contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

 

                                   



5G – apartheid      


     Essa nova radiação 5G é uma enganação ao povo em geral, foi inventada para facilitar o poder econômico do país que está adotando, interfere e beneficia diretamente a indústria, comércio e residências. As pessoas estão fascinadas pela sua rapidez e na tecnologia de primeiro mundo, em compensação vai haver milhares de antenas para manter esse serviço e mais radiação de maneira direta nas pessoas.

     A 5G veio para facilitar as exportações e importações, como também para dar um falso progresso na economia e finanças do Estado e das pessoas ricas (poder econômico); o povo em geral apenas vai pegar uma carona nesse sistema através dos novos aparelhos celulares que vão comprar para seus passatempos nas redes sociais e de pesquisas.

     O Brasil que já está sob o comando internacional esse novo sistema vai favorecer esses megalomaníacos e as multinacionais facilitando tudo, inclusive a escravidão trabalhista que já está em uso através das leis austeras que foram implantadas em benefício do poder econômico. Esse governo atual vem governando para os poderosos da economia nacional e internacional e esmagando com leis austeras o povo frágil e sem nenhuma defesa.

     A China que inventou esse sistema 5G tem a aparência de um país muito desenvolvido mais por trás desses refletores têm uma grande miséria social.

     Agora vão implantar no Brasil a 5G para facilitar a vida de uma economia internacional, enquanto isso, esse mesmo 5G vai devastar todo o sistema trabalhista nacional com cortes drásticos no quadro de pessoal e a miséria vai campear com os desempregos em massa que vão substituir por robôs, (inteligência artificial) e profissões que vão desaparecer com esse novo sistema do 5G.

     O mundo vai ter duas classes as dos ricos e as dos miseráveis e ao mesmo tempo, essas novas tecnologias que estão descobrindo vão levar a humanidade a falência e a morte. Não vai só desaparecer no futuro as profissões, mas todo o sistema vai ruir. Por algum tempo a classe abastada vai viver à custa dos miseráveis trabalhadores, mas no futuro sem essa classe trabalhadora e só com os robôs e toda tecnologia cibernética, ciborgues, automatizações e inteligência artificial, o homem está a caminho da autodestruição.  Isso não é progresso nem desenvolvimento é suicídio coletivo. O homem só pensa em coletar dinheiro através dessas novas tecnologias suicidas, enquanto isso se esquece de despoluir os rios, os mares, o ar, a terra e de proteger todos os ecossistemas do meio ambiente, como também, de controlar a explosão demográfica mundial e dar ao seu povo melhores dias com salários e vidas dignas. O homem é o carrasco do próprio homem.

     Veja o Brasil um país cheio de miseráveis e trabalhadores sem empregos, comércio nacional falido, todos vivendo numa situação caótica, o governo se acha que deve modernizar os sistemas políticos e econômicos com o 5G, quando deveria estar preocupado com a crise social do país e promovendo leis que desenvolvesse e desse progresso e bem estar ao povo brasileiro. O G5 é sinônimo de apartheid social e econômico-político; veio para escravizar os trabalhadores com salários de fome, miséria social e entregar o povo a governança internacional dos banqueiros e as multinacionais.

 

Ernani Serra

 

https://globoplay.globo.com/v/8969034/

 

https://noomis.febraban.org.br/temas/infraestrutura/o-que-e-a-tecnologia-5g

 

https://investnews.com.br/geral/entenda-a-disputa-pelo-5g-na-inovacao-nos-negocios-e-na-geopolitica/

 

https://incrivel.club/inspiracao-gente/o-fotografo-kim-kyung-hoon-mostrou-o-tamanho-do-abismo-entre-a-vida-dos-ricos-e-pobres-na-china-370360/

 

https://www.google.com/search?q=PR%C3%93S+E+CONTRAS+DO+5+G&rlz=1C1PRFC_enBR848BR848&oq=PR%C3%93S+E+CONTRAS+DO+5+G&aqs=chrome..69i57j0i13.10806j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8

 

Pensamento: A tecnologia, a sapiência e a corrupção cegou o homem. 

 

Ernani Serra

 

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

 

                                 



EUA vs AMAZONAS


   O Amazonas sempre foi cobiçado pelas potências do primeiro mundo principalmente os EUA que já dizia que essa região pertencia aos norte-americanos.

     Coincidiu que ambos foram eleitos no mesmo período em que, Donald Trump e Jair Bolsonaro que se dizem bons amigos fizeram um trato para entregar de uma vez por todas o território do Amazonas.

     Com as árvores de pé era impossível à invasão naquela região e que, ia constranger muita gente, e possivelmente ia haver protestos e movimentos contrários ao invasor.

     Acharam por bem, criar uma conspiração dos EUA contra o Brasil com relação ao território do Amazonas e chegaram a bom termo de aproveitar de uma situação ecológico-climática para realizar o Dia do Fogo com o aval do presidente Jair Bolsonaro e as FFAA.

     Agora vai se concretizar o desejo dos EUA de ficar proprietário das riquezas do Amazonas, já que esse território está em cinzas pronto para a economia norte-americana (as multinacionais das mineradoras) entrarem e começarem como tatus a escavarem e deixar imensas crateras no solo amazonense.

