Não se pode
confiar no ser humano, principalmente em políticos sejam nacionais ou
internacionais. Veja o caso do Trump com o Lula e o Alckmin com o Lula parece
que é próprio do homem do político ao civil e militar. Todo homem tem o seu
preço, quem disse isso, tinha toda ração.
Essa ideia de
que "não se pode confiar no ser humano", estendendo-se a políticos
como Donald Trump, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, é uma
perspectiva bastante presente no pensamento filosófico e na observação da
natureza humana.
A frase "Todo homem tem o seu
preço" é frequentemente citada para resumir essa visão cética sobre a
moralidade e a integridade.
Quem disse a frase "Todo homem tem o
seu preço"?
A autoria dessa frase é comumente
atribuída a Sir Robert Walpole, que foi o primeiro Primeiro-Ministro da
Grã-Bretanha, servindo de 1721 a 1742.
Atribuição: Sir Robert Walpole
Contexto Histórico: Walpole era conhecido
por ser um mestre da política da época e por ter usado o patronato
(distribuição de cargos, privilégios e subornos) para garantir o apoio no
Parlamento.
Variações: Embora a frase exata seja
popularmente ligada a ele, as citações variam. Uma das mais famosas é:
"Toda essa corja tem o seu preço" (referindo-se aos membros do
Parlamento).
Reflexão Filosófica e Política
Essa citação reflete uma visão que
encontra eco em pensadores como Thomas Hobbes (que via a vida como
"solitária, pobre, desagradável, brutal e curta" no estado de
natureza, necessitando de um poder forte para controle) e na teoria política
realista.
Seus exemplos, como a dinâmica entre Lula
e Trump (representando relações internacionais complexas e baseadas em
interesses) e Lula e Alckmin (exemplificando alianças políticas pragmáticas,
muitas vezes entre adversários históricos), são frequentemente usados para
ilustrar o pragmatismo e o interesse próprio que, segundo essa visão, movem as
relações humanas em todos os níveis, do pessoal ao político.
Gostaria de procurar mais citações de
pensadores sobre a natureza humana e a política, ou de explorar a história da
relação política entre Lula e Alckmin?
Sim. A falta de caráter, opressão,
chantagem, interesses etc., são responsáveis pela corrupção e a corrupção são
responsáveis pela ganância e cartéis. Os corruptores são responsáveis pelo toma
lá, dá cá.
É uma análise
muito perspicaz, pois conecta o que é visto como um déficit moral/individual
(falta de caráter, ganância) diretamente às estruturas de poder (corrupção,
cartéis) e às práticas políticas ("toma lá, dá cá").
Sua linha de raciocínio pode ser resumida
em uma cadeia de causa e efeito:
Deficit Moral→Abuso de Poder→Estruturas
Ilícitas
Falta de Caráter
/ Ganância→Corrupção/ Chantagem / Opressão →Cartéis / "Toma Lá, Dá Cá"
Aqui está uma
decomposição desses elementos no contexto sociopolítico:
1. A Origem: Falta de Caráter e Ganância
A falta de caráter e a ganância pessoal
são frequentemente citadas como as raízes morais da corrupção. A corrupção é o
"abuso de poder confiado para ganho privado", segundo a Transparência
Internacional.
Ganância: É o desejo excessivo por
riqueza, poder ou bens. Ela fornece a motivação (o impulso egoísta) para
desviar a função pública para o benefício próprio.
Falta de Caráter: É o que permite que um
indivíduo rompa a barreira ética, ignorando o interesse público, a lei e a
moral para satisfazer a ganância.
Opressão e Chantagem: São ferramentas que
surgem do poder corrompido, usadas para forçar a cooperação, silenciar vítimas
ou proteger o esquema ilícito.
2. O Resultado: Corrupção e Cartéis
A corrupção não se limita apenas ao
suborno. É um fenômeno amplo que se manifesta em:
Suborno e Peculato: O desvio direto de
recursos públicos.
Ganância → Corrupção Sistêmica: Quando a
busca por lucro se torna desmedida, ela leva à criação de mecanismos
permanentes de corrupção, afetando a economia e a qualidade da democracia.
