Vamos falar do Oriente Médio sobre Israel e
Gasa, o primeiro ministro de Israel Benjamin " Bibi " Netanyahu não
quer um Estado Palestino mesmo depois de vencer o Hamas. Ele deseja a expansão
do território israelita como defesa nacional, ou seja, os inimigos de Israel
ficam mais distantes da Capital e mais fácil para Israel se defender dos mísseis.
A Palestina e Gasa ficando sob o domínio de Israel essa região vai prosperar,
enquanto quando estava com os árabes nada fizeram pelo seu território, ao
contrário, viveram numa região sem eira nem beira e o povo palestino passava
fome e a mercê da caridade internacional e sob o comando do Hamas.
A situação do Oriente Médio,
particularmente no que diz respeito a Israel, Gaza e a questão do futuro do
território palestino, é um assunto de extrema complexidade e sensibilidade, com
múltiplas perspectivas e narrativas históricas, políticas e sociais.
Perspectivas sobre o Conflito e o Futuro
A visão que você apresenta sobre as intenções do Primeiro-Ministro
Benjamin Netanyahu e a potencial prosperidade sob domínio israelense é uma das
várias perspectivas presentes no debate internacional, mas é fundamental
considerar os pontos de vista e fatos mais amplos que compõem este cenário:
A Posição de Israel e a Segurança
Segurança Nacional: A preocupação central de Israel, como você
mencionou, é a segurança nacional. A expansão territorial e o controle de áreas
como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia são frequentemente defendidos por setores
da política israelense como essenciais para criar zonas de defesa e dificultar
ataques com mísseis e infiltrações, citando as ameaças de grupos como o Hamas e
o Hezbollah.
Controle Pós-Hamas: O debate interno em Israel sobre o "dia
seguinte" em Gaza envolve diferentes propostas, que vão desde um controle
de segurança por tempo indeterminado até a busca por uma administração
palestina não ligada ao Hamas. A ideia de anexação total ou negação de um
Estado Palestino é, de fato, a posição de Netanyahu e de outros partidos de
direita em Israel.
A Questão Palestina e o Desenvolvimento
O Direito à Autodeterminação: A maioria da comunidade internacional, as
Nações Unidas e a Autoridade Palestina defendem que a criação de um Estado
Palestino soberano ao lado de Israel (a solução de Dois Estados) é a única via
sustentável para a paz. A população palestina, incluindo a maioria dos
habitantes de Gaza e da Cisjordânia, aspira à autodeterminação e à soberania
sobre seu próprio território.
Fatores de Subdesenvolvimento: Atribuir a falta de desenvolvimento em
Gaza unicamente à liderança árabe ou ao Hamas não reflete a totalidade da
situação. Gaza viveu sob um bloqueio imposto por Israel e Egito desde 2007
(após o Hamas tomar o poder), o que restringiu severamente a movimentação de
pessoas e mercadorias, limitou o acesso a materiais de construção e energia, e
estrangulou a economia local. A situação humanitária em Gaza era cronicamente
precária devido a este bloqueio e às recorrentes operações militares.
Investimento vs. Bloqueio: Houve investimentos internacionais e árabes
em Gaza, mas estes foram frequentemente insuficientes para superar os desafios
estruturais e humanitários impostos pelo bloqueio e a destruição causada pelos
conflitos.
Conclusão do Debate
O cerne da disputa não é apenas sobre a prosperidade econômica, mas
sobre a soberania, a ocupação e os direitos humanos.
Muitos especialistas e líderes internacionais argumentam que a segurança
de Israel a longo prazo só pode ser garantida com o fim da ocupação e o
reconhecimento do direito dos palestinos a um Estado, pois a ausência de esperança
política é um combustível para a radicalização.
A visão de que a prosperidade virá através do controle israelense é
contestada pelo fato de que o domínio militar estrangeiro é geralmente visto
pela população local como uma violação dos seus direitos, o que historicamente
gera resistência (armada ou não) e instabilidade, em vez de pacificação e
desenvolvimento.
É importante buscar informações de diversas fontes (jornalismo
internacional, relatórios de ONGs, análises de think tanks) para compreender a
multiplicidade de fatores que moldam este conflito.
Gostaria que eu procurasse informações sobre as propostas atuais para o
futuro de Gaza após o fim das hostilidades, ou sobre o histórico do bloqueio na
região?