     Os EUA não querem o território do Amazonas e sim, todas as riquezas que nela existirem. Não importa para o invasor o genocídio indígena ou dos ribeirinhos e muito menos a mortandade da fauna e flora amazonense.

     Os EUA já é proprietário de quase toda a economia nacional através do comércio e indústria e também, da maioria do patrimônio nacional, ou seja, os ativos das estatais que ainda vão continuar a serem leiloados e privatizados em favor das multinacionais norte-americanas. Estamos sob a intervenção dos EUA e também, sob o comando do FMI que tomou de assalto a soberania nacional e estão no comando dando ordens ao ministro Paulo Guedes como devem fazer para destruir o povo brasileiro com leis austeras e privatizações estatais.       O presidente Jair Bolsonaro está como marionete do ministro Paulo Guedes e do FMI que está controlando tudo e todos no Brasil. Estamos sob intervenção econômica e financeira dos EUA.

     O presidente Jair Bolsonaro prefere destruir o patrimônio nacional e perder a soberania do Brasil para as multinacionais que estão tomando todas as riquezas do país, mas não deixa de pagar os juros compostos do FMI dando um calote, isso nunca vai fazer, o Brasil pode se explodir e implodir, mas não vai contra os EUA. A América do Norte e o seu povo em primeiro lugar. O Brasil é um país tupiniquim que só tem tamanho e imbecilidade nunca vai ser um gigante brasileiro e uma grande potência internacional. Enquanto tivermos políticos entreguistas jamais seremos livres e sim, sempre escravos.

 

Ernani Serra

 

https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2020/08/25/bolsonaro-insistiu-no-convite-para-que-os-eua-venham-explorar-a-amazonia.htm

 

https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/85434-afinal-e-verdade-que-parte-da-amazonia-pertence-aos-estados-unidos.htm

 

https://www.cartacapital.com.br/opiniao/nos-delirios-de-jair-bolsonaro-a-amazonia-tem-dono-donald-trump/

 

Pensamento: Quem ama outros países não merece o país que tem.

 

Ernani Serra

sábado, 10 de outubro de 2020




Pátria Queimada Brasil


     Política incendiária do governo ameaça futuro do país.

por Greenpeace Brasil

 

     Após erguer estátua de “Bolsonero” em área devastada no Pantanal, ativistas do Greenpeace escrevem mensagem “Pátria Queimada Brasil” para revelar o absoluto descaso do governo federal com a proteção do patrimônio ambiental do país.

     Ativistas do Greenpeace Brasil estiveram em uma enorme área devastada pelas queimadas no Pantanal para protestar contra uma das piores crises ambientais da história do país, resultado de uma mistura explosiva de secas severas e absoluto descaso do poder público com a proteção do patrimônio ambiental dos brasileiros. A mensagem, uma clara referência ao slogan do governo federal, complementa a estátua de “Bolsonero”, que “surgiu” no Pantanal e começou a circular nas redes sociais um dia antes. 

     “Com essas ações não queremos chamar atenção apenas para a destruição sem precedentes do patrimônio ambiental dos brasileiros, mas apontar as causas e seus responsáveis. O Brasil está literalmente em chamas graças à política incendiária do atual governo que, em vez de apresentar ações coordenadas e efetivas de proteção ao meio ambiente e à vida das pessoas, segue tocando a melodia desvairada do seu projeto de destruição, ameaçando e queimando a biodiversidade brasileira e fragilizando a já combalida economia do país”, afirma Tica Minami, diretora de programas do Greenpeace Brasil.  

     “Ao desdenhar o meio ambiente, é como se o governo Bolsonaro queimasse uma marca extremamente valiosa chamada Brasil – investidores, empresários, banqueiros, chefes de Estado e entidades nacionais e estrangeiras já advertiram que devem retirar investimentos do país por não quererem estar associados a prática de crimes ambientais”.

     Enquanto os incêndios avançam sobre os biomas brasileiros, o país queima também sua imagem e prejudica a economia. © Christian Braga / Greenpeace

     No Pantanal, maior planície interior inundável do mundo, o fogo já atingiu 26% do bioma, uma área maior que o estado de Alagoas, sendo que 2020 foi ano em que o bioma mais queimou desde que os focos de calor começaram a ser monitorados, em 1998. No Cerrado, a savana mais biodiversa do mundo, até o momento já foram registrados mais de 54 mil focos de calor este ano e, na Amazônia, bioma que forma os rios voadores, o mês de setembro registrou um aumento de 60,6% nos focos de calor em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do negacionismo do governo, imagens de satélite comprovam que mais da metade dos focos de incêndio na Amazônia ocorrem em terrenos de desmate recente ou áreas de floresta, não em áreas que já eram usadas pela agropecuária.

     A gravidade da situação é resultado, sobretudo, do projeto de terra arrasada conduzido pelo governo Bolsonaro em 21 meses de mandato. Trata-se do desmonte sistemático das estruturas e políticas públicas que promovem a proteção ambiental, somada a ausência premeditada de plano, meta ou orçamento capazes de proteger, de forma concreta, as riquezas naturais do Brasil – conforme diversos levantamentos realizados por servidores, Ministério Público Federal e sociedade civil.

