Houve outrora, um velho contador de
estórias que ficava nas praças se refrescando do tempo quente e nesse interim
vinham pessoas: crianças, jovens e adultos que
conheciam a sua fama de historiador de contos de fadas e amontoavam-se em torno
dele. Ele começava assim:
Era uma vez, à muitos anos, na época que
só existiam no mundo reis e rainhas e seus pomposos palácios repletos de
iguarias que eram fornecidos pelos altos impostos reais a custa da miséria do
seu povo que moravam fora do palácio. Dentro do palácio só existiam fartura e
riquezas.
Na época existiam centenas de palácios
reais em todo território, mas, só um se destacava entre todos eles, era o
palácio mais rico, mais abastado, o todo poderoso, os outros eram palacetes e
subdesenvolvidos e eram submetidos ao grande rei do império faustoso.
Existia entre esses palacetes um rei cujo
palacete era muito rico em terras, riquezas minerais tinha uma grande extensão
de floresta, só que, esse régulo desse palacete era analfabeto não sabia de
nada e muito menos de governar o seu povo. Não sabendo o que fazer com tanta riqueza do
seu palacete, então convocou os seus anciões para resolver o problema, então todos
foram unânimes e disseram ao régulo que só tinha uma saída, era pedir
empréstimos ao grande rei da fartura que por sua vez, cobrava altos juros,
mesmo assim, concordaram e receberam os financiamentos, só que, o régulo não
sabia movimentar o dinheiro e nem como fazer prosperar, com dinheiro na mão,
não fez nada pelo seu povo que morria a míngua de fome e sem trabalho.
O rei todo poderoso da época exigia os
juros dos empréstimos e o régulo não tinha como pagar, então os seus anciões
decidiram que a única saída era aumentar impostos, tirar os direitos dos trabalhadores,
e facilitar que súditos dos credores viessem para explorar as riquezas do
reinado devedor, e iam levando tudo para o seu reinado todo poderoso ficando
ainda mais rico.
O régulo e toda sua Corte Imperial de
palacete tiveram a ideia de fazer um ministério para ver se dava certo e saía
do sufoco com o grande rei. Convocou um súdito como ministro da economia que também
não sabia de nada e foi até ao grande palácio para pedir ajuda ao grande rei
que através de sua equipe formulou várias leis rigorosas que sufocavam o povo
do régulo, um verdadeiro presente de grego, e o
ministro voltou para o seu palacete com todas as exigências do grande rei todo poderoso
sem saber que estava entregando de mão beijada o palacete real e todo
território para o grande rei. Daí por
diante o palacete do régulo analfabeto passou a ser uma traição ao seu povo que
também era analfabeto e não percebeu toda a manobra do grande rei todo poderoso
que ficava mais rico com a ignorância do régulo e sua corte subdesenvolvida.
E alguém que escutava as estórias
perguntou: e como ficou o fim da estória? E o ancião respondeu: O palacete ficou sob intervenção do rei todo
poderoso e o povo se tornou escravo do grande rei.
Saiu por uma perna de pinto e entrou numa
perna de pato e o seu rei mandou que contasse quatro.
Ernani
Serra
https://www.youtube.com/watch?v=CFpEy35cCFc
https://www.youtube.com/watch?v=48ZomxbeLs8
Pensamento: Não deixe que a
ignorância tome conta de si e de seu povo. Quer-se a liberdade, te eduques e
adquira conhecimentos para não ser escravo dos poderosos.
Ernani
Serra