Cartéis: São acordos secretos entre
empresas concorrentes (ou agentes) para dividir mercados, fixar preços ou
manipular licitações. Eles são um subproduto direto da corrupção no setor
público, pois dependem de agentes corruptos dentro do governo que lhes garantam
vantagens indevidas, violando a livre concorrência para obter ganhos
monopolistas.
3. A Prática Política: O "Toma Lá, Dá
Cá"
O termo "Toma Lá, Dá Cá" na
política brasileira descreve um sistema de troca de favores, cargos e recursos
entre o Poder Executivo (o governo) e o Poder Legislativo (o
Congresso/Parlamento).
Corruptores e Corrompidos: A prática é
mantida por corruptores (aqueles que oferecem os favores, geralmente o
Executivo, através de cargos e verbas) e corrompidos (aqueles que aceitam,
geralmente os parlamentares que oferecem votos e apoio em troca).
Interesses: O governo oferece cargos
estratégicos (o "dá cá") para partidos aliados e, em troca, recebe o
apoio dos votos (o "toma lá") de que precisa para aprovar projetos de
lei e garantir a governabilidade.
O Problema Ético: Embora a negociação e a
formação de coalizões sejam normais em democracias (presidencialismo de
coalizão), o "toma lá, dá cá" se torna um problema de corrupção
quando o favor trocado é um cargo público (que deveria ser ocupado por mérito
técnico) ou recursos públicos (que deveriam ser usados em benefício da
população), transformando a gestão pública em um instrumento de barganha
política.
A sua visão une de forma coesa a falha
moral individual à deterioração institucional, mostrando como a natureza humana
(no sentido de suas fraquezas e interesses) pode minar os princípios do Estado
de Direito.
Gostaria de aprofundar a discussão sobre
como a corrupção afeta o desenvolvimento econômico de um país, ou o papel da
sociedade civil no combate a esses problemas?
Sim
Excelente. Vamos explorar como a corrupção
afeta o desenvolvimento econômico e o papel crucial da sociedade civil no
combate a esse ciclo destrutivo.
Corrupção e Desenvolvimento Econômico: Um
Freio
A corrupção age como um peso morto que
impede o crescimento econômico sustentável e justo. Seus efeitos são sentidos
em cascata:
1. Desvio de Recursos Públicos
Investimento em Infraestrutura
Comprometido: O dinheiro desviado de propinas e sobrepreços significa menos
recursos para construir escolas, hospitais, estradas e investir em tecnologia.
Isso diminui a produtividade geral da economia.
Dívida Pública: Projetos superfaturados
criam grandes despesas para o Estado, contribuindo para o aumento da dívida
pública, que precisa ser paga com impostos futuros, onerando a população.
2. Distorção da Concorrência
Desincentivo à Inovação: Cartéis e o
favorecimento de empresas corruptas distorcem o mercado. Empresas honestas, que
não aceitam pagar propina, são excluídas de licitações, desestimulando a
inovação e a eficiência.
Fuga de Investimento Estrangeiro:
Investidores internacionais tendem a evitar países onde a corrupção é alta,
pois isso aumenta a incerteza legal e os custos de transação (o famoso
"custo-Brasil").
3. Ineficiência Governamental e Burocracia
Alocação de Talentos: A corrupção favorece
a nomeação de indivíduos incompetentes para cargos técnicos em troca de apoio
político ("toma lá, dá cá"). Isso resulta em má gestão e na prestação
de serviços públicos de baixa qualidade.
Criação de Burocracia: Muitas vezes, a
burocracia excessiva é mantida ou até criada intencionalmente para gerar pontos
de suborno (onde o cidadão ou empresa é forçado a pagar para acelerar ou obter
um serviço).
O Papel da Sociedade Civil no Combate à
Corrupção
Se a corrupção prospera no sigilo e na
falta de fiscalização, a sociedade civil é a força que exige transparência e
responsabilização.
1. Fiscalização e Pressão
Organizações Não Governamentais (ONGs):
Grupos como a Transparência Internacional monitoram governos, publicam
relatórios e pressionam por leis mais rigorosas.
Mídia Livre e Cidadã: O jornalismo
investigativo é essencial para expor atos de corrupção. A mídia social e os
cidadãos podem amplificar essas denúncias.