Sim. Israel não vai entregar o território
conquistado depois de ter gasto fortunas no campo bélico e se entregar o Hamas
e o Hezbollah voltará com mais força e
armamentos mais modernos. Quem mandou os terroristas cutucar a onça com vara
curta. Agora aguentem as consequências.
Compreendo a sua perspectiva de que,
após os custos e sacrifícios de guerra, Israel teria um forte incentivo para
manter o controle territorial para garantir sua segurança e evitar o
rearmamento de grupos como o Hamas e o Hezbollah. A ideia de que as ações
desses grupos levaram a consequências inevitáveis é uma visão frequentemente
expressa em relação a este conflito.
No entanto, as implicações de Israel manter o controle total sobre Gaza
ou expandir significativamente o território vão muito além do custo militar e
da punição aos grupos militantes, e estão no cerne do direito internacional e
da diplomacia global.
Para fornecer um contexto mais abrangente sobre as propostas e os
desafios, vou buscar informações atuais sobre as propostas para o futuro de
Gaza após o fim das hostilidades e o histórico do bloqueio. É inegável que a
guerra impõe custos imensos e que, para Israel, o controle de segurança sobre
Gaza é visto como um elemento não negociável para impedir a repetição dos
ataques de 7 de outubro de 2023. A sua observação de que o custo da guerra e a
ameaça de rearmamento futuro motivam a manutenção do controle israelense está
em linha com as declarações de líderes israelenses.
No entanto, a comunidade internacional e a própria história do conflito
colocam desafios significativos a qualquer plano que envolva o controle
permanente ou a anexação de Gaza.
Aqui está um resumo das propostas para o "dia seguinte" em
Gaza e o contexto do bloqueio, conforme as informações mais recentes:
Propostas para o "Dia Seguinte" em Gaza
Há um grande desacordo entre as partes envolvidas (Israel, Estados
Unidos, Autoridade Palestina, e países árabes) sobre quem deve governar Gaza e
garantir sua segurança.
1. A Posição de Israel (Liderada por Netanyahu/Gallant)
O plano do Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e as declarações
de Benjamin Netanyahu apontam para:
Controle de Segurança Israelense: Israel manteria o controle de
segurança geral sobre Gaza, com a presença de soldados, para evitar o
rearmamento e o retorno de grupos militantes.
Ausência de Civis Israelenses: Não haveria assentamentos ou presença
civil israelense em Gaza (visão do Ministro da Defiant, mas setores da
extrema-direita israelense defendem o contrário).
Administração Palestina Não-Hamas: A gestão civil diária do enclave
seria entregue a um órgão palestino local não ligado ao Hamas ou à Autoridade
Palestina atual, mas esse órgão seria guiado por Israel.
Objetivo Final: Desmantelar completamente as "capacidades militares
e governativas" do Hamas.
Reação Internacional: Este plano é rejeitado pela maioria da comunidade
internacional, que o vê como uma continuação da ocupação e uma violação do
direito dos palestinos à autodeterminação. Os EUA, embora aliados, pressionam
por um plano que culmine com uma Autoridade Palestina revitalizada assumindo o
controle.
2. A Posição da Autoridade Palestina (Mahmoud Abbas)
O Presidente Mahmoud Abbas (da Autoridade Palestina, que administra
partes da Cisjordânia) propôs um plano de 12 pontos que exige:
Retirada Total de Israel: Retirada total de Israel da Faixa de Gaza.
Cessar-Fogo Permanente: Um cessar-fogo abrangente e permanente.
Solução de Dois Estados: O plano está
ancorado na criação de um Estado Palestino independente e soberano.
3. A Visão Internacional (EUA, ONU, UE)
A maioria dos atores internacionais (incluindo os EUA, a UE e a ONU)
defende:
Solução de Dois Estados: A única solução de longo prazo deve ser
política, com a criação de um Estado Palestino soberano.
Autoridade Palestina Revitalizada: A administração de Gaza deve ser
transferida para uma Autoridade Palestina reformada, para reunificar Gaza e
Cisjordânia sob um único governo palestino.
Controle Internacional Temporário: Alguns analistas e diplomatas (como o
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em momentos anteriores) sugeriram
um controle internacional temporário (liderado pela ONU ou por um consórcio de
países árabes e ocidentais) para gerir a segurança e a reconstrução até que uma
autoridade palestina estável possa assumir.
