contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

 


O HOMEM É TÃO PRIMITIVO QUE ESTÁ CONSTRUINDO UMA SELVA DE PEDRA PARA MORAR

 

     "O Natal chegou mais cedo para as florestas da Amazônia, o cerrado brasileiro e o Pantanal", disse Nico Muzi, diretor da ONG Mighty Earth, ao jornal britânico The Guardian.

     Ele comentava a decisão, anunciada nesta semana, de seis redes europeias de supermercados de não vender mais carne bovina com origem no Brasil ou produtos ligados à JBS, após denúncias de que a empresa brasileira teria comprado gado criado em áreas de desmatamento, dentro de um esquema conhecido como "lavagem de gado".

     A pressão internacional por preservação que ameaça soja e carne do Brasil.

     Neste esquema, o gado criado em áreas desmatadas seria transferido para uma fazenda regularizada e depois vendido para o abate. Dessa forma, a origem dele seria mascarada.

     A investigação que deu origem ao boicote anunciado pelos varejistas europeus foi feita pela Mighty Earth, em parceria com a organização brasileira Repórter Brasil. 

     Em maio desse ano, um grupo de empresas europeias, incluindo a rede britânica de supermercado Tesco e a loja de departamentos Marks & Spencer, ameaçou parar de comprar commodities brasileiras em protesto contra um projeto de lei (PL 510/2021) em tramitação no Senado, que tratava da regularização da ocupação de terras ...

 

     Comentário:

     O governo do presidente da República Jair Bolsonaro está deixando que os desmatadores destrua a floresta Amazônica. Neste mês de novembro/2021 houve a maior destruição de árvores veja: https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/desmatamento-ate-novembro-o-maior-dos-ultimos-dez-anos-na-amazonia-diz-imazon-25327068

 

     Só existe uma vacina para parar com essa doença ambiental é um boicote internacional (mundial) das commodities do Brasil, exigindo não só que seja parado todos os cortes de árvores, mas que, o governo se comprometa em reflorestar toda área até hoje devastada pela ambição do homem. O boicote mundial tem que ser geral para todas as commodities.

O governo sem exportar:

A madeira a floresta continuará de pé.

As carnes a floresta continuará de pé.

Minérios e ouro a floresta continuará de pé.

A soja, o café e outros grãos a floresta continuará de pé.

O petróleo a floresta continuará de pé.

     Portanto, todos os importadores internacionais são responsáveis pela devastação da Floresta Amazônica e do Pantanal do Mato Grosso porque estão sendo coniventes com as queimadas criminosas e o desmate ilegal e de maneira devastadora contra a natureza e as vidas existentes naquele complexo florestal; ao se comprometer com o governo brasileiro em comprar as mercadorias das commodities estão também sendo os demolidores da floresta Amazônica.

     O governo brasileiro e os ruralistas sem exportação e sem dólares, com a produção estocada, têm que colocar no mercado toda a produção abaixo preço e a inflação cai, o Real se valoriza e a fome diminui com a elevação do salário mínimo através do custo baixo da economia. Sem dólares o governo passa um calote no FMI e no Banco Mundial.

     Os empresários mundiais não só estão ajudando através do boicote a reflorestar o Amazonas como também a ajudar o povo brasileiro a sair da fome e da miséria social.

 

Ernani Serra

  

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59706210

 

https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/desmatamento-ate-novembro-o-maior-dos-ultimos-dez-anos-na-amazonia-diz-imazon-25327068

 

Pensamento: O desmatamento acontece, pois o homem está construindo uma selva de pedra.

 

Lucas Moreira

 

 

 

 


ESTÃO DESTRUINDO A FLORESTA DO AMAZONAS

 

 

Amazônia tem a maior taxa de desmatamento em dez anos para o mês de março, diz Imazon.

O levantamento do Instituto Imazon mostra que a Amazônia perdeu 810 quilômetros quadrados de floresta em março. O desmatamento aumentou 216% em relação a março de 2020.

