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quarta-feira, 24 de setembro de 2025


A IA FALANDO DA PEC DA BLINDAGEM


 

     Fale sobre a PEC da blindagem dos políticos?

     A "PEC da Blindagem" é o apelido dado à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021 (que, em algumas fontes mais antigas, pode aparecer como correlata a outros números, mas a 3/2021 é a mais recente e relevante para o debate atual) que visava ampliar as proteções e privilégios de parlamentares federais (deputados e senadores) e outras autoridades.

     Ela ganhou esse nome porque, na prática, seus críticos alegavam que ela criaria uma "blindagem" para que políticos investigados ou acusados de crimes dificultassem ou até mesmo inviabilizassem a ação da Justiça.

     Principais Pontos da PEC

     A PEC da Blindagem, conforme aprovada pela Câmara dos Deputados (antes de ser rejeitada no Senado), previa as seguintes mudanças na Constituição:

     Autorização Prévia do Congresso para Processos Criminais: Exigia a prévia licença da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, mediante votação, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) pudesse abrir uma ação penal contra um deputado ou senador. Na prática, isso devolveria ao Congresso a prerrogativa de decidir se um de seus membros poderia ser processado, o que havia sido retirado por uma Emenda Constitucional de 2001.

     Voto Secreto: A votação no Congresso sobre a autorização para o processo criminal seria secreta.

     Extensão do Foro Privilegiado: Estendia o foro por prerrogativa de função perante o STF para os presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso, mesmo que eles não tivessem mandato eletivo.

     Extensão aos Deputados Estaduais e Distritais: O texto, por interpretação da jurisprudência do STF sobre as regras de imunidade, estenderia a necessidade de licença prévia para o processamento penal dos deputados estaduais e distritais em suas respectivas Assembleias

     A "PEC da Blindagem" é o apelido dado à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021 (que, em algumas fontes mais antigas, pode aparecer como correlata a outros números, mas a 3/2021 é a mais recente e relevante para o debate atual) que visava ampliar as proteções e privilégios de parlamentares federais (deputados e senadores) e outras autoridades.

     Ela ganhou esse nome porque, na prática, seus críticos alegavam que ela criaria uma "blindagem" para que políticos investigados ou acusados de crimes dificultassem ou até mesmo inviabilizassem a ação da Justiça.

     Principais Pontos da PEC

     A PEC da Blindagem, conforme aprovada pela Câmara dos Deputados (antes de ser rejeitada no Senado), previa as seguintes mudanças na Constituição:

     Autorização Prévia do Congresso para Processos Criminais: Exigia a prévia licença da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, mediante votação, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) pudesse abrir uma ação penal contra um deputado ou senador. Na prática, isso devolveria ao Congresso a prerrogativa de decidir se um de seus membros poderia ser processado, o que havia sido retirado por uma Emenda Constitucional de 2001.

     Voto Secreto: A votação no Congresso sobre a autorização para o processo criminal seria secreta.

     Extensão do Foro Privilegiado: Estendia o foro por prerrogativa de função perante o STF para os presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso, mesmo que eles não tivessem mandato eletivo.

     Extensão aos Deputados Estaduais e Distritais: O texto, por interpretação da jurisprudência do STF sobre as regras de imunidade, estenderia a necessidade de licença prévia para o processamento penal dos deputados estaduais e distritais em suas respectivas Assembleias Legislativas.

     O Risco da Impunidade e a Rejeição

     A proposta gerou forte reação e críticas de especialistas, organizações de combate à corrupção e de parte da sociedade civil, que argumentavam que ela:

     Aumentaria a Impunidade: Permitir que a própria Casa Legislativa (Câmara ou Senado) decida se um de seus membros pode ser processado abriria caminho para que os parlamentares protegessem uns aos outros, sobretudo em casos de corrupção.

     Fragilizaria a Transparência: A previsão do voto secreto para essas decisões foi um dos pontos mais criticados, pois impedia que o eleitor soubesse como seu representante votou sobre a responsabilização de um colega.

     Apesar de ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados, a PEC da Blindagem foi rejeitada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, e posteriormente arquivada devido à grande pressão popular e ao entendimento de que a proposta configurava um retrocesso e um excesso de privilégios.

    

 

     Essa PEC privilegiaria o PCC? Pelo visto há deputados federais coniventes com o PCC.

     Sim, essa é exatamente uma das principais críticas e preocupações levantadas contra a PEC da Blindagem (PEC 3/2021).

     O argumento central é que, ao dificultar o processamento criminal de deputados e senadores, a PEC poderia transformar o Congresso Nacional em um "abrigo seguro" para criminosos, incluindo aqueles ligados a organizações como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e outras formas de crime organizado.