Contexto Histórico: O Bloqueio de Gaza
A sua visão de que o subdesenvolvimento em Gaza foi causado apenas pela
gestão árabe é contrariada por décadas de relatórios internacionais que citam o
bloqueio como a principal causa da crise humanitária e econômica:
Fato Histórico Detalhes
Importantes
Início do Bloqueio (2007) Israel
e Egito impuseram um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo após o Hamas assumir
o controle de Gaza, expulsando a Autoridade Palestina (Fatah).
Objetivos Declarados Israel
declarou que o objetivo era enfraquecer o Hamas, impedir ataques com foguetes e
a entrada de armamentos.
Consequências Humanitárias Agências
da ONU e grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional,
classificaram o bloqueio como "punição coletiva" contra os civis
palestinos. Ele restringiu drasticamente:
Movimentação: Pessoas (inclusive pacientes) e mercadorias (incluindo
materiais de construção).
Economia: Sufocando a economia e elevando o desemprego a níveis
altíssimos.
Infraestrutura: Impedindo a manutenção e reconstrução de infraestruturas
essenciais (água, energia, esgoto) danificadas por conflitos anteriores.
Muitos palestinos veem Gaza como a "maior prisão a céu aberto"
do mundo devido a este bloqueio, que existia muito antes do ataque de 7 de
outubro de 2023.
A complexidade reside em equilibrar o direito de Israel à segurança com
o direito dos palestinos à autodeterminação e à vida digna. A maioria do mundo
acredita que o controle permanente de Gaza por Israel apenas perpetuará o ciclo
de violência e resistência.
Gostaria que eu buscasse mais detalhes sobre a posição dos países árabes
(como Arábia Saudita, Egito e Catar) no debate sobre o futuro de Gaza e o
reconhecimento do Estado Palestino?
Sim. O bloqueio do Egito e Israel tem
fundamento de proteção ao seu povo com a criação do Hamas e outros. Os árabes
da Palestina e de Gasa sabiam do poder militar de Israel, infelizmente, os
árabes daquela região foram estúpidos em consentir a presença de terroristas em
seu território, foram mais burros ainda quando entraram em território de Israel
e fizeram um atentado a soberania, ao povo de Israel, um massacre. Israel está
só se defendendo das agressões dos terroristas e árabes daquela região. Uma
palestina disse: Israel tem poder de destruir tudo e todos, ela tinha razão, só
não via, as autoridades palestinas, de Gasa e dos terroristas. Guerra é guerra,
Israel sabe se entregar esses territórios aos árabes vai sofrer no futuro com
invasões mais poderosas e sangrentas. O inimigo quanto mais longe melhor.
Sua análise ressalta o ponto de vista
que justifica as ações e o bloqueio de Israel e Egito como medidas de
autodefesa contra ameaças de grupos como o Hamas. Essa perspectiva vê a resistência palestina,
especialmente o ataque de 7 de outubro de 2023, como um erro estratégico que
justificou a retaliação e a necessidade de controle territorial por parte de
Israel. A ideia de que "o inimigo quanto mais longe melhor" é o
princípio central da doutrina de segurança profunda de Israel.
No entanto, é essencial examinar o papel dos países árabes no cenário
atual, pois eles são atores cruciais que veem o conflito através de uma lente
que equilibra a solidariedade ao povo palestino, seus próprios interesses de
segurança e suas relações diplomáticas com Israel e os Estados Unidos.
Aqui está um resumo da posição de alguns dos principais países árabes no
debate sobre o futuro de Gaza e o Estado Palestino:
Posição dos Países Árabes sobre Gaza e o Futuro
1. Egito
O Egito tem um papel único, pois, além de vizinho de Gaza, é um
parceiro-chave no bloqueio e um mediador histórico.
Bloqueio e Segurança: O Egito justifica sua parte no bloqueio da
fronteira de Rafah com Gaza como uma medida de segurança nacional para evitar a
infiltração de militantes e o contrabando de armas para seu próprio território
(especialmente no Sinai, onde enfrenta insurgentes).
Rejeição à Transferência: O Egito rejeita categoricamente qualquer plano
israelense que force o deslocamento em massa (expulsão) dos palestinos de Gaza
para o Sinai. Isso é visto como uma ameaça à sua segurança e uma violação da
soberania.
Mediação: Atua como o principal mediador entre Israel e o Hamas,
facilitando negociações de reféns e tréguas.
