contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025



A IA – NO CONTEXTO DA MORALIDADE

 

     Não se pode confiar no ser humano, principalmente em políticos sejam nacionais ou internacionais. Veja o caso do Trump com o Lula e o Alckmin com o Lula parece que é próprio do homem do político ao civil e militar. Todo homem tem o seu preço, quem disse isso, tinha toda ração.

     Essa ideia de que "não se pode confiar no ser humano", estendendo-se a políticos como Donald Trump, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, é uma perspectiva bastante presente no pensamento filosófico e na observação da natureza humana.

     A frase "Todo homem tem o seu preço" é frequentemente citada para resumir essa visão cética sobre a moralidade e a integridade.

     Quem disse a frase "Todo homem tem o seu preço"?

     A autoria dessa frase é comumente atribuída a Sir Robert Walpole, que foi o primeiro Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, servindo de 1721 a 1742.

     Atribuição: Sir Robert Walpole

     Contexto Histórico: Walpole era conhecido por ser um mestre da política da época e por ter usado o patronato (distribuição de cargos, privilégios e subornos) para garantir o apoio no Parlamento.

     Variações: Embora a frase exata seja popularmente ligada a ele, as citações variam. Uma das mais famosas é: "Toda essa corja tem o seu preço" (referindo-se aos membros do Parlamento).

     Reflexão Filosófica e Política

     Essa citação reflete uma visão que encontra eco em pensadores como Thomas Hobbes (que via a vida como "solitária, pobre, desagradável, brutal e curta" no estado de natureza, necessitando de um poder forte para controle) e na teoria política realista.

     Seus exemplos, como a dinâmica entre Lula e Trump (representando relações internacionais complexas e baseadas em interesses) e Lula e Alckmin (exemplificando alianças políticas pragmáticas, muitas vezes entre adversários históricos), são frequentemente usados para ilustrar o pragmatismo e o interesse próprio que, segundo essa visão, movem as relações humanas em todos os níveis, do pessoal ao político.

     Gostaria de procurar mais citações de pensadores sobre a natureza humana e a política, ou de explorar a história da relação política entre Lula e Alckmin?

 

 

     Sim. A falta de caráter, opressão, chantagem, interesses etc., são responsáveis pela corrupção e a corrupção são responsáveis pela ganância e cartéis. Os corruptores são responsáveis pelo toma lá, dá cá.

     É uma análise muito perspicaz, pois conecta o que é visto como um déficit moral/individual (falta de caráter, ganância) diretamente às estruturas de poder (corrupção, cartéis) e às práticas políticas ("toma lá, dá cá").

     Sua linha de raciocínio pode ser resumida em uma cadeia de causa e efeito:

     Deficit Moral→Abuso de Poder→Estruturas Ilícitas

Falta de Caráter / Ganância→Corrupção/ Chantagem / Opressão →Cartéis / "Toma Lá, Dá Cá"

Aqui está uma decomposição desses elementos no contexto sociopolítico:

     1. A Origem: Falta de Caráter e Ganância

     A falta de caráter e a ganância pessoal são frequentemente citadas como as raízes morais da corrupção. A corrupção é o "abuso de poder confiado para ganho privado", segundo a Transparência Internacional.

     Ganância: É o desejo excessivo por riqueza, poder ou bens. Ela fornece a motivação (o impulso egoísta) para desviar a função pública para o benefício próprio.

     Falta de Caráter: É o que permite que um indivíduo rompa a barreira ética, ignorando o interesse público, a lei e a moral para satisfazer a ganância.

     Opressão e Chantagem: São ferramentas que surgem do poder corrompido, usadas para forçar a cooperação, silenciar vítimas ou proteger o esquema ilícito.

     2. O Resultado: Corrupção e Cartéis

     A corrupção não se limita apenas ao suborno. É um fenômeno amplo que se manifesta em:

     Suborno e Peculato: O desvio direto de recursos públicos.

     Ganância → Corrupção Sistêmica: Quando a busca por lucro se torna desmedida, ela leva à criação de mecanismos permanentes de corrupção, afetando a economia e a qualidade da democracia.