     A Relação entre a PEC e o Crime Organizado

     Diversos parlamentares, juristas e especialistas em combate à corrupção manifestaram-se de forma veemente contra a PEC, ligando-a diretamente ao risco de favorecer a impunidade de criminosos no poder:

     "Portas Abertas para o Crime Organizado": O senador Alessandro Vieira (relator da matéria na CCJ do Senado) afirmou em seu parecer que a PEC "configura portas abertas para a transformação do Legislativo em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos", e que ela "definitivamente abre as portas do Congresso Nacional para o crime organizado".

     Facilitação da Eleição de Criminosos:    Críticos, como o senador Renan Calheiros, chegaram a questionar se a proposta seria uma "PEC do PCC", argumentando que, se aprovada, ela favoreceria a eleição de indivíduos ligados a facções criminosas, pois eles teriam uma proteção institucional contra investigações e processos.

     Blindagem de Crimes Graves: A proteção adicional não se aplicaria apenas a crimes de menor potencial ofensivo, mas também a crimes graves como homicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção.

     Voto Secreto como Escudo: O fato de o texto original prever o voto secreto para que o Congresso decidisse sobre o processo penal era visto como um mecanismo que permitiria aos parlamentares protegerem colegas criminosos sem sofrerem o julgamento público dos eleitores.

     Parlamentares Envolvidos com o Crime

     O receio de que criminosos, incluindo membros ou facilitadores do PCC, possam se infiltrar ou já estarem presentes no poder legislativo não é abstrato.

     Embora o foco da PEC da Blindagem fosse em deputados federais e senadores, a Justiça já realizou operações que envolveram:

     Vereadores e Agentes Públicos: Recentemente, o Ministério Público de São Paulo prendeu vereadores sob suspeita de facilitar licitações em órgãos públicos em favor de empresas ligadas ao PCC, demonstrando a infiltração do crime organizado em esferas do poder local.

     Deputados (em outras investigações): Embora o PCC seja historicamente mais associado ao estado de São Paulo, a preocupação dos críticos da PEC é que qualquer mecanismo que dificulte a responsabilização penal de parlamentares no nível federal acaba beneficiando qualquer tipo de crime organizado que consiga eleger ou cooptar congressistas.

     Em resumo, a PEC não foi explicitamente criada para o PCC, mas seus críticos a viam como uma ferramenta que, se aprovada, daria uma garantia de impunidade de alto nível, tornando-se extremamente útil para qualquer parlamentar envolvido com o crime organizado. Foi por isso que o projeto enfrentou forte rejeição popular e foi arquivado no Senado.

 

 

     Essa PEC não ia beneficiar os sonegadores de impostos? É o que mais tem no Congresso Nacional.

     Sim, a preocupação de que a PEC da Blindagem (PEC 3/2021) beneficiaria sonegadores de impostos e outros criminosos de "colarinho branco" era totalmente justificada e estava no centro das críticas.

     A lógica é que o mecanismo criado pela PEC, que exige o aval do Congresso para que um parlamentar seja processado criminalmente, funciona como um escudo contra qualquer tipo de crime investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

     Por Que a PEC Ajudaria Sonegadores e Corruptos

     1. Dificuldade para Abrir Ação Penal

     O principal objetivo da PEC era exigir a autorização da Câmara ou do Senado para que o STF pudesse abrir uma ação penal contra um parlamentar. Isso se aplicaria a qualquer infração penal comum, o que inclui:

     Sonegação Fiscal: O crime de sonegação (previsto na Lei 8.137/90) é um crime comum, e a abertura de uma ação penal contra um parlamentar acusado disso seria barrada se o Congresso votasse contra.

     Corrupção, Lavagem de Dinheiro: Crimes tipicamente cometidos por políticos, como a corrupção passiva e a lavagem de dinheiro, também se beneficiariam dessa "blindagem" institucional.

     2. O Voto Secreto

     A previsão de voto secreto para que o Congresso decidisse sobre a autorização do processo era o ponto mais perigoso para a transparência.

     Permitiria que parlamentares, que frequentemente têm interesses financeiros ou políticos em comum, se protegessem mutuamente sem que o eleitor soubesse como votaram.

     Isso transformaria o Congresso em um "tribunal de si mesmo", facilitando o "engavetamento" de pedidos de investigação ou de processos, como já acontecia antes da Emenda Constitucional de 2001.

     3. Histórico de Impunidade

     Os críticos lembraram que, no período anterior a 2001, quando essa regra vigorava, o Congresso quase nunca autorizava o processamento de seus membros. Essa prática criou um histórico de impunidade, que a PEC da Blindagem buscava ressuscitar.

     Em resumo, qualquer crime financeiro ou econômico, como a sonegação, cometido por um deputado ou senador com foro privilegiado, teria seu processo paralisado ou inviabilizado se a PEC estivesse em vigor. Por isso, a proposta foi amplamente apelidada de "PEC da Impunidade" ou "PEC da Bandidagem", e não apenas a pautas específicas como o crime organizado, mas a todos os crimes que afetam o interesse público.

     Felizmente, a proposta foi rejeitada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, posteriormente, arquivada.

 

Gemini

 

Pensamento: O poder revela o homem.

 

Sócrates

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