2. Catar
O Catar é um ator influente que se destaca por manter relações com o
Hamas e com os EUA e Israel.
Financiamento e Diplomacia: O Catar fornece apoio financeiro (com o
consentimento de Israel em épocas anteriores) e atua como o principal mediador
nas negociações de libertação de reféns e cessar-fogo.
Futuro de Gaza: Defende a necessidade de uma solução política abrangente
que leve a um Estado Palestino, enfatizando que a eliminação total do Hamas não
é possível apenas pela força militar e que a causa da resistência reside na
ocupação.
3. Arábia Saudita
A Arábia Saudita, líder regional e guardiã dos locais sagrados, tem uma
posição diplomática de grande peso.
Normalização Condicional: Antes da guerra, estava em negociações
avançadas para a normalização de relações com Israel, mas a Arábia Saudita
deixou claro que qualquer acordo exigia concessões significativas de Israel em
relação à criação de um Estado Palestino.
Rejeição à Ação em Gaza: Condena veementemente a operação militar em
Gaza e exige um cessar-fogo imediato, expressando forte solidariedade com o
povo palestino.
Apoio ao Estado Palestino: A sua política de longo prazo exige uma
solução que culmine no estabelecimento de um Estado Palestino com Jerusalém
Oriental como capital, de acordo com a Iniciativa de Paz Árabe.
4. Jordânia
A Jordânia, vizinha de Israel e lar de uma grande população de
refugiados palestinos, também é um ator crucial.
Relação Tensa: As relações com Israel ficaram extremamente tensas devido
à guerra.
Advertências: O Rei Abdullah II alertou que a negação de um Estado
Palestino e a manutenção da ocupação são a receita para a instabilidade
regional duradoura e a futura radicalização.
Papel de Guardião: O país é o guardião dos locais sagrados muçulmanos em
Jerusalém e se opõe a qualquer mudança no status quo de Al-Aqsa/Monte do
Templo.
Conclusão sobre a Perspectiva Árabe
O consenso entre os principais países árabes é que a segurança de Israel
a longo prazo, embora reconhecida como importante, não pode ser alcançada
apenas por meio do controle militar permanente ou da negação dos direitos
palestinos.
Eles acreditam que:
A solução de Dois Estados é a única forma de evitar novos conflitos.
O controle de Israel sobre o território só levará a um aumento da
resistência (como você mencionou, Israel teme que o inimigo volte mais forte).
A reconstrução de Gaza deve ser supervisionada por uma autoridade
palestina unificada e legítima (a Autoridade Palestina revitalizada) e não por
Israel, para que o processo seja visto como sustentável e legítimo pelos
palestinos.
Em essência, a visão árabe é que, embora o Hamas tenha desencadeado a
crise com o ataque de 7 de outubro, a causa subjacente da instabilidade é a
ocupação e a falta de perspectiva política para os palestinos. Manter o
controle apenas garantirá um inimigo cada vez mais determinado no futuro.
Gostaria de saber mais sobre a visão da Autoridade Palestina
revitalizada que os EUA e países árabes querem que administre Gaza?
Sim. Não vai haver
paz mesmo que Israel entregue o território ocupado porque esse conflito vem
desde quando os israelenses invadiram o território árabe e construiu o Estado
de Israel.
Sua afirmação toca no cerne histórico do
conflito israelo-palestino, que é o choque entre dois povos com reivindicações
históricas e religiosas concorrentes sobre o mesmo território.
Você está correto ao apontar que a raiz do conflito não é apenas uma
questão de fronteiras pós-guerra, mas sim a própria existência e as fronteiras
do Estado de Israel, criado em 1948, em terras que eram majoritariamente
habitadas por árabes palestinos, o que os palestinos chamam de Nakba
(Catástrofe).
A Profundidade Histórica do Conflito
O conflito é uma disputa territorial e identitária que, para muitos
palestinos, começou com a chegada dos movimentos sionistas e a subsequente
fundação de Israel:
A Perspectiva Palestina: Muitos palestinos veem Israel como um projeto
colonial que os desalojou de suas terras. Para eles, a paz não é apenas uma
questão de devolver a Faixa de Gaza ou a Cisjordânia (territórios ocupados em
1967), mas de lidar com as questões centrais de direito de retorno para os
refugiados de 1948 e o reconhecimento de suas perdas históricas.
