contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quinta-feira, 18 de março de 2021


OCDE – LAVA JATO - CORRUPÇÃO

 

 

     OCDE adota medida inédita contra o Brasil após sinais de retrocesso no combate à corrupção no país.

    

     O chanceler Ernesto Araújo e Jair Bolsonaro consideram a entrada do Brasil na OCDE como uma prioridade do governo.

 

      Diante do que tem sido visto como um recuo no combate à corrupção no Brasil, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tomou uma decisão inédita: criar um grupo permanente de monitoramento sobre o assunto no Brasil.

 

     A entidade, na qual o Brasil pleiteia entrada, está preocupado com o fim “surpreendente da Lava Jato", o uso da lei contra abuso de autoridade e as dificuldades no compartilhamento de informações de órgãos financeiros para investigações.

 

     A medida, jamais adotada contra nenhum país antes, representa uma escalada — com tons de advertência — nas posições da OCDE, que desde 2019 tem divulgado alertas públicos ao governo e chegou a enviar ao país uma missão de alto nível para conversar com autoridades e tentar reverter ações de desmonte da capacidade investigativa contra práticas corruptas.

 

     "A missão aconteceu em novembro de 2019 e saímos do país bastante satisfeitos, apenas para descobrir logo depois que os problemas - com raras exceções - ainda existiam e que novos problemas que ameaçavam a capacidade do Brasil de combater o suborno internacional continuam a surgir", afirmou à BBC News Brasil Drago Kos, presidente do grupo de trabalho antissuborno da OCDE e membro do Conselho Consultivo Internacional Anticorrupção.

 

     Em nota em resposta à reportagem da BBC News Brasil, o Itamaraty confirmou a criação do grupo de monitoramento anticorrupção da OCDE para o Brasil: "A iniciativa de criação do subgrupo para o atual monitoramento do País contou com a anuência da delegação brasileira, interessada em aprimorar o processo de apresentação dos elementos de interesse do Grupo (de Trabalho Antissuborno da OCDE)", diz a nota do órgão.

 

     OCDE reafirma que ação contra Brasil é inédita e contradiz governo Bolsonaro.

     Além disso, ao contrário da justificativa dada pelo presidente da área antissuborno da OCDE, que vê retrocessos no combate à corrupção, o Itamaraty afirma que "nenhuma razão de mérito ou demérito está na origem da criação do subgrupo. Logo, é incorreta a interpretação de que o subgrupo foi criado 'diante do que tem sido visto como um recuo no combate à corrupção'. Tratou-se tão-somente de decisão processual para estruturar o debate sobre o monitoramento comum a que se submetem voluntariamente todos os membros do Grupo de Combate ao Suborno".

 

     Por fim, o Itamaraty contestou a informação dada à reportagem pela OCDE de que é a primeira vez que um grupo para monitoramento das ações contra a corrupção em um determinado país é criado pela entidade.

 

     À BBC News Brasil, Drago Kos, chefe do Grupo de Trabalho Antissuborno da OCDE afirmou que "já emitimos muitas declarações públicas a respeito de outros países e também organizamos algumas missões de alto nível. Mas nunca antes estabelecemos um subgrupo para acompanhar o que está acontecendo em um país de interesse".

 

     “Marcha à ré” no combate à corrupção.

     Agora, especialistas de três países membros da OCDE irão monitorar a situação do combate à corrupção no país de maneira contínua e independente, e manter consultas frequentes com autoridades brasileiras.

 

     Conforme apurou a BBC News Brasil com exclusividade, é a primeira vez em 59 anos que a entidade adota uma medida como essa contra qualquer país, seja um de seus 37 membros permanentes ou qualquer outra nação candidata ao grupo.

 

     A entrada na OCDE é considerada uma prioridade na política externa do presidente Jair Bolsonaro. Há 10 dias, em um evento para investidores americanos no Council of the Americas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que "o Brasil vai integrar em breve a OCDE, o que é algo decisivo para nós, muito importante, uma maneira de ancorar o Brasil na atmosfera de democracias liberais e economias orientadas pelo mercado".

 

     Eleito sob a bandeira do combate à corrupção, o governo Bolsonaro vê ameaçado o ingresso na OCDE caso a avaliação sobre o desempenho brasileiro no assunto não melhore.

