
CRIOGENIA
Vida após a morte? Bilionário diz que será congelado para reviver no
futuro; entenda se técnica faz sentido e o que diz a ciência.
Técnica é conhecida como criogenia e faz o processo de resfriamento de
corpos com nitrogênio líquido até atingir os -196ºC. A esperança é de que a
ciência, no futuro, seja capaz de trazer corpos preservados de volta à vida. Por
Fernanda Berlinck, g1
10/05/2023 15h40 Atualizado há 2
meses
Peter Thiel, bilionário e cofundador do PayPal, disse que será congelado
e preservado quando morrer para que tentem revivê-lo no futuro. Apesar de ter
se inscrito para o congelamento, Thiel diz não acreditar que a tecnologia vá
funcionar.
O método de congelamento após a morte é conhecido como criogenia e já é
usado internacionalmente por clínicas de fertilização e hospitais para
conservar partes do corpo humano, como esperma, óvulos, células sanguíneas e
embriões.
De acordo com o Instituto de Criogenia de Michigan, nos Estados Unidos,
a criônica é uma técnica destinada a salvar vidas e prolongar a vida útil. O
procedimento resfria pessoas "legalmente mortas" na esperança de que
técnicas científicas futuras consigam, em algum momento, reviver e restaurar
estes corpos e órgãos.
Uma pessoa mantida em tal estado
é considerada um "paciente criopreservado", já que o instituto não
entende que a pessoa criopreservada é uma pessoa morta.
Para entender a técnica, o g1 conversou com o professor e doutor
Francisco Guimarães, pesquisador do Grupo de Óptica do Instituto de Física de
São Carlos (IFSC/USP). Veja, abaixo, o que se sabe sobre a criogenia:
Como é feita a
criopreservação?
Francisco Guimarães explica que a técnica de criopreservação faz o
resfriamento de coisas e, no caso de humanos, tem como objetivo diminuir o
movimento do corpo humano, de moléculas e, assim, vai retirando a energia
térmica que faz as coisas se movimentarem.
"O nosso corpo é formado 70% por água, e a primeira coisa nesse
processo é que a gente congela a água do corpo, tudo vai ficando estático,
parando, todo o metabolismo responsável pela vida, aquele calor, aquela
energia, aquelas moléculas. Tudo se baseia no movimento dessas moléculas, se
você congela isso, você para tudo", comenta o pesquisador.
"É como se você parasse a idade da pessoa, preservando inclusive a
degradação", diz. Isto é, quando uma pessoa morre, o processo natural é o
de degradação e, com o resfriamento do corpo, até mesmo as bactérias ficam
estáticas, ficam imóveis.
O que acontece no processo de criopreservação de corpos é que a pessoa
morta passa por um processo de congelamento e o corpo é armazenado dentro de um
recipiente hermeticamente fechado, onde a temperatura será reduzida lentamente
com nitrogênio líquido até atingir os -196ºC.
A esperança é de que a ciência, no futuro, seja capaz de trazer essas
pessoas de volta à vida.
Como a criogenia é aplicada
atualmente?
Os processos de congelamento de óvulos, espermatozoides ou embriões são feitos
com a técnica criogênica. O pesquisador conta que a aplicação de esfriamento é
muito ampla, e que se usa muito para preservar células ou algo que será objeto
de estudo no futuro.
"Por exemplo: um vírus da Covid, se eu quero preservar, eu uso a
técnica de criogenia para preservá-lo e estudar em qualquer outra época. Existe
uma preocupação muito grande com as geleiras na Terra porque muitos vírus podem
estar encobertos debaixo daquele gelo, se acontecer o derretimento desse gelo,
eles existem há milhares de anos atrás", comenta.
Quais os maiores desafios da
ciência no descongelamento de órgãos?
"Geralmente a gente congela a pessoa que já está morta. Até hoje
não se desenvolveu um processo em pessoas vivas, e o que se espera é que no futuro
a gente consiga reverter isso. A gente não consegue reverter a morte, mas pode
ser que no futuro a gente consiga reverter o batimento de um coração, por
exemplo", analisa o professor.