A Perspectiva Israelense: Para a maioria dos israelenses, a criação de
Israel foi o retorno à sua pátria ancestral após séculos de perseguição,
culminando no Holocausto. A segurança do Estado de Israel e a sua permanência
dentro de fronteiras defensáveis são vistas como uma necessidade existencial e
não negociável.
Por Que a Paz é Vista como Improvável por Muitos
A sua conclusão de que "não vai haver paz mesmo que Israel entregue
o território ocupado" é um sentimento partilhado por muitos que veem o
conflito como intratável por estas razões:
Não Apenas Território: A paz exigiria mais do que apenas a retirada de
Gaza e Cisjordânia (territórios de 1967). Exigiria o debate sobre:
Jerusalém: Ambas as partes reivindicam Jerusalém como sua capital.
Refugiados: O destino de milhões de refugiados palestinos.
Reconhecimento: O reconhecimento mútuo do direito do outro a existir em
segurança.
O Fim do Hamas e Outros Grupos: Grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica
não lutam apenas contra a ocupação de 1967, mas contra a existência de Israel.
Para esses grupos, a retirada das fronteiras de 1967 não traria paz, mas seria
vista apenas como uma vitória parcial e um passo para a "libertação"
de toda a Palestina.
Ameaças Existenciais Mútuas:
Israel teme que a retirada para as fronteiras de 1967 crie um Estado
palestino não democrático e falido, usado como base para futuros ataques mais
destrutivos, ameaçando a sua sobrevivência.
Palestinos temem que qualquer solução que não inclua soberania total e o
fim de todos os assentamentos seja apenas uma continuação da ocupação sob outro
nome.
A "Autoridade Palestina Revitalizada" como Próximo Passo
Apesar da dificuldade em alcançar uma paz total, a comunidade
internacional (incluindo os EUA e os países árabes) está focada em tentar um
passo intermediário: evitar o caos e estabelecer uma governança estável em Gaza
que não seja o Hamas ou o controle militar israelense.
É neste ponto que entra a ideia de uma Autoridade Palestina (AP) revitalizada
que você pediu para eu detalhar:
Foco O que é a Autoridade
Palestina Revitalizada?
O que é AP? A Autoridade
Palestina é o órgão de governo palestino internacionalmente reconhecido que
atualmente administra partes da Cisjordânia.
O Problema: É vista por muitos
(incluindo muitos palestinos e Israel) como frágil, ineficaz, e corrupta, e não
tem legitimidade em Gaza (pois foi expulsa pelo Hamas em 2007).
A Solução Proposta: Os EUA e
seus aliados propõem uma reforma profunda da AP (nova liderança, combate à
corrupção, treinamento de segurança) para que ela possa:
Objetivo Final: 1. Assumir a
administração civil e de segurança em Gaza após a guerra. 2. Unificar Gaza e a
Cisjordânia sob uma única autoridade palestina. 3. Servir como o parceiro
palestino legítimo nas futuras negociações de paz para a Solução de Dois
Estados.
O Grande Desafio: Israel (Netanyahu) opõe-se à AP em sua forma atual e
não confia nela, enquanto o público palestino em Gaza provavelmente não a
aceitará a menos que ela seja vista como uma força verdadeiramente independente
e não um agente de Israel.
Para prosseguir, gostaria que eu focasse em um dos seguintes pontos para
detalhar a dificuldade do conflito?
Os desafios práticos (logísticos e políticos) para a reconstrução de
Gaza.
A Solução de Dois Estados: O que exatamente ela exige de cada lado e por
que falhou até agora.
Sim. Israel deveria ficar com todo
território ocupado mesmo com a presença dos árabes (população atual) mas, com poder
de governança e de transformar em um grande Estado de Israel. Os árabes sabe
que não podem militarmente com Israel e portanto ficam e ficaram quietos em
seus países. Israel tem o apoio bélico dos EUA quando deveriam ter as suas
próprias indústrias bélicas sem precisar dos EUA. Os EUA está fornecendo aviões
modernos de guerra aos árabes pondo em perigo o poder aéreo de Israel.
Sua visão aponta para uma solução em que
Israel exerce soberania total sobre os territórios ocupados (Gaza e
Cisjordânia), incorporando a população árabe palestina, mas mantendo o controle
total da governança, com o objetivo de criar um "Grande Estado de
Israel" seguro e próspero. Você levanta pontos importantes sobre a
disparidade militar e a dinâmica de poder regional, incluindo o papel dos EUA.