     Cartéis: São acordos secretos entre empresas concorrentes (ou agentes) para dividir mercados, fixar preços ou manipular licitações. Eles são um subproduto direto da corrupção no setor público, pois dependem de agentes corruptos dentro do governo que lhes garantam vantagens indevidas, violando a livre concorrência para obter ganhos monopolistas.

     3. A Prática Política: O "Toma Lá, Dá Cá"

     O termo "Toma Lá, Dá Cá" na política brasileira descreve um sistema de troca de favores, cargos e recursos entre o Poder Executivo (o governo) e o Poder Legislativo (o Congresso/Parlamento).

     Corruptores e Corrompidos: A prática é mantida por corruptores (aqueles que oferecem os favores, geralmente o Executivo, através de cargos e verbas) e corrompidos (aqueles que aceitam, geralmente os parlamentares que oferecem votos e apoio em troca).

     Interesses: O governo oferece cargos estratégicos (o "dá cá") para partidos aliados e, em troca, recebe o apoio dos votos (o "toma lá") de que precisa para aprovar projetos de lei e garantir a governabilidade.

     O Problema Ético: Embora a negociação e a formação de coalizões sejam normais em democracias (presidencialismo de coalizão), o "toma lá, dá cá" se torna um problema de corrupção quando o favor trocado é um cargo público (que deveria ser ocupado por mérito técnico) ou recursos públicos (que deveriam ser usados em benefício da população), transformando a gestão pública em um instrumento de barganha política.

     A sua visão une de forma coesa a falha moral individual à deterioração institucional, mostrando como a natureza humana (no sentido de suas fraquezas e interesses) pode minar os princípios do Estado de Direito.

     Gostaria de aprofundar a discussão sobre como a corrupção afeta o desenvolvimento econômico de um país, ou o papel da sociedade civil no combate a esses problemas?

 

 

     Sim

     Excelente. Vamos explorar como a corrupção afeta o desenvolvimento econômico e o papel crucial da sociedade civil no combate a esse ciclo destrutivo.

     Corrupção e Desenvolvimento Econômico: Um Freio

     A corrupção age como um peso morto que impede o crescimento econômico sustentável e justo. Seus efeitos são sentidos em cascata:

1.     Desvio de Recursos Públicos

      Investimento em Infraestrutura Comprometido: O dinheiro desviado de propinas e sobrepreços significa menos recursos para construir escolas, hospitais, estradas e investir em tecnologia. Isso diminui a produtividade geral da economia.

     Dívida Pública: Projetos superfaturados criam grandes despesas para o Estado, contribuindo para o aumento da dívida pública, que precisa ser paga com impostos futuros, onerando a população.

     2. Distorção da Concorrência

     Desincentivo à Inovação: Cartéis e o favorecimento de empresas corruptas distorcem o mercado. Empresas honestas, que não aceitam pagar propina, são excluídas de licitações, desestimulando a inovação e a eficiência.

     Fuga de Investimento Estrangeiro: Investidores internacionais tendem a evitar países onde a corrupção é alta, pois isso aumenta a incerteza legal e os custos de transação (o famoso "custo-Brasil").

     3. Ineficiência Governamental e Burocracia

     Alocação de Talentos: A corrupção favorece a nomeação de indivíduos incompetentes para cargos técnicos em troca de apoio político ("toma lá, dá cá"). Isso resulta em má gestão e na prestação de serviços públicos de baixa qualidade.

     Criação de Burocracia: Muitas vezes, a burocracia excessiva é mantida ou até criada intencionalmente para gerar pontos de suborno (onde o cidadão ou empresa é forçado a pagar para acelerar ou obter um serviço).

     O Papel da Sociedade Civil no Combate à Corrupção

     Se a corrupção prospera no sigilo e na falta de fiscalização, a sociedade civil é a força que exige transparência e responsabilização.

     1. Fiscalização e Pressão

     Organizações Não Governamentais (ONGs): Grupos como a Transparência Internacional monitoram governos, publicam relatórios e pressionam por leis mais rigorosas.

     Mídia Livre e Cidadã: O jornalismo investigativo é essencial para expor atos de corrupção. A mídia social e os cidadãos podem amplificar essas denúncias.

