PRIVATIZAÇÃO É TRAIÇÃO E CRIME DE LESA A PÁTRIA
Dilma Rousseff: "A privatização da Petrobras é uma traição ao Brasil e ao povo".
Ato contra plano do governo de venda de
estatais contou também com a presença de Lula e líderes de movimentos sociais.
Em comemoração aos 67 anos da Petrobras e
em defesa das empresas estatais e dos serviços públicos, foi realizado neste
sábado (3), por meio de redes sociais, o ato “Em Defesa da Soberania Nacional e
Pelo Povo Brasileiro”.
Organizado pelo Comitê de Luta Contra as
Privatizações, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Fórum das Entidades
Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Plataforma Operária e
Camponesa da Água e da Energia, o ato contou com participação dos
ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de parlamentares,
lideranças de movimentos sociais como João Pedro Stedile e Guilherme Boulos,
além de representantes de centrais sindicais.
:: Petrobras completa 67 anos; entenda os
riscos da privatização da empresa ::
O impacto da agenda de privatizações do
governo federal sobre o aumento do desemprego, o preço dos combustíveis e dos
alimentos, além do aumento da degradação da meio ambiente e dos direitos
sociais, foram os principais temas tratados pelos participantes no evento.
O ato ocorreu dois dias depois da votação
do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou
a liberação da venda de refinarias da Petrobras por parte do governo sem aval
do Congresso.
Um dos primeiros a falar, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da luta em defesa da
Petrobras, maior empresa estatal do país, que já vendeu mais de 16,2% de suas
ações, desde 2018.
“A
Petrobras é símbolo da defesa da soberania porque é uma empresa que nasceu por
responsabilidade do povo brasileiro que teve coragem de dizer que o Brasil
tinha petróleo. E acabou se tornando uma empresa que tem capacidade e
conhecimento tecnológico como nenhuma outra empresa no mundo”, afirmou
Lula.
A submissão do atual presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) ao governo norte americano, também foi ponto destacado
por Lula. “Quando você tem um presidente da República
lambendo as botas do governo americano, que é tão troglodita quanto a nossa,
[vemos que] o país está correndo o risco”, afirmou o ex-presidente.
:: Coluna | Privatizar refinarias da
Petrobras: um atentado à razão::
Lula também destacou que soberania diz
respeito à possibilidade da construção de um país que cuida de sua população. “Soberania quer dizer defender nossas fronteiras, mas também
cuidar das nossas florestas, nossa água, cuidar do índio, cuidar do negro. E o
Estado deve assumir a responsabilidade pelo bem estar social de 110 milhões de
brasileiros, e não permitir a interferência de nenhum outro país”,
concluiu Lula.
A relação entre o desmonte de empresas
estatais e a soberania alimentar foi tema tratado pelo representante do
Movimento Trabalhadores Sem Terra (MST), João
Pedro Stedile. Segundo o dirigente, a alta do preço dos alimentos é exemplo
explícito do impacto que as políticas privatistas do governo nas condições de
vida do povo.
“A
alta dos produtos alimentícios que estamos vendo hoje, não é por falta de
produção, e não é porque os agricultores estão ganhando mais, mas sim porque
não há nenhum controle estatal sobre eles. O governo não controla o estoque e
com isso as empresas fazem especulação e colocam o preço que quiserem. E o governo do capitão genocida faz isso porque está se
lixando para a fome e o preço dos alimentos, porque ele é representante do
interesse dos bancos e das corporações", pontuou Stedile.
::Leia mais: Lucros altos, investimentos
baixos: como o desmonte da Petrobras impacta na sua vida::
Empresas públicas como a
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a
Caixa Econômica, que também estão sob ameaça de privatização, têm influência na
capacidade de produção do agricultor. Segundo Stedile, são empresas que fazem a
“retaguarda de apoio aos agricultores, e mesmo na
habitação popular.”