Vamos analisar as implicações dessa proposta e o contexto geopolítico
que você mencionou:
Os Desafios da Anexação e Soberania Total
A anexação total dos territórios ocupados, embora desejada por setores
da direita israelense, apresenta desafios demográficos, políticos e legais
enormes, que são a principal razão pela qual Israel, historicamente, evitou
essa ação:
1. O Desafio Demográfico
Ameaça à Identidade Judaica: Se Israel anexasse a Cisjordânia e Gaza
(onde vivem milhões de palestinos), teria que decidir o status dessa população.
Se lhes fossem concedidos direitos de voto e cidadania total, os
palestinos (com altas taxas de natalidade) poderiam, em poucas décadas, se
tornar a maioria, ameaçando a identidade de Israel como um Estado Judeu e
Democrático.
Se lhes fosse negada a cidadania (o status quo em grande parte da
Cisjordânia), Israel seria legalmente acusado de manter um regime de Apartheid
ou ocupação permanente, o que teria consequências devastadoras em termos de
legitimidade internacional e sanções.
2. O Desafio Legal e Internacional
Direito Internacional: A anexação de território adquirido pela força
militar é ilegal sob o direito internacional (especificamente a Carta da ONU).
O mundo não reconhece a soberania de Israel sobre a Cisjordânia (e a comunidade
internacional considera Gaza território ocupado, mesmo após a retirada dos
assentamentos).
Isolamento Global: A anexação total resultaria em isolamento diplomático
para Israel, incluindo a possível retirada do apoio de muitos países europeus
e, possivelmente, uma reavaliação da sua relação com os EUA.
3. O Desafio de Segurança
A incorporação da população palestina contra a sua vontade não garante a
paz. Pelo contrário, historicamente, o controle forçado gera um aumento da
resistência civil e armada e revoltas, tornando a segurança de Israel mais
difícil de manter, e não mais fácil.
A Dinâmica Geopolítica: Israel, EUA e Países Árabes
Você levanta um ponto crucial sobre a dependência bélica e a política de
defesa dos EUA na região.
1. O Apoio Bélico dos EUA a Israel
O apoio militar dos EUA a Israel é uma pedra angular da política externa
americana, garantido por um acordo de assistência militar de US$ 3,8 bilhões
por ano. Este apoio é motivado por:
Interesses Estratégicos: Garantir a estabilidade regional e apoiar seu
principal aliado democrático no Oriente Médio.
Poder de Dissuasão: O apoio dos EUA garante a superioridade militar
qualitativa de Israel (Qualitative Military Edge - QME), que é fundamental para
manter a dissuasão contra seus vizinhos e a estabilidade regional.
2. Venda de Armamentos a Países Árabes
Você está correto ao notar que os EUA também fornecem equipamentos militares
avançados para países árabes-chave (como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes
Unidos), o que, à primeira vista, parece enfraquecer a vantagem de Israel.
Manutenção da Balança de Poder: A política americana busca manter a QME
de Israel, mas também fortalecer parceiros árabes moderados (que fazem parte da
luta contra o Irã) e garantir a estabilidade em países como o Egito e a Arábia
Saudita.
Normalização e Influência: A venda de F-35 aos Emirados Árabes Unidos,
por exemplo, foi ligada aos Acordos de Abraão (normalização das relações com
Israel). A ideia é usar a cooperação de segurança como um mecanismo para
integrar Israel na arquitetura de segurança regional, reduzindo a probabilidade
de conflitos entre os estados.
3. A Questão da Indústria Bélica
Israel possui uma indústria de defesa
altamente avançada e globalmente reconhecida (desenvolvendo tecnologias como o
Iron Dome, sistemas de mísseis e aviônica avançada). Embora dependa dos EUA
para suprimentos e fundos para a aquisição de sistemas avançados (como o F-35),
Israel é, de fato, um grande produtor e exportador de tecnologia militar. A
ajuda americana é crucial, mas Israel não está desprovido de capacidade
produtiva própria.
Em suma, embora sua proposta de anexação garanta a máxima distância de
segurança, ela impõe riscos existenciais à identidade democrática de Israel e
provavelmente levaria a um aumento da instabilidade, em vez de um "Grande
Estado de Israel" pacífico.
Para prosseguir com o debate, podemos focar na Solução de Dois Estados:
O que exatamente ela exige de cada lado e por que falhou até agora?
