FESTA NO APÊ DOS RATOS
Sonho
dos Ratos
Era uma vez um bando de ratos que viviam
num buraco em um casarão velho. Havia ratos grandes, pequenos, pretos e
brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade.
Um dia apareceu em cima da mesa um grande
queijo parmesão muito cheiroso que deixaram os ratos com água na boca, mas não
tinha como ir comer nem um pedacinho, porque havia um gato grande vigiando
sempre aquele rico queijo.
Os ratos ficavam tramando o dia todo, como
ir até lá para roubar o queijo! Era uma incógnita, não chegavam a uma solução.
Pensaram até em fazer uma ditadura dos
ratos e outros diziam socializaremos o queijo.
O queijo só ficava nos sonhos dos ratos.
Um dia eles olharam e não viram mais o
gato, o gato tão temido tinha desaparecido e o queijo lá estava suculento,
cheiroso e apetitoso. Desconfiados foram saindo do buraco e deram gritos de
felicidades, acabou a tirania, o queijo dourado lá estava para ser devorado pelos
ratos famintos.
O queijo que tanto sonhavam e cresciam em
seus sonhos de desejos já estavam sendo mordidos e compreendeu que queijos de
verdade são diferentes dos queijos sonhados, o queijo real diminui e
desaparece.
Quanto maior o número de ratos a comer o
queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os
outros como se fossem inimigos, olharam cada um para a boca dos outros, para
ver quanto queijo havia comido, e os olhares se enfureceram, arreganharam os
dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos e a luta começou. Os
mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. Alguns ameaçaram chamar o
gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem.
O projeto da socialização do queijo foi
aprovado nos seguintes termos:
Qualquer pedaço do queijo poderá ser
tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este
pedaço tenha sido abandonado pelo dono, mas como rato algum jamais abandonou um
queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando. Os ratos mais
fortes e astutos comeram tanto que ficaram obesos e donos do queijo; tinha todo
o jeito do gato, o olhar malvado, os dentes afiados à mostra, só que, os ratos
magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de hoje. Compreenderam, então, que não
havia diferença alguma, pois todo rato que fica
dono do queijo vira gato.
Não é por acidente que os nomes são tão parecidos.
Fonte: Site Demodelando.
Moral da Estória
Um governo forte amedronta o povo que fica
na toca, com medo, escondido. Quando esse governo perde o poder todos saem para
festejar a liberdade que termina em anarquia. Quando “socializa a democracia”
os que tomam o poder fazem o mesmo com o povo, os
oprime, deixam passando fome, e a miséria continuam com partidos diferentes.
Houve um caso em que o chefão começou a comer o queijo sozinho e não distribuiu com os
outros ratos de sua confiança, então houve uma revolta e acusaram de ladrão de queijo e o destituíram do cargo.
Entrou outro chefão no poder da prole, e
começou a dividir o queijo: migalhas, sobras da
mesa para o povo, e pedaços grandes para os ratões que construíram os buracos.
Enfim, para a organização mafiosa de colarinhos
brancos, ninguém falava nada dos chefões que controlavam o gigantesco
requeijão, até que um insatisfeito com o seu quinhão resolveu botar a boca no
trombone e denunciou quem estava comendo mais daquele requeijão, foi um grande
reboliço dentro da toca. Alguns diziam: Por que o
outro foi demitido e esse chefão continua no poder? Não cometeu o mesmo crime?
Moral ou imoral da estória:
Porque o chefão soube dividir o queijo com
todas as ratazanas, mesmo em fatias diferentes mais bem volumosas.
Escândalos e mais escândalos sobre o
requeijão e só sobram para os ratinhos magrinhos, quanto ao ratão gordão, todos
os defendem, coitado! O ratão se diz inocente, apesar de ser o dono do queijo,
não viu, nem ouviu nada. E ainda grita para todos os ratos não vai sobrar pedra
sobre pedra, vou fazer “justiça e condenar”
os gananciosos que estão comendo mais do que os outros.
Ernani Serra
Pensamentos: A
ganância insaciável é um dos tristes fenômenos que apressam a autodestruição do
homem.
Textos Judaicos