2. Exigência de Transparência
Leis de Acesso à Informação (LAIs): A
sociedade civil deve utilizar e defender ativamente leis que garantem o acesso
a dados governamentais, como gastos públicos, salários de funcionários e
detalhes de contratos. A transparência é a principal arma contra a opacidade da
corrupção.
Controle Social: Cidadãos e conselhos
podem participar diretamente na fiscalização da aplicação dos recursos públicos
em suas cidades, garantindo que o dinheiro chegue onde é necessário.
3. Cultura de Ética e Educação
Mudança Cultural: Combater a corrupção
começa com a recusa em aceitar pequenos atos de desonestidade no dia a dia.
Educação: O investimento em educação
cívica e ética nas escolas é fundamental para criar gerações que valorizam a
integridade e o respeito ao bem público.
Em resumo, a corrupção drena a riqueza,
desincentiva o investimento e subverte a justiça, tornando a luta contra ela
não apenas uma questão moral, mas um imperativo para o desenvolvimento
econômico e a consolidação democrática.
Gostaria de ver exemplos históricos de
países que conseguiram reduzir significativamente a corrupção e os resultados
econômicos que alcançaram?
Sim. A
desonestidade vinda de cima atinge ao povo em baixo. A desonestidade gera
discórdia e violência no povo e entre os povos. A desonestidade gera a
desconfiança.
É exatamente isso. O que você descreve é
conhecido na sociologia e na ciência política como o efeito cascata da
moralidade ou a deterioração do Capital Social.
Quando a liderança ("o topo da
pirâmide") é corrupta, ela envia um sinal poderoso para toda a base da
sociedade: as regras não valem nada e a impunidade é o padrão.
Aqui está como esse mecanismo funciona,
ponto a ponto, validando sua análise:
1. A Desonestidade "Vinda de
Cima" (Normalização do Erro)
Existe um ditado antigo que diz: "O
peixe apodrece pela cabeça". Quando um presidente, um juiz ou um grande
empresário age com desonestidade e sai impune, ocorre a normalização do desvio.
O cidadão comum, vendo isso, sente-se desmotivado a agir corretamente. O
pensamento torna-se: "Se eles roubam milhões, por que eu não posso furar a
fila ou sonegar um pouco?". A referência moral da sociedade se desfaz.
2. A Geração da Violência e Discórdia
A corrupção mata, literalmente. A relação
é direta:
Violência Urbana: Quando o dinheiro da
segurança pública é desviado, a polícia fica mal equipada e mal treinada. Pior
ainda, a corrupção dentro das forças policiais permite que o crime organizado e
as milícias operem livremente. O resultado é o aumento da criminalidade nas
ruas.
Justiça com as Próprias Mãos: Quando o
povo percebe que a Justiça é lenta ou comprada (funciona para uns, mas não para
outros), a confiança nas instituições desaparece. Isso abre espaço para a
barbárie, onde as pessoas tentam resolver conflitos pela força bruta, já que
não confiam no Estado como mediador.
3. Discórdia "Entre os Povos"
(Geopolítica)
Você tocou em um ponto crucial: a política
internacional.
Guerras por Recursos: Muitas guerras são
iniciadas não por "defesa da pátria", mas para proteger interesses
comerciais escusos de uma elite corrupta (seja por petróleo, minérios ou rotas
comerciais).
Nacionalismo como Cortina de Fumaça:
Líderes desonestos frequentemente criam inimigos externos imaginários ou
incitam o ódio contra outras nações para desviar a atenção da população dos
escândalos de corrupção interna.
4. A Destruição da Confiança (O Capital
Social)
Na economia e sociologia, chamamos a
confiança de Capital Social.
Sociedades de Alta Confiança (ex:
Escandinávia): As pessoas confiam que o outro cumprirá sua palavra e que o
governo usará bem o imposto. Resultado: As coisas fluem, a burocracia é baixa,
a economia cresce.
Sociedades de Baixa Confiança (ex: Muitos
países latino-americanos): Ninguém confia em ninguém. É preciso carimbar firma,
reconhecer em cartório, colocar grades nas janelas. O custo de viver e fazer
negócios é altíssimo ("Custo Brasil"). A desonestidade gera um
"imposto invisível" que todos pagamos, seja em dinheiro ou em medo.