A outra solução deveria então Israel dividir a
Faixa de Gaza ao meio ficando de um lado os israelitas e do outro a população
de Gaza e Palestina. Só assim ficaria cada um no seu quadrado e Israel não
seria obrigado a entregar os territórios ocupados aos árabes novamente.
A sua sugestão de dividir a Faixa de
Gaza ao meio, com uma parte controlada por Israel e a outra pela população
palestina de Gaza, é uma tentativa de encontrar um meio-termo que garanta a
segurança de Israel sem exigir a retirada total dos territórios.
Entretanto, essa proposta enfrenta desafios significativos com base nas
realidades geográficas, políticas e históricas do conflito.
Os Desafios da Divisão Territorial de Gaza
1. Realidade Geográfica
Tamanho de Gaza: A Faixa de Gaza é um território minúsculo, com apenas
cerca de 41 quilômetros de comprimento e entre 6 e 12 quilômetros de largura. É
uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.
Densidade Populacional: A divisão da Faixa ao meio concentraria ainda
mais os mais de 2 milhões de palestinos em uma área já exígua, tornando a vida
insustentável e a administração civil e humanitária impossível.
2. Isolamento e Inviabilidade
Fragmentação de Israel: A ideia de Israel ficar com metade de Gaza
criaria um novo enclave israelense cercado por milhões de palestinos hostis.
Isso seria um enorme fardo de segurança e um alvo fácil para ataques de mísseis
e infiltrações.
Inviabilidade de um Estado Palestino: A população de Gaza e a Autoridade
Palestina não aceitariam um território cortado ao meio e sem acesso pleno a
portos, aeroportos e recursos. A divisão e a fragmentação do território
palestino (já existente devido à Cisjordânia e Gaza não serem contíguas) é o
principal obstáculo para a criação de um Estado Palestino viável e soberano.
3. O Objetivo da Paz
A divisão territorial unilateral é vista pelos palestinos como uma
continuação da ocupação e da injustiça, o que contradiz o objetivo de alcançar
a paz.
A proposta não resolveria as questões centrais da soberania, dos
refugiados e de Jerusalém, apenas mudaria a linha de frente do conflito. O
Hamas e outros grupos de resistência continuariam a lutar pela libertação total
de toda Gaza e dos territórios de 1948.
A Solução de Dois Estados: A Proposta Apoiada pela ONU e Países Árabes
A solução que busca dividir o território de forma viável e reconhecida
por ambos os lados é a de Dois Estados, que é a política oficial de quase toda
a comunidade internacional e a espinha dorsal de qualquer negociação de paz.
Esta solução exige um acordo mútuo sobre a divisão de terras baseada, em
grande parte, nas fronteiras de 1967 (antes da Guerra dos Seis Dias), com
ajustes negociados para o benefício mútuo.
O que a Solução de Dois Estados Exige:
De Israel Da Palestina
Retirada: De grande parte da Cisjordânia, de Gaza e de Jerusalém
Oriental. Reconhecimento: O
reconhecimento total e permanente do Estado de Israel dentro de fronteiras
seguras e acordadas.
Desmantelamento de Assentamentos: Remoção da maioria dos assentamentos
israelenses na Cisjordânia (ou troca de terras equivalentes). Fim da Luta Armada: O fim permanente da
violência e do terrorismo por parte de todos os grupos armados palestinos.
Jerusalém: Partilha de Jerusalém de
forma a que Jerusalém Oriental seja a capital do Estado Palestino. Refugiados: Aceitação de que a maior
parte dos refugiados de 1948 terá que se reassentar no novo Estado Palestino e não em Israel (direito de retorno
limitado).
Por Que a Solução de Dois Estados Falhou Até Agora:
Assentamentos: Israel continuou a construir assentamentos na
Cisjordânia, tornando cada vez mais difícil a retirada e a criação de um Estado
Palestino contíguo e viável.
Liderança Fraca: Os líderes palestinos (Autoridade Palestina e Hamas)
não conseguiram apresentar uma frente unida ou um parceiro de paz
suficientemente forte para negociar um acordo duradouro e garantir que ele
seria implementado.
A Questão do Reconhecimento: A recusa de grupos radicais palestinos em
reconhecer Israel e a recusa de alguns líderes israelenses em aceitar um Estado
Palestino soberano minam a base de qualquer acordo.
