contador ERNANI - CRONICAS E POESIAS E SONETOS

sábado, 29 de novembro de 2025



A IA FALANDO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

 

     Fale sobre a Lei 15.190 de 2025 de licenciamento ambiental no Congresso Nacional e a fala da ministra Marina Silva.

     A Lei nº 15.190, de 8 de agosto de 2025, é a recém-sancionada Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Ela nasceu de um longo e polêmico debate no Congresso (originada no antigo PL 3.729/2004 e PL 2.159/2021).

     O motivo da sua pergunta provavelmente se deve aos fatos gravíssimos ocorridos nesta última semana de novembro de 2025, quando o Congresso Nacional derrubou a maioria dos vetos do Presidente Lula ao texto, gerando uma forte reação da ministra Marina Silva.

     Aqui está um resumo do cenário atual e da fala da ministra:

     1. O que é a Lei 15.190/2025?

     Esta lei estabelece normas gerais para o licenciamento de atividades que utilizam recursos ambientais ou que são potencialmente poluidoras.

     O Objetivo Declarado: Unificar regras nacionais para dar "agilidade" e segurança jurídica a obras e empreendimentos.

     A Polêmica: Ambientalistas e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) argumentam que o texto cria flexibilizações excessivas, como o "licenciamento autodeclaratório" (LAC - Licença por Adesão e Compromisso) e isenções para diversas atividades, o que pode aumentar o risco de desastres e desmatamento.

     2. O Cenário de Novembro de 2025 (A Derrubada dos Vetos)

     Em agosto de 2025, ao sancionar a lei, o presidente Lula vetou dezenas de trechos considerados perigosos pelo MMA (como a dispensa automática de licenciamento para certas obras e o enfraquecimento da análise de impactos indiretos).

     A Reviravolta: No final de novembro, o Congresso (Câmara e Senado) se reuniu e derrubou 52 dos 63 vetos presidenciais. Isso reinseriu na lei os trechos mais polêmicos que o governo havia tentado barrar.

     3. A Fala de Marina Silva: "Verdadeira Demolição"

     A reação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima foi imediata e dura. Em entrevistas e pronunciamentos nos dias 28 e 29 de novembro, Marina Silva utilizou termos fortes:

     "Demolição da Legislação": Marina classificou a derrubada dos vetos não como um retrocesso, mas como uma "demolição" do sistema de proteção ambiental brasileiro.

     Crítica à "Modernização": Ela afirmou que o discurso parlamentar de "modernizar" a lei é apenas um disfarce para "regressões" que deixam órgãos como o Ibama e o ICMBio de "mãos atadas".

     Risco de Tragédias: A ministra alertou que a lei, da forma como ficou (sem os vetos), irá "potencializar tragédias" ambientais e climáticas, dificultando a prevenção de desastres.

     Judicialização: Marina Silva confirmou que o governo federal deve acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a constitucionalidade dos trechos restaurados pelo Congresso, sob o argumento de que eles violam o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

     Ponto Crítico: Um dos pontos mais criticados por Marina é a mudança nas regras sobre terras indígenas e quilombolas, onde a consulta às comunidades pode ter sido restringida apenas a territórios já homologados ou titulados, ignorando áreas em processo de demarcação.

     Resumo Visual da Disputa

     Ponto da Lei  Visão do Congresso (Ruralistas/Indústria)     Visão de Marina Silva (MMA/Ambientalistas)

Licença Autodeclaratória (LAC)   Agiliza obras de "baixo risco" sem burocracia.      Cria "automatismo" perigoso sem análise técnica real.

     Derrubada de Vetos       

     Restaura a vontade da maioria legislativa e destravará a economia.  "Fere de morte" o licenciamento e expõe a população a riscos.

     Judicialização         Cria insegurança jurídica.    Única via para impedir o "caos ambiental".

     Próximos Passos

     O governo agora prepara a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para enviar ao STF. A ministra reforçou que "não existe desenvolvimento sem clima equilibrado" e que a imagem internacional do Brasil (especialmente após a COP30) pode ser prejudicada.

     Gostaria que eu detalhasse quais foram os pontos específicos dos vetos derrubados (como a dispensa de licenciamento para obras de saneamento ou manutenção de estradas)?