     A proteção das Unidades de Conservação, assim como investimentos em fiscalização e treinamento de brigadistas locais, deveriam ser prioridade neste momento de crise. No entanto, o governo federal cortou 58% da verba direcionada para a contratação de pessoal para prevenção e combate a incêndios florestais em 2020. Esse orçamento caiu de R$ 23,78 milhões em 2019 para apenas R$ 9,99 milhões neste ano. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) só gastou 0,4% dos recursos  para ações diretas e já prevê cortes no orçamento para 2021

     O bom funcionamento da economia depende da conservação da natureza. Os ecossistemas naturais e sua biodiversidade prestam serviços ambientais à sociedade que tornam diversas atividades econômicas viáveis, como por exemplo a produção de alimentos, acesso à água e qualidade do ar.

Por outro lado, o fogo e as mudanças climáticas alteram os ecossistemas de maneira que a biodiversidade, muitas vezes, não consegue se adaptar. Em equilíbrio, a biodiversidade mantém a natureza saudável e funciona como um escudo para evitar a ocorrência de doenças e pandemias. Em vez disso, as fumaças das queimadas na Amazônia e no Pantanal já chegaram a diversas cidades como Cuiabá, Manaus e Rio Branco, e podem aumentar ainda mais o risco de doenças respiratórias em um momento em que o país ainda enfrenta a pandemia da Covid-19. 

     Quem ama o Brasil, cuida.

     Como Presidente da República, Bolsonaro pode e deve agir para combater as graves crises ambientais e de saúde que assolam o país. © Greenpeace.

     Como Presidente da República, Bolsonaro pode e deve agir para combater as graves crises ambientais e de saúde que assolam o país. Em vez de negar as evidências e ignorar sua responsabilidade, o governo federal deve comandar e coordenar esforços de combate às queimadas e à devastação ambiental, assim como deveria ter agido para proteger a população da pandemia da Covid-19, mas não o fez. O governo federal precisa reconhecer a gravidade da crise ambiental e climática em vez de fechar os olhos para os problemas e usar dados falsos para confundir a população.

     O Poder Executivo deve reverter imediatamente o desmonte da governança e das estruturas responsáveis pela proteção ambiental no país, fortalecendo os órgãos de fiscalização e controle, fazendo bom uso do orçamento para fiscalização em campo, valorizando a ciência e os dados produzidos pela comunidade científica para informar políticas públicas que combatam o desmatamento e os crimes ambientais, e protejam a sociedade.

     “Quem ama o Brasil, cuida. É por amor ao país que, indígenas ONGs, voluntários, banqueiros e empresários estão se organizando para proteger o maior patrimônio dos brasileiros: nossas riquezas naturais”, completa Tica. 

     Há 28 anos, o Greenpeace Brasil defende a vida e o patrimônio ambiental dos brasileiros. Temos denunciado incansavelmente a política antiambiental atual, cujos resultados políticos não respeitam fronteiras e têm impacto direto na natureza. Na Amazônia, seguimos investigando, expondo e denunciando os crimes contra a floresta, bem como seus responsáveis. No Pantanal, estamos expondo os impactos no bioma e apoiando pontualmente as populações locais afetadas com doação de materiais anti-incêndio e cestas básicas, entre outras iniciativas. 

     Não podemos e não vamos assistir calados ao nosso patrimônio natural virar cinzas. 

    

Comentário:

 

     Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes, Ricardo Telles, têm que ser condenados esses quatro porque rezam na mesma cartilha, são farinhas do mesmo saco, deveria estar sendo julgado pela Corte Internacional de Haia pelos crimes de genocídio contra os índios que vão morrer de fome e sede por causa dos rios envenenados pelo mercúrio e a floresta em cinzas e desmatadas. Contra a contaminação generalizada do COVID-19 que foi negligenciado pelo atual governo que queria que a população morresse em 70%. Pelo desmonte dos órgãos do meio ambiente e demora em combater o fogo, uma política de faz de conta. Pelo crime contra a fauna e a flora exterminando vários biomas. Tudo para beneficiar os poderosos do poder econômico e financeiro dos EUA.

     Faz-se necessário um boicote em todas as exportações mundiais do Brasil para punir o estrago que esse governo vem fazendo com o apoio das Forças Armadas que concordam em número, gênero e grau com os desmandos e crimes contra o país. Obrigar esse governo a reflorestar todas as áreas que foram queimadas e alimentar os animais silvestres que estão a morrer de fome e sede; ou então, uma penalidade que impeça por cem anos ou mais, do governo brasileiro de usar as áreas queimadas e desmatadas para serem usadas em quaisquer benefícios civis ou públicos de modo lucrativo como: agropecuária, agronegócio, investimentos de mineração, grilagem, garimpos, construções civis etc.

     Agora vem uma ministra e o próprio Jair Messias Bolsonaro falar de gado bombeiro tudo para justificar os incêndios criminosos e garantir as áreas queimadas para o uso da agropecuária, dizendo eles que: Onde há pecuária não existe incêndios, claro que não vai haver mais incêndios naquelas áreas que já foram incineradas pelo fogo, a vegetação vai ser rasteira e usada pelo gado. Nunca mais vamos ver uma árvore centenária como foram derrubadas pelos madeireiros, talvez a duzentos ou mil anos, isso é, se ainda existir florestas.   Tudo que está acontecendo no meio ambiente de ruim é por causa da ambição de adquirir divisas para os cofres do país e também, para pagar a dívida externa com juros compostos ao FMI. Estamos alimentando e matando a fome dos países estrangeiros na razão inversa das necessidades dos brasileiros, aqui estão aumentando a fome e a miséria social. Em vez, de exportarmos os excedentes para o exterior estamos exportando toda a safra e de melhor qualidade para os gringos e chineses.

