     Conclusão

     Em resumo:

     Para a ciência, a ideia de um dilúvio global é considerada ficção, pois não há evidências que a corroborem.

     Para muitos historiadores e arqueólogos, a história é provavelmente a memória mitificada de uma ou mais enchentes catastróficas em uma região específica, como a Mesopotâmia.

     Para muitos teólogos e fiéis, a história é uma verdade religiosa, seja interpretada literalmente por alguns grupos, ou mais comumente hoje, como uma poderosa alegoria sobre a fé, o pecado e a redenção, sem a necessidade de ser um evento historicamente literal em escala global.

     Portanto, a resposta para "qual é a verdade?" depende do tipo de verdade que se busca: a empírica e científica, ou a histórica e teológica.

 

 

     O Cósmo é finito ou infinito?

     Essa é, talvez, uma das perguntas mais profundas e desconcertantes da ciência, e a resposta honesta é: ninguém sabe com certeza, mas a melhor evidência científica que temos hoje aponta para um Universo infinito.

     No entanto, a questão é mais complexa do que um simples "sim" ou "não". Vamos dividir a resposta em duas partes: o que a ciência sugere e o que realmente podemos observar.

     1. A Geometria do Universo: Plano, Fechado ou Aberto?

     De acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, o destino e a forma do Universo estão intrinsecamente ligados à sua densidade total de matéria e energia. Existem três possibilidades principais para a geometria do espaço-tempo:

     Universo Fechado (ou Esférico): Se a densidade do Universo for alta o suficiente, a gravidade acabará por frear a expansão e fazer com que tudo se contraia de volta em um "Big Crunch". Nesse modelo, o Universo seria finito, mas sem bordas. Como a superfície de uma esfera, se você viajasse em linha reta por tempo suficiente, acabaria voltando ao ponto de partida.

     Universo Aberto (ou Hiperbólico): Se a densidade for muito baixa, a gravidade não será forte o suficiente para parar a expansão, que continuará para sempre. Nesse cenário, o Universo teria uma curvatura negativa (como uma sela de cavalo) e seria infinito.

     Universo Plano: Se a densidade for exatamente a "densidade crítica", o Universo se expandirá para sempre, mas a uma taxa que desacelera constantemente, aproximando-se de zero. Um universo plano, como uma folha de papel que se estende infinitamente em todas as direções, é também infinito.

     O que as evidências dizem?

     As medições mais precisas que temos vêm da Radiação Cósmica de Fundo (CMB), que é o eco luminoso do Big Bang. Satélites como o WMAP e o Planck mapearam essa radiação com detalhes incríveis. Os resultados indicam, com uma margem de erro muito pequena, que o nosso Universo é quase perfeitamente plano.

     Se o Universo é plano, a conclusão mais simples e direta é que ele é espacialmente infinito.

     2. O Universo Observável: A nossa Bolha Finita

     Aqui entra a grande ressalva. Mesmo que o Universo como um todo seja infinito, nós só podemos ver uma porção finita dele. Isso é o que chamamos de Universo Observável.

     O Universo tem cerca de 13,8 bilhões de anos. Isso significa que a luz das galáxias mais distantes levou 13,8 bilhões de anos para chegar até nós. Portanto, não podemos ver nada que esteja além dessa distância. Devido à expansão do próprio espaço durante esse tempo, nosso Universo Observável é na verdade uma esfera com cerca de 93 bilhões de anos-luz de diâmetro.

     É como estar em um barco no meio de um oceano.     Você só consegue ver até o horizonte, mas isso não significa que o oceano termina ali. Da mesma forma, não temos como saber o que existe além do nosso horizonte cósmico. O Universo total pode ser centenas, milhares ou infinitas vezes maior do que a pequena porção que podemos ver. O fato de nossa "bolha" observável parecer plana pode ser simplesmente porque o Universo inteiro é tão vasto que a curvatura é indetectável em nossa escala local, assim como a Terra parece plana para uma formiga em um campo de futebol.

     Conclusão:

     O Universo Total: As melhores evidências científicas (a geometria plana) sugerem fortemente que o Cosmos é infinito. Ele não tem um fim ou uma "borda".

     O Universo Observável: A porção do Cosmos que podemos ver e medir é, por definição, finita, limitada pela velocidade da luz e pela idade do Universo.

     Portanto, vivemos em um "bolha" finita de observação dentro de um cosmos que, muito provavelmente, se estende para sempre no espaço e no tempo, rumo a um futuro cada vez mais frio e escuro, conforme a expansão continua. É uma ideia que desafia a nossa intuição, mas é para onde a física e a cosmologia moderna nos leva.

 

 

     O infinito Cósmico é incomensuravelmente infinito e não cabe na imaginação do ser humano, é de uma grandiosidade espantosa e do imaginável.

     Você capturou perfeitamente a essência de uma das verdades mais profundas e vertiginosas que a ciência e a filosofia nos apresentam. A sua reflexão não é apenas um pensamento, é o reconhecimento honesto dos limites da nossa própria mente diante da realidade do Cosmos.

     O que você descreve é precisamente o sentimento do sublime: a experiência de se deparar com algo tão vasto, tão poderoso e tão além da nossa escala que nos causa um misto de espanto, admiração e até um pouco de medo.

     Vamos aprofundar um pouco essa sua percepção:

     O Problema da Imaginação: Nossos cérebros evoluíram para compreender um mundo finito.    Entendemos começos e fins, bordas e limites. A ideia de "infinito" não é algo que possamos visualizar. Podemos compreendê-la como um conceito matemático, mas não conseguimos sentir ou imaginar uma extensão que nunca acaba. Qualquer imagem que criamos em nossa mente terá, por definição, uma borda. O infinito cósmico desafia a própria ferramenta que usamos para entender o mundo.

     A Insignificância dos Números: Quando os astrônomos dizem que existem talvez 2 trilhões de galáxias no universo observável, e que cada uma pode ter 100 bilhões de estrelas, os números se tornam tão grandes que perdem o significado prático. Tentar imaginar isso é como tentar contar os grãos de areia em todas as praias da Terra, e depois multiplicar isso por um bilhão. É uma escala que não nos foi dada a capacidade de processar.

     O Universo Observável é Apenas a Ponta do Iceberg:    O mais espantoso, como discutimos, é que toda essa vastidão de 2 trilhões de galáxias é apenas a nossa "bolha" visível. Se o Universo for verdadeiramente infinito, então o que podemos ver é, matematicamente, uma fração zero do todo. Isso significa que existem infinitas galáxias, infinitas estrelas e, possivelmente, infinitas outras "bolhas" de universos observáveis, completamente inacessíveis para nós.

     A sua frase "é de uma grandiosidade espantosa e do imaginável" (ou talvez "inimaginável") resume tudo. É o paradoxo de ser capaz de conceber a ideia de infinito, mas ser completamente incapaz de contê-la em nossa imaginação.

     Essa percepção não deve nos fazer sentir pequena ou insignificante, mas sim privilegiados. Somos uma parte do Universo que se tornou consciente, capaz de olhar para o céu e se maravilhar com a sua própria imensidão. Essa capacidade de sentir espanto diante do infinito cósmico é uma das coisas mais profundas e belas da experiência humana.

 

Gemini vs Ernani

 

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Pensamento: Deus deu ao homem o poder do imaginável, mas, não deu o poder de chegar ao infinito.

 

Ernani Serra