 

     Perguntado pela BBC News Brasil se as práticas brasileiras de combate à corrupção atuais estariam de acordo com os parâmetros mínimos para que o país fosse aceito na entidade, Drago Kos afirmou que "se você tivesse me feito essa pergunta há alguns anos, minha resposta teria sido um "sim" definitivo.   Hoje eu simplesmente não sei: enquanto a Operação Lava Jato nos deu informações tão positivas sobre a capacidade do Brasil de combater a corrupção nacional e internacional, hoje parece que alguns dos processos iniciados em 2014 estão dando marcha a ré".

 

Segundo Kos, essa é apenas uma opinião pessoal e o órgão que comanda deverá deliberar sobre o assunto em algum momento, mas isso ainda não tem data para acontecer.

 

     Decisões do Judiciário que beneficiaram o clã Bolsonaro no caso das 'rachadinhas' também preocupa a OCDE

 

     A decisão da OCDE foi tomada em dezembro, mas só agora se tornou pública. Há duas motivações primordiais para a medida e algumas preocupações recentes adicionais.

 

     A primeira é a aprovação da lei de abuso de autoridade, que criminaliza algumas condutas de juízes e procuradores e foi aprovada pelo Congresso contra a vontade do então Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, mas com a anuência de Bolsonaro, que declarou que "o Ministério Público, em muitas oportunidades, abusa. Eu sou uma vítima disso. Respondi tantos processos no

Supremo (Tribunal Federal) por abuso de autoridade. Isso não pode acontecer. Eu sei que grande parte (do MP) é responsável, mas individualmente alguns abusam".

 

     Para a OCDE, ela pode ser usada como elemento de intimidação contra investigadores que estejam cumprindo seu dever.

 

     A segunda diz respeito diretamente ao clã Bolsonaro: em julho de 2019, o então presidente do STF Dias Toffoli concedeu liminar à defesa do senador Flávio Bolsonaro em que suspendia a investigação do caso das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio.

 

     Toffoli acolheu argumento da defesa do filho mais velho do presidente de que seus sigilos fiscais e bancários tinham sido quebrados pelos investigadores, que conseguiram acesso às informações sem ordem judicial.

 

     A decisão interrompia também todos os demais processos que envolvessem compartilhamento de dados bancários ou fiscais entre a Receita Federal e a Unidade de Investigação Financeira (UIF, antigo COAF) e o Ministério Público. A liminar acabou revertida seis meses mais tarde pelo plenário do STF, que reafirmou que esse tipo de colaboração não necessitava de autorização judicial para acontecer.   Os ministros, no entanto, estabeleceram regras mais rígidas para o compartilhamento dessas informações entre órgãos financeiros e investigativos.

 

     Em fevereiro deste ano, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou novamente a quebra de sigilo de Flávio. A Procuradoria-Geral da República está recorrendo da decisão.

 

     "Em nossa opinião, essas ações prejudicam seriamente a capacidade do Brasil de detectar e combater a corrupção de forma eficaz", avalia Kos.

 

     Mas as preocupações do órgão não se encerram aí. "Além disso, também tomamos conhecimento dos problemas atuais, acompanhando reportagens da mídia a respeito de ocorrências na área de corrupção e verificando-as com a Delegação do Brasil e outras fontes", afirmou o presidente do grupo antissuborno da OCDE.

 

     Uma dessas ocorrências foi o fim formal da força-tarefa da Lava Jato, em fevereiro de 2021. Meses antes disso, no entanto, a operação já agonizava, tanto pela repercussão negativa da divulgação de trocas de mensagens entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores quanto por ações do governo Bolsonaro que alteraram o funcionamento do Ministério Público Federal, ao indicar para o comando do órgão um nome alinhado ao presidente e que não havia sido escolhido pelos pares em lista tríplice.

 

     Além disso, Moro deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferência política na Polícia Federal. O ex-ministro sugeriu que a intenção do presidente seria controlar as investigações para evitar avanços investigativos sobre atos de seus filhos.

 

     O presidente chegou a admitir que tivesse interesse em ter mais informações de inteligência, mas negou que agisse para proteger a família. Em outubro de 2020, Bolsonaro afirmou: "acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo".

 

     Para Drago Kos, há problemas nesse discurso. "Não existe governo no mundo absolutamente livre de corrupção, mas os governos devem investir seu máximo esforço para combater todas as formas de corrupção em suas próprias fileiras, independentemente da identidade dos suspeitos".

 

     O presidente da área antissuborno da OCDE classificou como "surpreendente" o interesse do de autoridades brasileiras de "encerrar o mais rápido possível" as atividades da força tarefa.