     O presidente Jair Bolsonaro vai ficar na História do Brasil como o presidente mais execrado de todos pelas suas más ações contra o povo e contra o meio ambiente.

     É preciso conter o avanço populacional (explosão demográfica) de maneira racional e usando os meios científicos. Todas as crises e males que a população mundial vem sofrendo são pela causa da explosão demográfica.

 

Ernani Serra

 

https://www.facebook.com/ernani.serra.50/videos/668115220756270

 

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/10/07/setembro-foi-o-mes-mais-quente-do-mundo-na-historia-aponta-estudo-europeu.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral&fbclid=IwAR1nNCxfoFds1KZoGX1RqCgH9V-hEvTIbr5JpCTKEQ8dwXAioA-bbvzf5cY

 

https://www.facebook.com/ernani.serra.50/videos/667502754150850

 

Pensamento: Têm duas maneiras de pensar: Os inteligentes e os imbecis.

 

Ernani Serra

 

 

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 

            



INDÍGENAS NO XINGU PARAENSE DENUNCIA INVASÃO DE TERRAS E QUEIMADAS 

 

     Territórios registram altos números de focos de calor em setembro, após área desmatada mais que o dobro em 2019. Com presença crescente, invasores apostam na regularização, inclusive loteando áreas dentro das reservas.

     Das cinco terras indígenas (TIs) que mais queimaram em setembro no Pará, quatro estão na bacia do rio Xingu, somando 83% dos focos de calor nesse tipo de área no estado. As TIs Kayapó (do povo mebêngôkre kayapó), Apyterewa (dos parakanã), Cachoeira Seca (dos arara) e Trincheira Bacajá (dos xikrin) têm também altos índices de desmatamento: em 2019, estavam nas primeiras posições, em toda a Amazônia.

     O grande número de queimadas deste ano acompanha o aumento exponencial do desmatamento em 2019, quando a área de floresta derrubada nas quatro terras indígenas mais que dobrou em relação ao ano anterior. O fogo completa, assim, o ciclo do desmatamento, iniciado com a retirada da floresta.

     Os dados de desmatamento e queimadas nesses territórios tradicionais e os relatos dos indígenas indicam uma relação entre o aumento da presença de invasores com um aumento da retirada de mata e focos de fogo, que ameaçam os povos indígenas do Xingu.

     Veja o mapa interativo do InfoAmazonia

     Mais de 60% dos focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em terras indígenas localizadas no Pará, entre 1o e 30 de setembro, foram na TI Kayapó, que tem 3,2 milhões de hectares.

     Segundo Bhepnhoti Athydjare Kayapó, da Associação Floresta Protegida, as queimadas que invadem o território vêm principalmente de fazendas de gado do lado de fora. "O fogo entra e começa a se alastrar onde é mata fechada, não tem como ninguém apagar esse fogo. Agora tá começando a chover, aí tá diminuindo”, conta o Kayapó.

     Dentro da TI Kayapó, há ainda focos próximos de áreas de garimpo, não pela atividade mineradora em si, mas por serem locais que passam a ser desmatados, povoados pelos garimpeiros, que por vezes se utilizam do fogo no entorno de seus acampamentos.

     Apyterewa tem alta densidade de focos.

Nos últimos sete dias, entre 24 e 30 de setembro, é a TI Apyterewa, de 773 mil hectares, que ocupa o topo dos casos de fogo (46,8% do total em TIs do estado, no período). Os maiores causadores das queimadas são invasores, principalmente pecuaristas, que provocam uma série de danos ao território.

     Nos últimos sete dias, entre 24 e 30 de setembro, é a TI Apyterewa, de 773 mil hectares, que ocupa o topo dos casos de fogo (46,8% do total em TIs do estado, no período). Os maiores causadores das queimadas são invasores, principalmente pecuaristas, que provocam uma série de danos ao território.

     "Queimada, tem muito. Garimpo tem muito. Invasor novo tem demais também. Tão derrubando e queimando a floresta”, relata a liderança Temekwaryyma Parakanã, da aldeia Xaytata.

     As aldeias da Apyterewa ficam na beira do rio Xingu, no igarapé Bom Jardim e na área do Paredão. Os parakanã têm plena posse de apenas 20% da terra indígena. Na maior parte do território, estão invasores que instalam vilas, grilam terras, retiram madeira, abrem lavras ilegais de garimpo e áreas de pastagem para gado.

     Entre os invasores, há também colonos usados por fazendeiros e madeireiros para ampliar a apropriação não indígena do território. "As pessoas que tão lá, tão loteando a TI Apyterewa. Há muito tempo, a luta é pra que tenha a desintrusão da TI”, diz o indígena Xokarowara Parakanã.