19/04/2021 21h17  Atualizado há 8 meses

 

O desmatamento recorde surpreendeu os próprios pesquisadores da ONG Imazon. O ritmo das derrubadas costuma diminuir nos meses de março, porque é mais difícil desmatar durante o período mais chuvoso na Amazônia. Mas, dessa vez, não impediu o avanço da destruição.

 

A Amazônia perdeu 810 quilômetros quadrados de floresta em março. Para se ter uma dimensão do estrago, o tamanho da área devastada é um pouco maior que a cidade de Goiânia. O desmatamento aumentou 216% em relação a março de 2020.

 

A devastação atingiu principalmente os estados do Pará (35%), Mato Grosso (25%) e Amazonas (12%). A maior parte da floresta que veio abaixo estava em propriedades privadas ou em estágio de posse (66%).  Assentamentos (22%) e unidades de conservação (11%) também perderam mata nativa.

 

Uma das regiões mais desmatadas em 2021 chamou a atenção do Imazon. Ela fica no assentamento Nelson de Oliveira, em Novo Progresso, Sudoeste do Pará.

 

Em janeiro, a floresta estava intacta. Dois meses depois, surge a marca da devastação, que tem o tamanho de quase 2 mil campos de futebol.

 

A destruição foi tão acelerada que já comprometeu 40% da área total do assentamento, e se aproxima da região vizinha, a Floresta Nacional do Jamanxim. Essa área, protegida por lei por causa de sua enorme biodiversidade, também vem sendo alvo das derrubadas em 2021.

 

O Imazon afirma que os grandes desmatamentos avançam principalmente em áreas de florestas públicas onde ainda não há regularização fundiária. E, como derrubar a mata exige maquinário pesado e custa caro, o objetivo dos invasores seria lotear os terremos para faturar alto com a especulação imobiliária na Amazônia.

 

Nós temos, primeiramente, um processo de apropriação de terra pública em curso, que é a famosa grilagem. Então, áreas que são públicas não destinadas, são alvos, primeiro de expansão de estradas clandestinas, retirada de madeira e subsequente ocupação dessas áreas para loteamento. Pode ter ali um corredor de expansão da agricultura, mas principalmente naquele território a gente tem visto uma conversão para a pecuária”, afirmou o pesquisador do Imazon Carlos Souza Junior.

 

 

O Imazon também constatou uma tendência de aumento do desmatamento considerando as taxas acumuladas dos últimos oito meses. Entre agosto de 2020 e março de 2021, a destruição da Floresta Amazônica foi 59% maior que no período anterior.

 

“Nós já conversamos com autoridades que têm interesse, tanto estadual como municipal, para identificar as áreas críticas e entrar com políticas preventivas. É possível ainda reduzir a taxa de desmatamento nesse calendário. A gente não pode deixar chegar o período de seca sem as operações de prevenção ocorrendo efetivamente no chão”, alertou o pesquisador.

 

A Secretaria de Meio Ambiente do Pará afirmou que faz ações de fiscalização e regularização fundiária, que apoia a produção sustentável e que reduziu em 90% o desmatamento nas áreas estaduais em fevereiro.

 

A Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas declarou que, em março, o estado reduziu o número emitido de alertas de desmatamento. E que, no começo de abril, enviou equipes para combater o crime ambiental no sul do estado.

 

O governo de Mato Grosso afirmou que, de agosto do ano passado a março deste ano, o estado reduziu o desmatamento em 33% e que aplica multas pesadas.

 

O Ministério do Meio Ambiente disse que cabe ao Conselho da Amazônia falar sobre o assunto.

Ernani Serra

 

Pensamento: Um dia, ao olhar para trás o homem verá o rastro de destruição que ele deixou na natureza. E nesse dia haverá apenas a dor da sua própria consciência...

 

Vera Lúcia Domingos de Oliveira