Moradores de rua são indivíduos que perdem
a condição de cidadãos à medida que se dissipam as simbologias que os retratam
como tal em adjetivos pejorativos – mendigo, vagabundo,
etc.
A Geografia estuda a sociedade pelo viés espacial.
Entretanto, em determinados momentos,
faz-se necessário recorrer a outras ciências, como História, Sociologia,
Economia, etc. No caso do ensino de Geografia, também é imprescindível buscar
essa interdisciplinaridade.
As várias representações sociais
direcionadas aos moradores de rua – “vagabundos,
mendigos, sujos” etc. – nos instigam a conhecer de perto a realidade
desses sujeitos.
Em 2008, no Brasil, numa pesquisa
realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social sobre a população em
situação de rua, foi constatado que 71% dos moradores de rua trabalham e apenas
16% dependem da mendicância para sobreviver. O alcoolismo e as drogas são as
razões que levam a maioria dessas pessoas a morar na rua: 35,5%. A seguir, vem
o desemprego com 30% e conflitos familiares com 29%.
Os indivíduos desprovidos de família,
emprego, residência e bens materiais passam a ser vistos como não cidadãos. Os
que não estão familiarizados com essa expressão utilizam-se destas: mendigos, indigentes, desocupados, vagabundos e uma
série de outros estereótipos, dos quais a cidadania assume papel coadjuvante.
Quantos mendigos morrem no Brasil?
Sete pessoas morreram por conta do frio
nas ruas da cidade de São Paulo entre terça e quarta-feira (30/6), de acordo
com o Movimento Estadual dos Moradores em Situação de Rua. Entre as mortes,
quatro foram registradas na última madrugada, considerada a mais fria dos últimos
cinco anos, com temperatura mínima de 6º C.
Porque existem moradores de Rua no Brasil?
Entre os principais fatores que podem
levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência
de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência,
perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
Qual a cidade com mais moradores de Rua no
Brasil?
Os municípios brasileiros que possuem mais
moradores em situação de rua são: Rio de Janeiro
(4.585), Salvador (3.289), Curitiba (2.776), Brasília (1.734), Fortaleza
(1.701), São José dos Campos (1.633), Campinas (1.027), Santos (713), Nova
Iguaçu (649), Juiz de Fora (607) e Goiânia (563).
Pesquisa estima que o Brasil tenha 101 mil
moradores de rua.
A maior parte dessa parcela da população
está concentrada nos grandes municípios, segundo Texto para Discussão do IPEA.
Uma pesquisa publicada pelo IPEA com base
em dados de 2015 projetou que o Brasil tem pouco mais de 100 mil pessoas
vivendo nas ruas. O Texto para Discussão Estimativa da População em Situação de
Rua no Brasil aponta que os grandes municípios abrigavam, naquele ano, a maior
parte dessa população. Das 101.854 pessoas em situação de rua, 40,1% estavam em
municípios com mais de 900 mil habitantes e 77,02% habitavam municípios com
mais de 100 mil pessoas. Já nos municípios menores, com até 10 mil habitantes,
a porcentagem era bem menor: apenas 6,63%.
O especialista em políticas públicas e
gestão governamental lotado no IPEA e também autor do estudo, Marco Antonio
Carvalho Natalino, ressaltou a importância de dados atualizados sobre o tema,
pois eles são essenciais à formulação e implementação de políticas públicas
para essa parcela de brasileiros.
Para os municípios com mais de 100 mil
habitantes, Natalino diz que é preciso ir além das informações básicas.
“Recomenda-se que seja incentivada a realização de pesquisas municipais com a
população em situação de rua neste grupo de cidades. Nos municípios menores, o
desenvolvimento e a disponibilização de metodologia de diagnóstico da população
de rua pode fomentar a incorporação desse segmento nas atividades de vigilância
socioassistencial desenvolvidas pelos governos municipais.” O pesquisador
propõe, ainda, que a contagem dessa população seja incorporada ao Censo de 2020
e que, até lá, o governo federal incentive as gestões municipais a conhecerem
melhor quem está em situação de rua.
Políticas Públicas
O estudo alerta também para a necessidade
de a população que vive nas ruas ser incorporada ao Cadastro Único para Programas
Sociais (CadÚnico) e, assim, obter acesso à
transferência de renda e habitação, por exemplo. Apenas 47,1% da população de
rua estimada estavam cadastradas em 2015.
“A ampliação da cobertura do cadastro
nesse segmento populacional permitiria, para além do acesso desse público aos
programas sociais, a realização de estudo de perfil dessa população com base
nos dados do cadastro”.
Comentário:
Os moradores de rua são pessoas invisíveis
por toda população que nada fazem por essas pessoas abandonadas à própria
sorte. São pessoas descartáveis em que os pescadores pescam e jogam no mesmo
lugar.
Os governos fazem de conta que estão
ajudando, deixando todos os moradores de rua no mesmo lugar de sempre “às ruas”.
O principal responsável por essa tragédia
social são os próprios governos que jogam essas pessoas nas ruas, sejam através
de: leis austeras, inflação, deflação, desempregos em
massa, falência do comércio e indústria, má gestão governamental, corrupção
política, corruptores infiltrados, péssimos salários (salário mínimo), falta de poder aquisitivo familiar, etc.
Os governos é que, assassinam e roubam a
população em massa, os governantes fazem suas falcatruas, lesam a pátria,
desestabilizam o país, fazem negociatas, etc. E os débitos de todas essas
transações ilícitas, imorais, criminosas, antipatrióticas vão ser debitados no
bolso do povo que terminam seus dias sem eira nem beira, nas ruas.
Os outros motivos pelo qual os moradores
de rua chegaram a esse extremo (fundo do poço)
são menos significativos é uma minoria de desajustados, drogados, e loucos. A causa
principal são os governantes e suas maneiras de governarem através do toma lá,
dá cá que afundam o país e a nação. São os vendilhões do patrimônio público, os
traidores, vendilhões da pátria; e os senhores da promiscuidade e escravidão de
seu próprio povo.
Ernani Serra
Pensamento: Os
políticos que só governam para os ricos ou só para os pobres são demagogos,
incompetentes, corruptos. O governo honesto é aquele que governa para todas as
classes em prol de seu próprio país.
Ernani Serra