     A desintrusão da Apyterewa, que significa a retirada de não indígenas, era uma das condicionantes para a instalação da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Além do afastamento dos invasores não ter sido cumprido, a ameaça ao território é reforçada por decisões como a tomada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que abriu possibilidade para uma ‘conciliação' entre a União e invasores que contestam a demarcação da terra.

     Enfrentando diversos conflitos, a TI Trincheira Bacajá, com 1,6 milhão de hectares, tem invasores em três áreas principais: uma no município de Pacajá, outra ao lado da TI Apyterewa e outra perto da TI Ituna-Itatá (terra indígena mais desmatada na Amazônia em 2019). As invasões na Trincheira Bacajá envolvem casos de grilagem e revenda de terra, além da presença de fazendas de gado e produções agrícolas, como de cacau.

     "Nossa aldeia é pertinho dos invasores. Já desmataram muito. E nós ficamos vendo fogo e fumaça perto de nós”, conta Bekoro Xikrin, da aldeia Kenkro.

     "São os invasores que tão tocando fogo na floresta. Porque, nós, indígenas, a gente controla. A nossa roça, a gente controla. Na hora de tocar fogo, a gente faz um aceiro, fica controlando pro fogo não passar pra floresta. A gente controla. Agora, eles, não. Tão tocando fogo aí adoidado. São os invasores que tão tocando fogo”, reitera Bebere Bemarai Xikrin, presidente da Associação Instituto Bepotire Xikrin.

     Segundo os xikrin, invasores já foram retirados da TI pelos próprios indígenas, pelos órgãos públicos em ocasiões anteriores, mas eles sempre voltam. Há uma base no território, instalada pela Norte Energia, também como condicionante de Belo Monte, mas sem a presença de agentes da lei, apenas com vigilantes contratados, que, no máximo, registram o que ocorre. Ultimamente, por conta da pandemia do novo coronavírus e de ameaças sofridas, os xikrin têm evitado ir a essas áreas invadidas. Eles reivindicam que o Estado atue para resolver a situação.

     Já na TI Cachoeira Seca, de 734 mil hectares, a presença de não indígenas é anterior à criação do território, estabelecida como compensação de Belo Monte. Lá, o fogo tem relação com a presença crescente da pecuária. "O principal problema da TI

Cachoeira Seca é a invasão para criação de gado de grandes pecuaristas. Grandes “madeireiros e políticos dos municípios também estão investindo em gado dentro da TI”, revela um agente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que já atuou na região. No território dos araras, foi instalada, recentemente, uma base fixa do órgão, na tentativa de inibir mais invasões e práticas criminosas.

     Agentes públicos encontraram cerca de um milhão de metros quadrados tomados por garimpeiros dentro da Terra Indígena Apyterewa.

     Os relatos ouvidos pelo InfoAmazonia indicam que, embora as pressões sobre as terras indígenas na porção paraense da bacia do Xingu sejam antigas, essa recorrência de invasões e prática de ilícitos no interior dos territórios protegidos dos povos tradicionais se intensificou durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro.

     Aumento exponencial

     Os dados do Prodes/Inpe evidenciam o avanço desenfreado nos incrementos de desmatamento nas TIs Cachoeira Seca, Apyterewa, Trincheira Bacajá e Kayapó. Enquanto, em 2017, elas tiveram 32 km² de área desmatada, a extensão suprimida passou para 94 km², no ano seguinte, e 201 km², em 2019.

Em um ano, o fenômeno quadruplicou no território dos parakanã, passando de menos de 20 km² de novos desmatamentos, em 2018, para 85 km², em 2019. De toda a área já desmatada na TI, mais da metade (54,69%) foi aberta nos últimos cinco anos, corroborando os relatos de aumento exponencial da velocidade de invasão e atos predatórios no território.

As quatro TIs citadas estão entre as áreas protegidas que formam o Corredor Xingu de Diversidade Socioambiental, garantindo conectividade e resiliência à floresta.

     "Esse é um corredor que tem terras indígenas e unidades de conservação. As terras indígenas são a maior parte desse território, e são as áreas mais e melhor conservadas. A gente afirma, com toda a clareza, que, nos lugares onde tem povos fazendo uso tradicional do território, tem floresta”, diz Biviany Rojas, coordenadora do Programa Xingu, do Instituto Socioambiental (ISA).

     "Isso mudou, de dois anos pra cá, porque há uma contraofensiva de ocupação de terras indígenas sem precedentes, e os povos indígenas estão sendo acuados. Na Apyterewa, os parakanã têm feito tentativas de criação de novas aldeias em áreas que eles já não conseguem fazer, porque estão totalmente ocupadas. Talvez a Trincheira Bacajá seja o caso mais claro desse ataque às terras indígenas, dessa coisa que começou em 2018 e, com o início do governo Bolsonaro, parece que teve uma permissão que, de fato, autorizou a entrada nos territórios”, comenta Rojas.

     Em todo o país, segundo o relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgado esta semana, o número de casos registrados de invasões em terras indígenas saltou 134%, em 2019.

     Descontinuidade de ações

     Para tentar enfrentar a situação descontrolada, há um ano, a Polícia Federal realizava na Apyterewa ações da operação Azougue, que inutilizou máquinas e apreendeu mercúrio, ouro e munições no garimpo denominado Pista 2, de cerca de 1 milhão de metros quadrados. Ninguém foi preso durante a operação.     Em abril deste ano, uma operação do Ibama flagrou estruturas de acampamento e escavação, além de maquinário pesado vigiado por guarda armada.