     2. Exigência de Transparência

     Leis de Acesso à Informação (LAIs): A sociedade civil deve utilizar e defender ativamente leis que garantem o acesso a dados governamentais, como gastos públicos, salários de funcionários e detalhes de contratos. A transparência é a principal arma contra a opacidade da corrupção.

     Controle Social: Cidadãos e conselhos podem participar diretamente na fiscalização da aplicação dos recursos públicos em suas cidades, garantindo que o dinheiro chegue onde é necessário.

     3. Cultura de Ética e Educação

     Mudança Cultural: Combater a corrupção começa com a recusa em aceitar pequenos atos de desonestidade no dia a dia.

     Educação: O investimento em educação cívica e ética nas escolas é fundamental para criar gerações que valorizam a integridade e o respeito ao bem público.

     Em resumo, a corrupção drena a riqueza, desincentiva o investimento e subverte a justiça, tornando a luta contra ela não apenas uma questão moral, mas um imperativo para o desenvolvimento econômico e a consolidação democrática.

     Gostaria de ver exemplos históricos de países que conseguiram reduzir significativamente a corrupção e os resultados econômicos que alcançaram?

 

 

     Sim. A desonestidade vinda de cima atinge ao povo em baixo. A desonestidade gera discórdia e violência no povo e entre os povos. A desonestidade gera a desconfiança.

     É exatamente isso. O que você descreve é conhecido na sociologia e na ciência política como o efeito cascata da moralidade ou a deterioração do Capital Social.

     Quando a liderança ("o topo da pirâmide") é corrupta, ela envia um sinal poderoso para toda a base da sociedade: as regras não valem nada e a impunidade é o padrão.

     Aqui está como esse mecanismo funciona, ponto a ponto, validando sua análise:

     1. A Desonestidade "Vinda de Cima" (Normalização do Erro)

     Existe um ditado antigo que diz: "O peixe apodrece pela cabeça". Quando um presidente, um juiz ou um grande empresário age com desonestidade e sai impune, ocorre a normalização do desvio. O cidadão comum, vendo isso, sente-se desmotivado a agir corretamente. O pensamento torna-se: "Se eles roubam milhões, por que eu não posso furar a fila ou sonegar um pouco?". A referência moral da sociedade se desfaz.

     2. A Geração da Violência e Discórdia

     A corrupção mata, literalmente. A relação é direta:

     Violência Urbana: Quando o dinheiro da segurança pública é desviado, a polícia fica mal equipada e mal treinada. Pior ainda, a corrupção dentro das forças policiais permite que o crime organizado e as milícias operem livremente. O resultado é o aumento da criminalidade nas ruas.

     Justiça com as Próprias Mãos: Quando o povo percebe que a Justiça é lenta ou comprada (funciona para uns, mas não para outros), a confiança nas instituições desaparece. Isso abre espaço para a barbárie, onde as pessoas tentam resolver conflitos pela força bruta, já que não confiam no Estado como mediador.

     3. Discórdia "Entre os Povos" (Geopolítica)

     Você tocou em um ponto crucial: a política internacional.

     Guerras por Recursos: Muitas guerras são iniciadas não por "defesa da pátria", mas para proteger interesses comerciais escusos de uma elite corrupta (seja por petróleo, minérios ou rotas comerciais).

     Nacionalismo como Cortina de Fumaça: Líderes desonestos frequentemente criam inimigos externos imaginários ou incitam o ódio contra outras nações para desviar a atenção da população dos escândalos de corrupção interna.

     4. A Destruição da Confiança (O Capital Social)

     Na economia e sociologia, chamamos a confiança de Capital Social.

     Sociedades de Alta Confiança (ex: Escandinávia): As pessoas confiam que o outro cumprirá sua palavra e que o governo usará bem o imposto. Resultado: As coisas fluem, a burocracia é baixa, a economia cresce.

     Sociedades de Baixa Confiança (ex: Muitos países latino-americanos): Ninguém confia em ninguém. É preciso carimbar firma, reconhecer em cartório, colocar grades nas janelas. O custo de viver e fazer negócios é altíssimo ("Custo Brasil"). A desonestidade gera um "imposto invisível" que todos pagamos, seja em dinheiro ou em medo.

     O ciclo que você descreveu é real: Liderança Corrupta → Impunidade → Desconfiança Generalizada → Violência.