     ... Marina Silva fala sobre licenciamento ambiental em coletiva ...

     Este vídeo é relevante pois traz uma coletiva da ministra Marina Silva discutindo diretamente os riscos e a visão do governo sobre o projeto de licenciamento ambiental, contextualizando suas críticas atuais.

     Ministra Marina Silva concede coletiva sobre licenciamento ambiental - YouTube

     CanalGov · 7,8 mil visualizações

 

 

     Infelizmente, não sabemos de que lado está a verdade ou se tudo não passa de uma armação dos políticos para prestigiar os ruralistas exportadores com a limpeza rápida da floresta desmatada ou do outro não estão querendo permanecer com a burocracia de entraves para ganhar dinheiro de propinas dos ruralistas. Esses órgãos de defesa ambiental que a Marina Silva vem falando, e que, se aprovada a lei no Congresso Nacional esses órgãos ambientais vão ficar inoperantes, mas quando o ministro do meio ambiente Ricardo de Aquino Salles de Bolsonaro apoiava as queimadas e a destruição de todos os ecossistemas do Brasil esses órgãos de proteção ambiental estavam mudos, cegos e surdos.

     Sua frustração é compreensível e reflete o sentimento de muitos brasileiros. É difícil distinguir o que é técnica e o que é jogo de interesses quando o debate vira um "cabo de guerra" político.

     Você tocou em um ponto central: a tensão entre "burocracia que trava e gera corrupção" versus "fiscalização que protege e evita desastres".

     Para ajudar a separar os fatos das narrativas, vamos analisar os três pontos que você levantou com base no histórico recente e no conteúdo dessa nova lei:

     1. "Os órgãos ambientais estavam mudos, cegos e surdos na época de Salles?"

     Aqui é fundamental fazer uma distinção importante entre a Chefia Política (indicada pelo governo) e os Servidores de Carreira (os técnicos concursados do Ibama e ICMBio).

     A Chefia (Política): Sim, durante a gestão de Ricardo Salles, a direção política dos órgãos muitas vezes atuou para paralisar a fiscalização (o famoso episódio de "passar a boiada"). Houve trocas de comandos e ordens que dificultavam o trabalho de campo (como a proibição de destruir máquinas de garimpeiros).

     Os Servidores (Técnicos): Eles não ficaram calados. Pelo contrário, foi um período de guerra interna. Associações de servidores (como a ASCEMA) publicaram dezenas de cartas de repúdio, fizeram denúncias ao Ministério Público Federal contra o próprio ministro e realizaram protestos. Eles denunciavam justamente que estavam sendo "amordaçados" e impedidos de trabalhar.

     A verdade técnica: O órgão não estava cego por vontade própria, mas teve "os olhos vendados" pela gestão política da época.

     2. A Verdade do Lado "Ruralista": Burocracia e Propinas

     O argumento de que a burocracia excessiva cria um "balcão de negócios" (vender dificuldades para vender facilidades) tem, sim, base na realidade brasileira.

     O problema real: Um licenciamento que demora 10 anos sem resposta técnica não protege o meio ambiente; apenas trava o investimento ou empurra o empresário para a ilegalidade.

     A promessa da Lei 15.190: O setor produtivo defende que a nova lei (com a Licença Autodeclaratória - LAC) acaba com a subjetividade do fiscal. Se é tudo automático via sistema, em tese, acaba a chance de um fiscal pedir propina para liberar um papel.

     3. A Verdade do Lado "Ambiental" (Marina Silva): O risco da "Limpeza Rápida"

     O contra-argumento técnico (defendido por Marina e especialistas) é que transformar o licenciamento em algo "automático" (como propõe a lei ao derrubar os vetos) ignora a complexidade da natureza.

     O risco real: Ao permitir a "limpeza rápida da floresta" ou a instalação de obras sem estudo prévio, o prejuízo financeiro futuro (com secas, falta de água para a própria agricultura ou desastres como Brumadinho e Rio Grande do Sul) é muito maior que o lucro imediato da obra.

     A crítica: O argumento é que a lei não apenas "agiliza", mas legaliza o dano. O órgão ambiental não ficaria apenas "inoperante" por burocracia, mas proibido por lei de agir preventivamente em muitos casos.