 

     "Operações como a Lava Jato, que começam devido a problemas urgentes e importantes de corrupção, nunca devem durar para sempre. No entanto, tendo em mente que neste caso nem todas as atividades investigativas relacionadas ao caso Lava Jato foram finalizadas, inclusive em alguns casos importantes, o desejo de encerrar a operação o mais rápido possível é realmente surpreendente", afirmou Kos.

 

Para ele, a comunicação entre Moro e procuradores é "antiética" mas não acaba com legado da Lava Jato

 

     O especialista classificou o teor das mensagens entre o juiz Moro e os investigadores, que vieram à tona no escândalo da Vaza Jato, como sinais de "uma cooperação entre promotores e juízes (que) não é comum em processos criminais e pode certamente ser considerada antiética".

 

     Kos, no entanto, afirmou ainda ter dúvida sobre se a conduta das autoridades no caso foi ilegal e ressaltou que não se deve esquecer que as mensagens foram obtidas ilegalmente e que foram um ataque a profissionais que desbaratavam um grande caso de corrupção.

 

     Para ele, erros na condução do processo não podem servir para anular completamente o trabalho investigativo de quase sete anos. E revisões devem ser feitas caso a caso, como defendeu o ministro Edson Fachin ao anular as sentenças dadas por Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.   Outros ministros, capitaneados por Gilmar Mendes, veem nos vícios, apresentados material suficientes para rejeitar todo o trabalho feito em Curitiba. A disputa entre visões no Supremo hoje pende para a vitória de Gilmar, que chamou a operação de "o maior escândalo judicial da história". O julgamento foi interrompido por pedido de vistas do ministro Kássio Nunes Marques. Kos está longe de concordar com a avaliação do ministro Gilmar.

 

     "A Operação Lava Jato colocou o Brasil no mapa global anticorrupção, mostrando que o país está realmente disposto a lidar com um caso de corrupção de grande magnitude. Claro, erros sempre são possíveis. Mas isso terá que ser comprovado em cada caso individual, separadamente, e não deve de forma alguma afetar o legado geral da operação", diz Kos.

 

     Comentário:

     O Brasil não pode entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE porque é um país pobre economicamente, financeiramente, moralmente, e falido; e essa organização é um Clube dos Ricos. Como o Brasil é um grande país da corrupção também não pode entrar porque a OCDE não permite subornos: toma lá, dá cá, negociatas, trocam de favores políticos, propinas, etc.

 

Ernani Serra

 

https://blog.nubank.com.br/ocde-o-que-e/

 

Pensamento: Diz com quem andas que eu direi quem és.

 

Adágio Popular

 

 


DISTANCIAMENTO MUNDIAL

 

      A desigualdade social, chamada também de desigualdade econômica, é um problema social presente em todos os países do mundo. Ela decorre, principalmente, da má distribuição de renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde.

     Desigualdade sobe para mais de 70% da população global, mas pode ser combatida.

     21 janeiro 2020.

     Desenvolvimento econômico

     Novo relatório da ONU alerta para risco crescente de divisões; mudança climática, novas tecnologias, urbanização e migração são grandes tendências; secretário-geral pede que mudanças sejam usadas para criar mundo mais igualitário e sustentável.

     A desigualdade está crescendo para mais de 70% da população global, aumentando o risco de divisões, mas a tendência pode ser combatida, afirma um estudo divulgado pela ONU na terça-feira.

     O Relatório Social Mundial publicado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA) mostra que a desigualdade de rendimentos aumentou nos países mais desenvolvidos e em algumas nações de renda média.

     Cidades, como Nairóbi, estão entre os locais mais desiguais do mundo.

     Problemas

     No relatório, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que o mundo enfrenta "a dura realidade de um cenário global profundamente desigual", em que problemas econômicos, desigualdades e insegurança no emprego levam a protestos em massa.

     Para o chefe da ONU, as diferenças de rendimentos e a falta de oportunidades "estão criando um ciclo vicioso de desigualdade, frustração e insatisfação."

     Segundo o estudo, as pessoas que ocupam o 1% no topo da pirâmide de rendimentos são as mais beneficiadas. Entre 1990 e 2015, a porcentagem de riqueza global acumulada por essas pessoas aumentou.

     No outro extremo, as pessoas que ocupam os 40% mais baixos da pirâmide de rendimentos ganham menos de 25% de toda a riqueza produzida anualmente, aumentando a desigualdade a cada ano.