A condição
atual de importante empresa nacional, como os Correios, e a luta dos
trabalhadores da estatal contra seu sucateamento foi fato lembrado por Atnágoras Lopes, representante da CSP
Conlutas.
“Acabamos
de vivenciar a heroica greve dos Correios, de 35 dias, em que foram retirados
mais de 50 direitos históricos dessa categoria, tudo com isso para responder a
sanha desse governo privatista. Por isso é importante lembrar desse um dia para
fortalecer a unidade dos trabalhadores, para enfrentar e inclusive botar para
fora esse governo”; destacou Lopes.
Liderança do Movimento Negro Unificado,
Vania Vieira, enfatizou como o desmonte do estado em processo, defendido
principalmente pelo ministro da economia Paulo Guedes, impacta a vida de todos
os brasileiros, principalmente das mulheres negras e periféricas.
“Enquanto mulher
negra que lutou a vida inteira pelos direitos das mulheres, da juventude e da
população negra em geral, nós somos as que mais perdemos com a venda das
riquezas e perda da soberania do país. Por isso chamamos todos a fazer parte
dessa luta contra a venda das empresas nacionais”, defendeu Vieira.
Finalizando o ato, a ex-presidenta Dilma
Rousseff, denunciou as políticas neoliberais do governo Bolsonaro, alertando
para o fato de que suas medidas desastrosas não são fruto somente de
incompetência, mas representam um método e ação sistêmica.
“Essas políticas
de privatização evidenciam que, subordinado ao liberalismo e subserviente aos
interesses dos EUA, esse governo age deliberadamente para desnacionalizar
nossas riquezas. Tudo isso é uma traição ao Brasil e ao nosso povo”,
afirmou Rousseff.
Concluindo sua fala, ela trouxe a
importância de uma mobilização nacional constante contra o governo, que tenha
como foco a defesa da Petrobras. “Os defensores da
privatização devem ser enfrentados e combatidos energicamente onde quer que
possamos lutar contra eles, pois diante de um governo que produz tanta
devastação não há outro caminho senão lutar para tirá-lo do poder. O futuro do
Brasil será tão mais desastroso quanto mais impunemente se Bolsonaro continuar
agindo contra a Petrobras”, concluiu.
Edição: Lucas Weber
Comentário:
O ex-presidente Lula foi o primeiro a incentivar
os ruralistas a fazerem as pastagens no Amazonas e a derrubarem a floresta,
como um neoliberal a serviço do capitalismo internacional.
A ex-presidenta Dilma disse que privatizar
o Pré-sal era traição ao Brasil e ao seu povo, depois, foi a favor das privatizações
dos ativos da Petrobras, como uma neoliberalista e entreguista.
Ambos têm telhado de vidro e não podem
jogar pedra no telhado do vizinho.
Privatização é sinônimo de traição e de
crimes de lesa a pátria, mas todos os criminosos estão impunes e no governo. A
Justiça está cega e tem medo de represálias das Forças Armadas que estão no
mesmo barco. Todos os políticos são neoliberais e entreguistas dos EUA. O povo
está no mato sem cachorro.
Sem o Pré-sal e a Petrobras o povo está
entregue a sanha dos bandidos estrangeiros que vão esmagar esse povo com
inflação e deflação, vão continuar com os aumentos dos combustíveis e nenhum
presidente poderá fazer nada contra esses piratas internacionais que vão mandar
e desmandar no Brasil.
Contra a alta da inflação só tem um jeito
é congelar os preços para parar com a escalada inflacionária.
Ernani Serra
https://vermelho.org.br/2020/10/04/dilma-afirma-que-privatizar-a-petrobras-e-trair-o-brasil-e-o-povo/
https://veja.abril.com.br/economia/depois-de-arrecadar-r-15-bi-dilma-afirma-que-libra-nao-foi-privatizacao/
https://www.youtube.com/watch?v=K7zEqqoSrDg
Pensamento: Ainda que a traição agrade, o traidor é
sempre odiado.
Miguel de
Cervantes