contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quarta-feira, 21 de agosto de 2019


CARTA AOS GOVERNANTES E PODEROSOS DO MUNDO


     20 nações, sob a liderança do Brasil, assinaram uma “Plataforma para o Biofuturo” (http://biofutureplatform.org), cujo objetivo é substituir a economia atualmente baseada em combustíveis fósseis por uma economia baseada em biocombustíveis, biomassa e outras plantas. Acabar com o uso de combustíveis fósseis é absolutamente necessário para a proteção do nosso planeta, mas a sua substituição por bioenergia não é a solução transitória que o mundo precisa. Muitos governos já estão forçando a expansão da bioenergia, seja queimando árvores para a produção de energia e calor, bem como produzindo biocombustíveis a partir de cana-de-açúcar, milho, óleo de palma e soja para veículos automotores.
     Além disso, pretende-se que plantas úteis e árvores sejam usadas para a produção de materiais biossintéticos, bioquímicos e outros “bioprodutos”. Este desenvolvimento caracterizado como “bioeconomia” é falsamente apresentado como alternativa praticável, sustentável e pobre em carbono. Na realidade, suas consequências são desastrosas, tendo em vista a enorme demanda de terra e água necessárias para o cultivo das biomassas. Gigantescos territórios têm de ser explorados para essas culturas comercializáveis. Com isso, os ecossistemas naturais remanescentes ficam muito prejudicados e as pessoas que neles vivem sob a permanente ameaça de serem expulsas, perdendo sua base de sua existência. A bioeconomia baseia-se na falsa crença de que crescimento econômico e business as usual são harmonizáveis com o meio-ambiente e a proteção do clima, simplesmente substituindo os combustíveis fósseis por bioenergia.
     A bioeconomia, na forma concepcionada pela Plataforma para o Biofuturo, é:
     - Ruim para o clima: a Plataforma para o Biofuturo defende que se passe a usar bioenergia e biomateriais para a energia, transporte e indústria. Com isso, a plataforma ignora os efeitos já bem documentados criados pela demanda por matérias-primas vegetais e madeira industrial, que transformam tanto ecossistemas naturais como agropecuária não agressiva para a natureza em monoculturas industriais monótonas. Os cientistas, entretanto, já concordam que os biocombustíveis estão mais para aumentar as emissões de gases do efeito estufa do que para reduzi-los. A proteção e a regeneração de ecossistemas naturais, em comparação, é muito mais efetiva, já que estes não são harmonizáveis com a enorme demanda por plantas úteis e madeira gerada pela bioeconomia.
     - Ruim para os direitos humanos: a enorme produção de biocombustíveis já levou, alhures, a enormes demanda por aquisição de terras, expulsões violentas, inibição da produção de alimentos e à fome gerada pela alta dos preços dos mantimentos. Com isso, também são feridos a soberania da alimentação, bem como os direitos das trabalhadoras e trabalhadores. A enorme demanda por terras destinadas à produção de biomassa para a mudança de nossa economia em uma bioeconomia agravaria dramaticamente estes efeitos.
     - Ruim para a biodiversidade: florestas ricas em espécies e ecossistemas precisam ser desmatadas para liberar espaço para a produção de biomassa, como já é o caso da produção de biocombustíveis gerados a partir de milho, cana-de-açúcar, palma de óleo e soja. Para proteger a diversidade biológica, precisamos reduzir o uso de terras, água, fertilizantes e pesticidas em vez de aumentá-lo ainda mais.
     - Ruim para soluções reais e efetivas: na visão da Plataforma do Biofuturo, ainda mais subvenções devem ser criadas para soluções de araque como é o caso do biocombustível. Com isso, bloqueiam-se investimentos em soluções reais e comprovadamente efetivas, que de fato seriam capazes de amenizar a catástrofe climática.
     As organizações signatárias e as pessoas físicas convocam os 20 países e as organizações multilaterais que assinaram a Plataforma para o Biofuturo a retirar o apoio já dado. Outros governos envolvidos que ainda não assinaram a Plataforma não deveriam assiná-la. Reivindicamos, em vez disso, que os governos apresentem respostas sensatas e justas à crise climática, de modo que direitos humanos sejam respeitados e que se concentrem em tecnologias garantidamente pró-clima (isto é, tecnologias pobres em carbono), acabando-se com o consumo excessivo de energia e de matérias-primas, produzindo-se menos lixo e ainda, protegendo-se florestas e outros ecossistemas.