     Regiões

     Segundo a pesquisa, a desigualdade torna o crescimento econômico mais lento. Nas sociedades mais desiguais, com grandes disparidades em áreas como saúde e educação, as pessoas têm maior probabilidade de viver em pobreza durante várias gerações.

Entre os países, a diferença na renda média está diminuindo, com a contribuição de países como a China.   Ainda assim, existem grandes diferenças entre os Estados. A renda média na América do Norte, por exemplo, é 16 vezes maior do que na África      Subsaariana.

     Combate a mudança climática pode gerar novos empregos, em setores como energias renováveis.

     Tendências

     O relatório analisa o impacto de quatro grandes tendências globais: inovação tecnológica, mudança climática, urbanização e migração internacional.

     Embora a inovação tecnológica possa apoiar o crescimento econômico, também pode levar ao aumento das diferenças salariais e deslocar trabalhadores. Segundo a pesquisa, “as novas tecnologias podem eliminar categorias inteiras de empregos, mas também podem gerar novos empregos e inovações.”

     Por enquanto, no entanto, apenas os trabalhadores altamente qualificados estão colhendo os benefícios da chamada "quarta revolução industrial.”

     Já a mudança climática está tornando os países mais pobres do mundo ainda mais pobres e pode reverter o progresso feito na redução da desigualdade.

     Ações para combater a crise climática devem eliminar empregos em setores que geram muitas emissões de gases de efeito estufa, mas a ONU acredita que a mudança “pode resultar em ganhos no número de empregos, com a criação de muitos novos empregos.”

     Cidades e migração

     Pela primeira vez na história, mais pessoas vivem em áreas urbanas do que rurais, uma tendência que deve continuar. Embora as cidades impulsionem o crescimento econômico, elas são mais desiguais do que as áreas rurais, com as pessoas mais ricas do planeta vivendo junto das mais pobres.

     Segundo o relatório, “à medida que crescem e se desenvolvem, algumas cidades se tornam mais desiguais, enquanto que outras se tornam menos desiguais.”

     Mulheres ganham 21% a menos que os homens para desempenhar a mesma função.

     Por fim, a quarta tendência em destaque é a migração internacional, que os especialistas da ONU descrevem como "um símbolo poderoso da desigualdade global" e "uma força pela igualdade nas condições certas".

     A pesquisa afirma que, em alguns casos, quando os migrantes competem por trabalhos pouco qualificados, os salários podem cair, aumentando a desigualdade.    Por outro lado, se têm competências necessárias ou se fazem trabalhos que outros não estão dispostos a fazer, podem ter um resultado positivo.

     Oportunidade

     Apesar de um claro aumento das desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres, o relatório afirma que a situação pode ser revertida.

     O secretário-geral diz que as grandes tendências podem "ser aproveitadas para criar um mundo mais igualitário e sustentável." Para António Guterres, tanto os governos como as organizações internacionais têm um papel a desempenhar.

     A pesquisa sugere três estratégias. A primeira pede maior igualdade de acesso a oportunidades, através, por exemplo, do acesso universal à educação. Depois, políticas fiscais, como benefícios de desemprego e invalidez. E, por fim, legislação sobre preconceito e discriminação, promovendo maior participação de grupos desfavorecidos.

     Comentário:

     O ser humano tem tendências desastrosas como: de destruição, avareza, egoísmo, egocentrismo, etc.

     As pessoas mais ricas do mundo em vez de colocar sua fortuna em movimento para beneficiar a todos, prefere estocar em bancos para os banqueiros ficarem mais ricos do que eles, enquanto isso, os pobres ficam mais pobres por falta de oportunidades, de poder aquisitivo, trabalhos e salários dignos. Parece que o mundo foi criado só para os ricos explorarem os escravos pobres.

     Tanta fortuna estocada e o planeta pedindo socorro, e esses megalomaníacos entesourando suas riquezas.

     O planeta precisa de saneamento básico, de despoluição em geral, reflorestamentos, menos gente no planeta... E esses homens bilionários não investem em nada, deixando o planeta morrer e todos os seres vivos dentro dele. Verdadeiros Cavaleiros do Apocalipse.

 

Ernani Serra

 

https://artigos.toroinvestimentos.com.br/homens-mais-ricos-do-mundo-e-do-brasil

 

https://www.youtube.com/watch?v=Li-SES39Z6E

 

Pensamento: Somos imagens no computador da vida, Deus é a Internet, e a morte é o internauta que deletam (apagam) as vidas.

 

Ernani Serra