E conclui: "Você preserva para que você consiga no futuro reativar
tudo".
Existem pessoas que estão
congeladas?
Os números em relação à quantidade de pessoas registradas que estão
criopreservadas no mundo variam muito. O que se tem certeza é de que o paciente
mais velho ainda mantido em criopreservação é o professor americano James
Bedford, nascido em 20 de abril de 1893. Até hoje, ele permanece preservado na
Alcor Life Extension Foundation. Seu corpo foi criopreservado em 1967.
Durante muitos anos, acreditou-se que o corpo de Walt Disney estava congelado,
mas a verdade é que morreu em 1966, um ano depois da criopreservação de James
Bedford, o primeiro caso registrado.
Quanto custa o congelamento
após a morte?
O Instituto de Criogenia de Michigan afirma que os preços de
criopreservação podem variar muito, dependendo da empresa. O instituto, por
exemplo, cobra uma taxa única de $ 28 mil (cerca de R$ 140 mil), que inclui
perfusão de vitrificação e armazenamento de longo prazo.
Algumas organizações podem chegar a cobrar US$ 200 mil (aproximadamente
R$ 992 mil) ou mais para criopreservação de corpo inteiro e US$ 80 mil
(aproximadamente R$ 396 mil) para a opção “neuro” (somente o cérebro).
Comentário:
O que está havendo com o processo de criogenia é uma forma de cientistas
se aproveitar da ingenuidade das pessoas e explorar os seus sentimentos para
usufruir dinheiro fácil de famílias milionárias. Sabem que todo mundo quer ter
uma vida longa e quase eterna neste inferninho.
Os cientistas tiveram essa ideia maluca de criogenia quando conseguiram
criopreservar: espermas, óvulos, células sanguíneas e
embriões vivos. Só que, as pessoas que são submetidas a criopreservação
não estão vivas e sim, mortas, mesmo que estivessem vivas e submetidas a esse
método de criogenia, matando pessoas vivas, jamais iriam ressurcitar esses
corpos sem alma e sem energia cósmica.
Só acreditava se essa empresa de criogenia ressuscitasse pelo menos uma
pessoa que lá estivesse submetida ao congelamento por um ano, aí sim, estava
comprovado essa técnica de ressurgir dos mortos. O que esses cientistas
prometem é uma ficção científica não comprovada e fraudulenta, explorando os
sentimentos dos familiares. Estão enriquecendo as custas da boa fé do público
que acredita nessa barbárie, nesse engodo, da pseudo ciência.
Os cientistas fazem a criopreservação em dezenas ou centenas de anos,
pois, as vítimas querem no futuro ver como está o mundo. Nesse período talvez
não exista mais nenhum cientista atual, e nem familiares das vítimas e muito
menos essa empresa de sarcófagos.
As autoridades deveriam intervir nessa empresa que está roubando a boa
fé das pessoas que querem viver pós-morte. Obriguem os cientistas a comprovarem
a sua tese de criogenia, fazendo com que ressuscitem uma pessoa que esteja
morta nessa empresa, caso não seja feita a ressuscitação então essa empresa
deve fechar suas portas, entregar os cadáveres aos familiares para serem
enterrados e devolver todo dinheiro que por ventura tenha lesado esses
familiares dos mortos. Isso se chama crime de lesa consciência.
Ernani Serra
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/08/06/criogenia-congelamento-de-corpos-em-busca-da-vida-eterna-funciona-veja-os-avancos-e-desafios-do-tema.ghtml
https://saude.abril.com.br/coluna/tunel-do-tempo/existem-350-corpos-congelados-para-serem-ressuscitados-no-futuro
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/09/15/interna-brasil,706099/familia-briga-por-corpo-congelado-de-brasileiro-desde-2012-nos-eua.shtml
Pensamento: Para quê preocuparmo-nos com
a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.
Confúcio