Pensamento: Um por todos e todos por um.

                 Ernani Serra




O FIM DA FLORESTA AMAZÔNICA


     Toda essa queimada de maneira indiscriminada não passa de atos criminosos com repercussão políticas. Estão destruindo as florestas para beneficiar os ruralistas em suas ambições pelo dólar de exportação do agronegócio e agropecuária que vai levar a floresta Amazônica a desertificação e o aumento do efeito estufa no planeta Terra.
     Quando acabar com a floresta, quero ver de que maneira esses monstros vão viver, por acaso vão comer papel moeda? Do jeito que vai a governança mundial o povo vai acabar morrendo de fome, sede e torrados pelo clima.
     Esses monstros são tão insensíveis que não tem dó dos animais silvestres que são iguais a nós humanos e da flora que tem vidas e sentem os motosserras e as chamas das queimadas. Há algumas décadas não havia florestas em chamas mesmo em tempo de muito calor, principalmente a floresta Amazônica que só veio acontecer essas queimadas e destruição das florestas a partir do governo Lula que permitiu aos agropecuaristas invadirem e derrubarem as florestas para o cultivo da agricultura e pecuária.
     Só tem um jeito de frear o desmatamento, as queimadas e as ambições dos ruralistas e políticos brasileiros:
     1º - Todos os países internacionais boicotarem os produtos de exportação do Brasil;
     2º - Boicotarem as exportações de madeira do Brasil;
     3º - Parem de comprar ouro, pedras preciosas e outras matérias primas do Brasil no contrabando ou mercado negro.
     A biodiversidade e os ecossistemas naturais são mais importantes do que os dólares investidos em matéria prima e nas riquezas do solo e subsolo pelas mineradoras, na agropecuária e no agronegócio.
     Essas exportações só trazem destruição às florestas e ao meio ambiente, causando doenças com o mercúrio e outras drogas usadas na mineração. Vejam o que os pecuaristas fazem com os animais para vender de imediato e lucrar em dólares na exportação com os animais: transformam um pintinho em frango para o abate em 42 dias, isso são muitos hormônios e vacinas no corpo desse pequeno animal; o mesmo fazem com os gados, caprinos, suínos, e em, todas as carnes de exportação; vamos falar agora da agropecuária que estão envenenando os produtos de exportação com venenos proibidos mundialmente para obter uma safra gigantesca e “saudável” para o bolso dos agricultores em detrimento da esterilidade do solo e do extermínio das árvores e das doenças que irão de vir aos consumidores desses produtos contaminados.

Ernani Serra

     Para impedir os piores efeitos da mudança do clima, governos precisam acabar já com o nosso excessivo consumo de energia e matérias-primas e proteger ecossistemas como os das florestas virgens, pois estas são os melhores reservatórios de carbono, e ainda, passar a usar energias renováveis. 10% do consumo global de energia já estão incluídos aí, com tendência a aumentar.
     A queima da madeira e de outras biomassas já perfaz mais da metade das energias renováveis. Governos e organizações internacionais querem continuar impulsionando o consumo de biomassa para, com isso, formar uma nova “bioeconomia”. Iniciativas criadas para isso - como a Biofuture Platform - pretendem não apenas continuar impulsionando a queima de biomassa ("bioeenergia moderna“) como também, querem produzir material sintético a partir de matéria prima agrária.
     Serão necessárias quantidades monstruosas de madeira e plantas para a produção de energia.   Satisfazer o excessivo e crescente consumo de energia com matérias-primas renováveis, infelizmente, não é uma solução pró-clima. Isso significa que as florestas da Terra seriam queimadas para que em seu antigo solo sejam cultivadas gigantescas monoculturas. Em resumo:
     - Florestas e árvores são reservatórios de carbono no longo prazo – queimá-las causa emissões tão danosas para o clima quanto a queima do carvão;
     - As plantações industriais necessitam de enormes áreas de terra – isto ameaça ecossistemas naturais, as biodiversidades reservam de solo e de água, bem como acarreta graves conflitos sobre a posse da terra, e ainda, condições de trabalho desumanas;
     - A bioeconomia absorve também os recursos que seriam necessários para tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente, como a energia solar e eólica.








Pensamento: Não faça com o outro o que você não gostaria que fizessem com você.

Ernani Serra