     Resumo do Cenário

     Não existe um lado puramente "santo".

     Existe um setor produtivo que precisa de agilidade e muitas vezes foi vítima de ineficiência estatal ou corrupção, mas que agora empurrou uma lei que pode ter ido longe demais à flexibilização.

     Existe uma área ambiental que tenta evitar que o Brasil vire um deserto (o que quebraria o próprio agro), mas que às vezes falha em apresentar soluções rápidas e modernas para quem quer empreender corretamente.

     O que muda agora? Com a derrubada dos vetos nesta semana, a balança pendeu totalmente para o lado da agilidade/autodeclaração.

     O teste prático virá em breve: se o desmatamento explodir ou novos desastres ocorrerem sem que o Ibama possa intervir, a tese de Marina Silva terá se confirmado. Se o país crescer de forma sustentável sem burocracia, o Congresso terá acertado. A história recente do Brasil, infelizmente, sugere cautela.

    

 

     Ricardo Salles foi um criminoso ambiental que ainda não foi punido pela justiça.

     É um fato que o ex-ministro Ricardo Salles é alvo de diversas investigações e ações judiciais que apuram crimes ambientais e de corrupção relacionados à sua gestão no Ministério do Meio Ambiente.

     A sua percepção de que ele ainda não foi punido pela Justiça é tecnicamente correta no sentido de que, até o momento (novembro de 2025), não há uma condenação definitiva (trânsito em julgado) por crimes relacionados ao período em que foi ministro.     No entanto, há processos em andamento:

     Status Legal das Acusações

     1. Virou Réu por Contrabando de Madeira

     Processo Principal: O inquérito mais notório é o que investiga a Operação Akuanduba da Polícia Federal, que apura um suposto esquema de corrupção e facilitação de exportação ilegal de madeira da Amazônia.

     Andamento: Após deixar o cargo e perder o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), o caso foi enviado à Justiça Federal do Pará. O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia, e a Justiça aceitou a denúncia em 2023, tornando Ricardo Salles réu por envolvimento no esquema.

     Crimes Investigados: Organização criminosa, corrupção, advocacia administrativa (usar o cargo para defender interesses privados) e facilitação de contrabando.

     2. Condenação por Improbidade Administrativa (Período anterior)

     Condenação de Primeira Instância: Antes de ser ministro, quando era secretário de Meio Ambiente de São Paulo (2016), Salles foi condenado em primeira instância pela Justiça de São Paulo por improbidade administrativa.

     Motivo: A acusação era de que ele teria fraudado o mapa de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê para favorecer empresas.

     Andamento: Esta condenação ainda cabe recurso e tramita na esfera cível, não criminal.

     3. Outros Inquéritos

     Salles também foi alvo de um inquérito no STF (enviado à Justiça comum após sua exoneração) por suposta tentativa de obstruir a fiscalização da Polícia Federal na Operação Handroanthus, que resultou na maior apreensão de madeira ilegal na história do país.

     Medida Cautelar: Durante as investigações no STF, ele teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados, e chegou a ter seu passaporte apreendido por determinação da Ministra Cármen Lúcia.

     Resumo

     Ricardo Salles é um réu em uma ação criminal grave que investiga a exportação ilegal de madeira na Amazônia, mas ainda não foi condenado com decisão transitada em julgado (aquela da qual não cabe mais recurso). O sistema de justiça brasileiro, especialmente em casos complexos envolvendo políticos, é conhecido por sua lentidão.

     O inquérito sobre a Operação Akuanduba, onde ele se tornou réu, é o foco principal para se determinar a punição que você menciona.

    

Gemini vs Ernani

 

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/11/27/congresso-derruba-52-itens-de-veto-a-lei-geral-do-licenciamento-ambiental#:~:text=A%20lei%20do%20licenciamento%20ambiental,os%20empreendimentos%20de%20menor%20impacto.

 

https://www.youtube.com/watch?v=HhYSbteDyfs

 

https://www.youtube.com/watch?v=muVTg_-Xl4A

 

https://www.youtube.com/watch?v=NJLmtLwPJRg&t=6s

 

 

Pensamento: Se você realmente ama a natureza, encontrará beleza em todos os lugares.

 

Vincent van Gogh

Nenhum comentário:

Postar um comentário