     A falta de ações continuadas de fiscalização compromete o combate à entrada de invasores e atividades irregulares nas TIs. "Você faz o trabalho.   Quando vira as costas, você perde todo o trabalho que fez. Por isso que a presença constante é necessária. São quadrilhas que estão envolvidas por trás disso. Se você não consegue ficar, não consegue avançar na investigação”, explica o agente do Ibama.

     O Ministério Público Federal (MPF) informou, em nota, que vem emitindo recomendações, desde o ano passado, para que o Ibama realize ações de fiscalização e contenção do avanço do desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação no Pará, além de fiscalizações em garimpos clandestinos nas terras indígenas Trincheira-Bacajá, Apyterewa, Ituna-Itatá e Cachoeira Seca.

     Segundo a nota, o MPF também atua contra o desmonte da política de fiscalização ambiental, "que identificamos como causa principal desse incremento significativo do desmatamento, das invasões e queimadas em terras indígenas”. Um dos exemplos dados é a série de ações que motivaram a suspensão da instrução normativa n° 9, da Fundação Nacional do Índio (Funai), que liberava o registro de grilagem em terras indígenas ainda não homologadas pelo governo federal.

 

https://www.google.com/search?q=TRATORES+BLINDADOS+EM+TERRAS+IND%C3%8DGENAS&rlz=1C1PRFC_enBR848BR848&oq=TRATORES+BLINDADOS+EM+TERRAS+IND%C3%8DGENAS&aqs=chrome..69i57.15634j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8

 

 Relatório aponta que 99% do desmatamento no Brasil em 2019 foi ilegal.

Levantamento inédito mostra que áreas mais atingidas são a Amazônia e o Cerrado. Cerca de 11% dos alertas foram registrados em unidades de conservação e quase 6% em terras indígenas.  

 

https://www.dw.com/pt-br/pandemia-avan%C3%A7a-na-amaz%C3%B4nia-e-amea%C3%A7a-povos-ind%C3%ADgenas/a-53787765

 

Uma tragédia está em curso nas áreas mais remotas do Brasil: coronavírus se espalha rapidamente por aldeias e mata mais de 260 indígenas. Falta de plano do governo e presença de invasores aumentam drama.  

 

Mineração em terras indígenas pode causar prejuízo anual de US$ 5 bi, diz estudo.

Levantamento aponta que projeto de lei ameaça cerca de 860 mil km² de Floresta Amazônica, cuja devastação impactaria cadeias produtivas e regime de chuvas, com efeitos negativos para outras regiões e para o agronegócio.  

 

Relatório mostra disparada na violência contra indígenas

Estudo aponta intensificação e diversificação das formas de expropriação do território indígena em 2019, primeiro ano de Bolsonaro. Invasões e ataques mais que dobraram na comparação com 2018.  

Data 02.10.2020

     Autoria Guilherme Guerreiro Neto/InfoAmazonia

     Assuntos relacionados Especial AmazôniaAmazônia   

 

     Comentário:         

     Os índios brasileiros estão ameaçados de extinção pela COVID-19 e pela política de extermínio do ministro Ricardo Salles e do presidente Jair Messias Bolsonaro, atualmente muitas tribos que eram populosas e sadias agora são pequenos grupos de pessoas em situação de miséria social, desnutridas e doentes, os rios estão envenenados com mercúrio e as matas (flora e fauna) foram dizimadas pelo fogo. Os índios estão sem caça e sem pesca, estão a mercê de um governo que não se importa com as nações indígenas. Os índios estão vivendo de favores como mendigos. E a humanidade e as autoridades internacionais não estão nem aí para esse genocídio ambiental e social. Que a floresta Amazônica, o Pantanal, os Cerrados e os índios que se explodam nas ações governamentais. O governo achou pouco o que vem fazendo com as florestas e os índios, estão agora, querendo destruir os manguezais e as restingas. É o fim do Brasil falido, sem eira nem beira, tudo nas mãos dos estrangeiros.

 

https://www.dw.com/pt-br/justi%C3%A7a-suspende-decis%C3%A3o-de-salles-que-revogou-normas-ambientais/a-55098858?maca=pt-BR-Facebook-sharing&fbclid=IwAR1OlGu9oy4pDjsN-KntXU0WaZr1goeRusPig0RiqKjoEUAyx65OWdZS5Dg

 

Ernani Serra

 

Pensamento: O tempo dirá quem vão ser os verdadeiros réus.      

Ernani Serra

 

 

 

domingo, 4 de outubro de 2020

 

       

Humanos sobreviverão a sexta grande extinção?

    

     Estudo descobre que espécies têm desaparecido a uma taxa alarmante. A autora Elizabeth Kolbert comenta em entrevista questões sobre a nossa sobrevivência.

     No último meio bilhão de anos, a vida na Terra foi quase extinta cinco vezes - por eventos como a mudança climática, a intensa era do gelo, os vulcões e aquela rocha espacial que atingiu o Golfo do México há 65 milhões de anos, devastando os dinossauros e um grupo de outras espécies. Estes fatalidades estão dentro do que é conhecido como as Cinco Grandes extinções em massa, e os sinais sugerem que estamos agora no precipício de uma sexta.