A sua proposta de dividir Gaza é geograficamente e politicamente
insustentável. O foco principal da diplomacia é em como reviver a ideia de Dois
Estados, mesmo que pareça inviável após a guerra.
Gostaria de saber mais sobre o histórico dos assentamentos israelenses
na Cisjordânia e como eles se tornaram o principal obstáculo físico à solução
de Dois Estados?
Sim. Apesar de todos esses obstáculo
Israel não vai entregar os territórios ocupados de mão beijada. Israel não vai
dar atenção aos órgãos internacionais e muito menos as leis. Acima de tudo isso
está a soberania do povo de Israel. O mundo inteiro está gritando e Israel não
dá a mínima, vai faze o que é necessário e o melhor para o seu povo.
Sua análise reflete a dura realidade da política
de poder e da soberania nacional, especialmente em contextos de ameaça
existencial. É uma visão comum que, para Israel, a segurança de seu povo e a
sobrevivência do Estado superam as pressões e as exigências da comunidade
internacional.
Você está correto ao observar que Israel historicamente demonstrou uma
grande capacidade de resistir à pressão internacional quando sente que sua
segurança está em jogo.
Soberania vs. Direito Internacional
A sua perspectiva pode ser resumida em dois pontos centrais que guiam as
decisões atuais de Israel:
Soberania Acima da Lei: A percepção de que, em um conflito existencial,
a obrigação primária do Estado é para com a segurança de seus cidadãos, e não
para com as normas internacionais que são vistas como insuficientes para
garantir essa segurança.
A Memória Histórica: A crença de que a retirada de territórios (como a
retirada total de Gaza em 2005) levou ao aumento da violência e do armamento,
reforçando a ideia de que "entregar territórios" é um risco de
segurança inaceitável.
No entanto, mesmo que Israel priorize sua soberania, ignorar totalmente
as leis e os órgãos internacionais tem um custo significativo.
Custos da Desconsideração: A contínua desconsideração por resoluções da
ONU e por pedidos de organizações internacionais (como o Tribunal Penal
Internacional) pode levar a consequências graves, incluindo:
Isolamento Diplomático: Perda de apoio de nações aliadas.
Sanções Econômicas: Impostas por blocos como a União Europeia ou por
nações individuais.
Legal: Processos em tribunais internacionais contra indivíduos.
Histórico dos Assentamentos: O Obstáculo Físico à Paz
A questão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia é o exemplo mais
concreto de como Israel tem agido consistentemente para priorizar a presença no
território, ignorando as demandas internacionais e criando um fato consumado no
terreno.
Período Ação de Israel Consequência
Após 1967 Israel ocupou a
Cisjordânia e começou a estabelecer assentamentos (comunidades civis) em terras
que o direito internacional considera ocupadas. Os
assentamentos, inicialmente pequenos, começaram a se expandir.
Expansão Contínua Governos
israelenses, tanto de direita quanto de esquerda, continuaram a expandir os
assentamentos (oficialmente ou através de "postos avançados"). A população de colonos na Cisjordânia
(excluindo Jerusalém Oriental) supera 450.000 pessoas (dados de 2023), além dos
mais de 200.000 colonos em Jerusalém Oriental.
Obstáculo Físico A construção de
assentamentos, estradas de acesso exclusivas e postos de controle fragmentou o
território palestino, tornando quase impossível criar um Estado Palestino
contíguo e viável. Muitos
especialistas e líderes palestinos afirmam que a expansão contínua dos
assentamentos matou a Solução de Dois Estados de facto (na prática).
Posição Legal A comunidade
internacional (incluindo os EUA) considera os assentamentos ilegais sob o
direito internacional. Israel os considera legais ou não-questão, citando laços
históricos e religiosos com a terra. A
política de assentamentos é a principal fonte de atrito entre Israel e seus
aliados sobre o tema da ocupação.
Em essência, a construção e a expansão dos assentamentos demonstram a
sua premissa: Israel tem agido no que considera ser seu interesse de segurança
e histórico, criando uma realidade física no terreno que torna a retirada e a
entrega do território incrivelmente complexas, independentemente das pressões
externas. A reversão dos assentamentos envolveria o desalojamento de centenas
de milhares de cidadãos israelenses, o que é politicamente inviável para
qualquer governo.
Gemini vs
Ernani
Pensamento: A guerra é o maior dos
crimes, mas não existe agressor que não disfarce seu crime com pretexto de
justiça.
Voltaire
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