     Apesar desse cenário sombrio, a história mostra que é possível reverter isso. Países que hoje são considerados honestos já foram antros de corrupção no passado.

     Gostaria de saber como lugares como Singapura ou a Suécia conseguiu sair desse ciclo de desonestidade e violência para se tornarem modelos de integridade?

 

 

     Sim. Em sua época Rui Barbosa já sentia o peso da corrupção.

     É verdade. Rui Barbosa, que foi um dos fundadores da nossa República, terminou a vida profundamente desiludido com o "monstro" que ele ajudou a criar. Ele percebeu que a troca da Monarquia pela República não havia mudado a natureza humana dos governantes.

     A frase a que você se refere, proferida por ele em um discurso no Senado em 1914, é talvez o retrato mais doloroso e fiel do sentimento do brasileiro honesto até hoje:

     “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

     Rui Barbosa via o que chamamos hoje de inversão de valores: o esperto é premiado e o correto é punido.

     Mas, como prometi, aqui está o "Lado B" da história. Países que estavam nessa mesma lama e

conseguiram sair mostram que essa "doença" tem cura, embora o remédio seja amargo.

     1. Cingapura: O Tratamento de Choque

     Até os anos 60, Cingapura era um porto pobre, infestado de malária, ópio e dominado por tríades (máfias) e policiais corruptos. Ninguém acreditava no país.

     O que foi feito: O líder Lee Kuan Yew aplicou uma política de "Tolerância Zero" real. Ele criou uma agência independente (CPIB) com poder para prender qualquer um, inclusive ministros e amigos pessoais dele.

     A Lógica: Ele aumentou drasticamente o salário dos funcionários públicos (para que não "precisassem" roubar) e aplicou punições severíssimas para quem fosse pego.

     O Resultado: Em uma geração, saíram do terceiro para o primeiro mundo. A corrupção deixou de ser um "negócio rentável" porque o risco de ser pego tornou-se de 100%.

     2. Suécia: A Revolução Silenciosa

     Muita gente acha que o sueco "nasce honesto". Não é verdade. No século XIX, a Suécia era um país de aristocratas corruptos onde cargos públicos eram comprados e vendidos como mercadoria.

     O que foi feito: Não foi um ditador que resolveu, mas uma série de reformas burocráticas entre 1840 e 1870. Eles abriram totalmente os dados do governo (transparência radical) e criaram uma imprensa livre que podia "caçar" os corruptos sem medo de represálias.

     A Mudança Cultural: Eles conseguiram quebrar o ciclo de "favores". O Estado passou a ser visto não como o "patrão" que dá empregos aos amigos, mas como um prestador de serviços.

     O que isso ensina ao Brasil?

     O caso de Rui Barbosa e esses exemplos internacionais mostram que a corrupção não é "genética" do povo. Ela é filha da impunidade e da falta de transparência.

     Se na época de Rui Barbosa o desânimo era total, hoje temos ferramentas que ele não tinha: a capacidade de fiscalizar em tempo real e a pressão digital. A "vergonha de ser honesto" só passa quando o custo de ser desonesto fica alto demais.

     Para complementar, selecionei um vídeo que discute a atualidade do pensamento de Rui Barbosa e como suas críticas ainda ecoam no Brasil de hoje:

 

Ruy Barbosa - REPUBLICANO ENVERGONHADO

 

https://www.youtube.com/watch?v=tijxVZdyhtw&t=4s

 

     Este vídeo é relevante, pois traz uma leitura dramática e reflexiva do discurso de Rui Barbosa, conectando a desilusão dele em 1914 com os desafios éticos que você mencionou no início da conversa.

 

Gemini vs Ernani

 

https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=Honestidade

 

https://www.google.com/search?q=ministro+barroso+falando+de+corrup%C3%A7%C3%A3o&rlz=1C1PRFC_enBR848BR848&oq=ministro+barroso+&aqs=chrome.0.69i59j0j69i57j0l5.9369j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:09a34bad,vid:AQJ5oxpP2jg,st:0

 

https://www.youtube.com/watch?v=KhCo4OPDv_c&t=7s

 

Pensamento: Ser honesto é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. Nem que seja por força das leis.

 

Ernani Serra

 

 

 

 

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