     Exceto que, desta vez, não temos ninguém além de nós mesmos para culpar. De acordo com um estudo publicado na semana passada no Science Advances (em inglês), a atual taxa de extinção pode ser mais de cem vezes maior do que o normal - e isso só leva em conta os tipos de animais que conhecemos. Os oceanos e as florestas da Terra hospedam um número incalculável de espécies, muitas das quais provavelmente desaparecerão antes mesmo de as conhecermos.

     O livro da jornalista Elizabeth Kolbert Sexta Extinção, A: Uma História Não Natural ganhou o Prêmio Pulitzer deste ano na categoria não ficção geral. Conversamos com ela sobre o que esses novos resultados podem revelar para o futuro da vida neste planeta. Existe alguma chance de frearmos essa enorme perda de vidas? Os seres humanos estão destinados a tornarem-se vítimas de nossa própria imprudência ambiental?

     O novo estudo que gerou tanta conversa estima que até três quartos das espécies animais pudessem ser extintas junto a várias vidas humanas, o que soa incrivelmente alarmante.

     Sim. Esse estudo está observando grupos de animais bem estudados. Eles se restringiram a vertebrados - como mamíferos e pássaros e répteis e anfíbios - e disseram, OK, vamos ver o que realmente está acontecendo. E documentam de forma muito convincente que as taxas de extinção já eram extremamente elevadas no ano de 1500, e estão apenas ficando piores.Eles são números muito altos, e as pessoas estão se acostumando com isso. Crianças que nasceram 10, 20 anos atrás cresceram toda sua vida com esses números. Elas realmente não pensam que isso é muito estranho.

     As pessoas têm debatido se estamos realmente na agonia de uma sexta extinção em massa. Qual é sua opinião?

     Para ser honesta, esse é um daqueles debates em que acho que estamos nos concentrando na coisa errada. Quando tivermos respostas definitivas para essa pergunta, é possível que três quartos de todas as espécies na Terra possam ter desaparecido. Nós realmente não queremos chegar ao ponto em que definitivamente podemos responder a essa pergunta.

     O que está claro, e o que está além da disputa, é que estamos vivendo em um tempo de taxas de extinção muito, muito elevadas, na ordem que você veria em uma extinção em massa, embora uma extinção em massa possa levar milhares de anos para acontecer.

     Existem habitats, espécies ou grupos de animais que você considera que são especialmente vulneráveis às mudanças que estão acontecendo?

     As populações insulares são muito vulneráveis às extinções por duas razões. Elas tendem a viver isoladas. Uma das coisas que estamos fazendo é remover as barreiras que costumavam manter as espécies insulares isoladas. A Nova Zelândia não tinha mamíferos terrestres. Espécies que evoluíram na ausência de tais predadores eram incrivelmente vulneráveis. Um número assombroso de espécies de pássaros já foi perdido na Nova Zelândia, e muitos dos que permanecem estão em sérios problemas.

     Assim, os lugares que foram isolados por muito tempo são muito vulneráveis. As espécies que têm alcance muito limitado, que existem apenas em um ponto no mundo, tendem a ser extremamente vulneráveis. Elas não têm para onde ir e se seu habitat é destruído, digamos, então, elas se vão.

     O componente humano desta história - o fato de que parecemos ser responsáveis pela sexta extinção - quais são algumas das melhores evidências para nosso envolvimento?

     Eu não acho que haja qualquer disputa de que somos responsáveis pelas elevadas taxas de extinção que vemos agora. Há poucas, se alguma, extinções que conhecemos nos últimos 100 anos que teriam ocorrido sem a atividade humana. Eu nunca ouvi alguém argumentar, "oh, taxas de extinção, isso é apenas uma coisa natural que teria acontecido com ou sem humanos." É simplesmente impossível discutir isso.

     Se estamos puxando o gatilho, com que carregamos a arma?

     Existem milhares e milhares de artigos científicos que foram escritos sobre isso. Nós a carregamos simplesmente caçando. Trouxemos espécies invasoras. Estamos agora mudando o clima, muito, muito rapidamente, por padrões geológicos. Estamos mudando a química de todos os oceanos. Estamos mudando a superfície do planeta. Cortamos florestas, plantamos a agricultura monocultura, o que não é bom para muitas espécies. Fazemos sobrepesca. A lista continua.

     Não há escassez de projéteis. Temos um arsenal muito grande agora. 

     Ainda é possível para nós abrandar a perda de vidas?

     Todas as maneiras pelas quais estamos mudando o planeta que acabamos de discutir - em cada caso, eu poderia apontar o valor de uma biblioteca de relatórios sugerindo como poderíamos fazer as coisas de uma forma melhor. Basta pegar as zonas mortas no oceano como um pequeno exemplo. Poderíamos mudar os regimes de fertilizantes de todos os tipos de formas. Nós despejamos nitrogênio em campos no Centro-Oeste dos Estados Unidos e o fertilizante corre pelo Mississippi e no Golfo do México, e isso causa essas zonas mortas.

     O tipo de questão fundamental é: podem 7,3 – ou 8, ou 9 bilhões de pessoas - viver neste planeta com todas as espécies que ainda estão por aqui? Ou estamos em um curso de colisão, em parte porque consumimos um monte de recursos que outras criaturas também gostariam de consumir? Essa é uma pergunta que não posso responder.