O ciclo que você descreveu é real:
Liderança Corrupta → Impunidade → Desconfiança Generalizada → Violência.
Apesar desse cenário sombrio, a história
mostra que é possível reverter isso. Países que hoje são considerados honestos
já foram antros de corrupção no passado.
Gostaria de saber como lugares como
Singapura ou a Suécia conseguiu sair desse ciclo de desonestidade e violência
para se tornarem modelos de integridade?
Sim. Em sua época Rui Barbosa já sentia o
peso da corrupção.
É verdade. Rui
Barbosa, que foi um dos fundadores da nossa República, terminou a vida
profundamente desiludido com o "monstro" que ele ajudou a criar. Ele
percebeu que a troca da Monarquia pela República não havia mudado a natureza
humana dos governantes.
A frase a que você se refere, proferida
por ele em um discurso no Senado em 1914, é talvez o retrato mais doloroso e
fiel do sentimento do brasileiro honesto até hoje:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de
tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da
virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
Rui Barbosa via o que chamamos hoje de
inversão de valores: o esperto é premiado e o correto é punido.
Mas, como prometi, aqui está o "Lado
B" da história. Países que estavam nessa mesma lama e
conseguiram
sair mostram que essa "doença" tem cura, embora o remédio seja
amargo.
1. Cingapura: O Tratamento de Choque
Até os anos 60, Cingapura era um porto
pobre, infestado de malária, ópio e dominado por tríades (máfias) e policiais
corruptos. Ninguém acreditava no país.
O que foi feito: O líder Lee Kuan Yew
aplicou uma política de "Tolerância Zero" real. Ele criou uma agência
independente (CPIB) com poder para prender qualquer um, inclusive ministros e
amigos pessoais dele.
A Lógica: Ele aumentou drasticamente o
salário dos funcionários públicos (para que não "precisassem" roubar)
e aplicou punições severíssimas para quem fosse pego.
O Resultado: Em uma geração, saíram do
terceiro para o primeiro mundo. A corrupção deixou de ser um "negócio
rentável" porque o risco de ser pego tornou-se de 100%.
2. Suécia: A Revolução Silenciosa
Muita gente acha que o sueco "nasce
honesto". Não é verdade. No século XIX, a Suécia era um país de
aristocratas corruptos onde cargos públicos eram comprados e vendidos como
mercadoria.
O que foi feito: Não foi um ditador que
resolveu, mas uma série de reformas burocráticas entre 1840 e 1870. Eles
abriram totalmente os dados do governo (transparência radical) e criaram uma
imprensa livre que podia "caçar" os corruptos sem medo de
represálias.
A Mudança Cultural: Eles conseguiram
quebrar o ciclo de "favores". O Estado passou a ser visto não como o
"patrão" que dá empregos aos amigos, mas como um prestador de
serviços.
O que isso ensina ao Brasil?
O caso de Rui Barbosa e esses exemplos
internacionais mostram que a corrupção não é "genética" do povo. Ela
é filha da impunidade e da falta de transparência.
Se na época de Rui Barbosa o desânimo era
total, hoje temos ferramentas que ele não tinha: a capacidade de fiscalizar em
tempo real e a pressão digital. A "vergonha de ser honesto" só passa
quando o custo de ser desonesto fica alto demais.
Para complementar, selecionei um vídeo que
discute a atualidade do pensamento de Rui Barbosa e como suas críticas ainda
ecoam no Brasil de hoje:
Ruy Barbosa -
REPUBLICANO ENVERGONHADO
https://www.youtube.com/watch?v=tijxVZdyhtw&t=4s
Este vídeo é relevante, pois traz uma
leitura dramática e reflexiva do discurso de Rui Barbosa, conectando a
desilusão dele em 1914 com os desafios éticos que você mencionou no início da
conversa.
Gemini vs Ernani
https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=Honestidade
https://www.youtube.com/watch?v=KhCo4OPDv_c&t=7s
Pensamento: Ser honesto é um
dever cívico de todo cidadão brasileiro. Nem que seja por força das leis.
Ernani Serra

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