     Quanto tempo o planeta levou para se recuperar das outras cinco extinções em massa?

     Para chegar ao nível anterior de biodiversidade, parece levar vários milhões de anos. Portanto, é possível que, a partir de agora, os seres humanos possam nunca realmente viver em um mundo que não esteja em algum estado de recuperação de um grande evento de extinção, se não no meio de um.

Então, é possível que a partir de agora, os seres humanos possam nunca realmente viver em um mundo que não esteja em algum estado de recuperação de um grande evento de extinção, se não no meio de um.

     Sim. Se você der às espécies de vertebrados (e nós somos outra espécie de vertebrados) uma vida média de um milhão de anos, e você disser que os seres humanos estão em 200 mil anos em seus milhões de anos, e você precipitar uma extinção em massa - mesmo deixando de lado a questão de saber se os seres humanos serão vítimas de sua própria extinção em massa - você não pode esperar que a mesma espécie esteja por perto no momento em que o planeta se recuperar.

     Essa é uma pergunta interessante que você acabou de mencionar - será que os seres humanos serão vítimas de sua própria extinção em massa?

     Eu não quero afirmar que não podemos sobreviver à perda de muitas, muitas espécies. Nós já provamos que podemos. Somos muito flexíveis. Mas eu acho que o resultado é algo que você não gostaria de descobrir.

     Há duas perguntas que surgem: Uma é: OK, apenas porque nós sobrevivemos à perda de X número de espécies, podemos nos manter na mesma trajetória, ou nós eventualmente ponderamos os sistemas que mantêm os povos vivos? Essa é uma pergunta muito grande e incrivelmente séria.

     E depois há outra pergunta. Mesmo que nós possamos sobreviver, é esse o mundo onde se quer viver? É esse o mundo que você quer que todas as futuras gerações de seres humanos vivam? Essa é uma pergunta diferente. Mas ambas são extremamente sérias. Eu diria que elas realmente não poderiam ser mais grave.

Publicado em 23 de junho de 2015.


ANIMAIS

MEIO AMBIENTE

 

Comentário:

 

     Estamos vivendo num mundo maquiavélico onde todos querem destruir o planeta. A sociedade já não é mais coletiva e harmoniosa, hoje, a sociedade é individualista e egoísta. A sociedade egoísta é aquela que não se importa com o meio ambiente e nem com as consequências da poluição ambiental, tudo gira em torno de cada indivíduo, que o mundo se exploda contanto que o indivíduo continue vivo. É uma sociedade de um egocentrismo sem medir as consequências. O homem só vê a ele mesmo. É esse egocentrismo que vai exterminar a humanidade.

     A 6ª grande extinção já entrou no planeta e começou a mortandade dos animais e do homem. A 6ª onda de extinção está sendo consumado pelo próprio homem, com sua ambição desenfreada e desequilibrada, o homem está pensando só nele e sua sobrevivência e na usura dos lícitos e ilícitos.

     Veja o que o homem está fazendo com o planeta:

1 – Incendiando as florestas do planeta em todos os continentes;

2 – Exterminando os animais silvestres e promovendo o desequilíbrio da cadeia alimentar;

3 – Poluindo o ar, a terra, as águas. O ar está cada dia mais insuportável nas megalópoles para se viver e o resultado para população são as doenças, tudo por causa dos combustíveis fósseis que as indústrias e os veículos usam de maneira indiscriminada e o desmatamento aumenta o aquecimento global. A terra está contaminada com venenos agrícolas e industriais. As águas estão poluídas com: os lixos, plásticos e esgotos das cidades, estão contaminados com venenos dos garimpos, mineradoras internacionais, agropecuárias, petróleos, etc. Tudo isso, jogados nos rios, lagos, mares e oceanos cujos alimentos aquáticos chegam ao homem com uma carga de contaminação letgal a médio ou a longo prazo.

4 – A população está se envenenando com alimentos tóxicos e cancerígenos, os industrializados. Os animais recebem doses altas de antibióticos, vacinas para crescimento e engorda sem falar nas vacinas contra doenças desses animais de exportação e consumo. É o caso das aves, bovinos, suínos, caprinos, etc.

5 – O ser humano não se dá conta de que está destruindo o planeta e se autodestruindo com o crescimento da natalidade humana de maneira desenfreada e irresponsável que está causando o desmatamento e os incêndios nas florestas para comportar o crescimento urbano e a ganância dos grileiros, garimpeiros, ruralistas e políticos todos querendo dinheiro à custa da miséria ambiental. O mundo sem florestas e sem habitats silvestres é a sentença de morte para humanidade.

     Pelo visto o homem está perdido no meio do seu próprio labirinto, e não sabe como sair ileso daquele local. A morte está chegando e o extermínio da humanidade e de todos os seres vivos da Terra está bem próximo e o homem não está apercebendo os perigos que os cercam. A humanidade está: muda, surda, cega e louca.

 

Ernani Serra

 

Pensamento: O cego é aquele que não quer ver. A destruição é aquele que não quer resolver os problemas. São os ineptos, ociosos e preguiçosos.

 

Ernani Serra